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sexta-feira, 30 de março de 2018

O fundador da escola espírita francesa, ou ao menos aquele a quem seus membros concordam em considerar como tal, foi Hippolyte Rivail: era um antigo professor do Lyon, discípulo do pedagogo suíço Pestalozzi, que tinha abandonado o ensino para vir a Paris,

Vamo INDO que detraiz vem GENTE.......
O fundador da escola espírita francesa, ou ao menos aquele a quem seus membros concordam em considerar como tal, foi Hippolyte Rivail: era um antigo professor do Lyon, discípulo do pedagogo suíço Pestalozzi, que tinha abandonado o ensino para vir a Paris, onde tinha dirigido durante algum tempo o teatro das Folies-Marigny. Sob conselho dos «espíritos», Rivail tomou o nome celta de Allan Kardec, nome que se considerava que tinha sido o seu em uma existência anterior; foi sob este nome que publicou as diversas obras que foram, para os espíritas franceses, o fundamento mesmo de sua doutrina, e que o permaneceram sempre para a maioria dentre eles[1].
Dizemos que Rivail publicou estas obras, mas não que as escrevesse ele só; com efeito, sua redação, e, por conseguinte a fundação do espiritismo francês, foram em realidade a obra de todo um grupo, do que Rivail não era em suma mais que o porta-voz. Os livros de Allan Kardec são uma espécie de obra coletiva, o produto de uma colaboração; e com isso entendemos outra coisa que a colaboração dos «espíritos», proclamada por Allan Kardec mesmo, que declara que os compôs com a ajuda das «comunicações» que ele e outros tinham recebido, «comunicações» que ele tinha feito controlar, revisar e corrigir por «espíritos superiores». Efetivamente, posto que para os espíritas o homem é muito pouco mudado pela morte, não se pode confiar no que dizem todos os «espíritos»: existem os terá que podem nos enganar, seja por malícia, seja por simples ignorância, e é assim como pretendem explicá-las «comunicações» contraditórias; somente nos cabe perguntar como podem distinguir-se de outros os «espíritos superiores».
Seja como for, há uma opinião que está bastante estendida, inclusive entre os espíritas, e que é inteiramente errônea: é que Allan Kardec teria escrito seus livros sob uma espécie de inspiração; a verdade é que ele mesmo jamais foi médium, que era ao contrário um magnetizador (e dizemos ao contrário porque ambas as qualidades parecem incompatíveis), e que é por meio de seus «sujeitos» como obtinha as «comunicações».
Quanto aos «espíritos superiores» por quem estas foram corrigidas e coordenadas, não eram todos «desencarnados»; Rivail mesmo não foi alheio a este trabalho, mas não parece ter tido nele a maior parte; acreditam que a coordenação dos «documentos de além-túmulo», como se dizia, deve atribuir-se, sobretudo a diversos membros do grupo que se formou ao redor dele.
Entretanto, é provável que a maioria dentre eles, por razões diversas, preferissem que esta colaboração permanecesse ignorada do público; e ademais, se se tivesse sabido que havia aí escritores de profissão, isso possivelmente tivesse feito duvidar um pouco da autenticidade das «comunicações», ou ao menos da exatidão com a qual estavam reproduzidas, embora seu estilo, por outra parte, estivesse longe de ser notável.

obraspsicografadas.org/2012/livro-gratuito-o-erro-esprita-1923-de-ren-guenon/


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Pensamos que é bom contar aqui, sobre Allan Kardec e sobre a maneira em que foi composta sua doutrina, o que foi escrito pelo famoso médium inglês Dunglas Home, quem se mostrou freqüentemente mais sensato que muitos outros espíritas: «Eu classifico a doutrina de Allan Kardec entre as ilusões deste mundo, e tenho boas razões para isso…
   Não ponho de nenhum modo em dúvida sua perfeita boa fé… Sua sinceridade se projetou, nuvem magnética, sobre o espírito sensitivo dos que ele chamava seus médiuns. Seus dedos confiavam ao papel as idéias que se impunham assim forçosamente àqueles, e Allan Kardec recebia suas próprias doutrinas como mensagens enviadas do mundo dos espíritos. Se os ensinos proporcionados desta maneira emanavam realmente das grandes inteligências que, segundo ele, eram seus autores, teriam tomado a forma na qual as vemos? Onde, pois, teria aprendido Jamblico tão bem o francês de hoje em dia? E como é que Pitágoras teria podido esquecer tão completamente o grego, sua língua natal?…

   Eu não encontrei nunca um só caso de clarividência magnética onde o sujeito não refletisse direta ou indiretamente as idéias do magnetizador. Isto é demonstrado de uma maneira surpreendente por Allan Kardec mesmo. Sob o império de sua enérgica vontade, seus médiuns eram outras tantas máquinas de escrever, que reproduziam servilmente seus próprios pensamentos.
  Se às vezes as doutrinas publicadas não eram conforme seus desejos, ele mesmo as corrigia a seu desejo. Sabe-se que Allan Kardec não era médium. Ele não fazia mais que magnetizar ou “psicologizar” (que nos perdoe este neologismo) a pessoas mais impressionáveis que ele»[2]. Tudo isto é inteiramente exato, salvo que a correção dos «ensinos» não deve ser atribuída unicamente ao Allan Kardec, a não ser a seu grupo todo inteiro; e, além disso, o teor mesmo das «comunicações» já podia estar influenciado pelas demais pessoas que assistiam a suas sessões, assim como o explicaremos mais adiante.


[1] As principais obras de Allan Kardec são as que seguem: O Livro dos Espíritos; O Livro dos Médiuns; A Gênese, Os milagres e as predições segundo o espiritismo; O Céu e O Inferno ou a Justiça divina segundo o espiritismo; O Evangelho segundo o espiritismo; Le Spiritisme à sa plus simple expression; Caracteres da revelação espírita, etc.

[2] Les Lumières et les Ombres du Spiritualisme, pp. 112-114.


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