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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Civilizacao Maia e seu destino

mundo MAIA

A civilização dos Maias se desenvolveram lentamente ao longo do primeiro milênio a.C., e alcançou seu auge no século III d.C. Sua cultura era baseada em um governo dinástico de cidades estados, com escritura fonética e um completo calendário com várias formas distintas de contar o tempo.



Península Yucatán

Até o ano de 900 d.C.; a cidade maia mais importante estava em Chichén Itzá, ao norte de Yucatán, porém essa, como outras cidades anteriores, se deterioraram gradualmente. Quando os espanhóis chegaram, os maias de Yucatán e as terras altas da Guatemala haviam passado de ser um Grande Império unido a uma coleção de povos menores.



vista Chichén Itzá



GENERALIDADES SOBRE O PANTEÃO

Os maias acreditavam que a terra era plana com quatro cantos, correspondendo aos quatro pontos cardeais e cada uma dessas direções tinha uma cor: leste - vermelho; norte-branco; oeste-negro; sul-amarelo. Para o centro, foi eleita a cor verde. Para sustentar o céu, segundo a mitologia maia, em cada canto havia um jaguar, de cor diferente para cada ângulo. Na selva onde se desenvolveu a cultura maia, o jaguar era um animal importante e se chamava "bacabs".



Dividindo o universo em treze níveis, os maias acreditavam que em cada um desses níveis havia um Deus, todos sendo então, divindades celestes. Havia ainda, sete divindades terrestres e nove para o mundo subterrâneo.

Entre as divindades celestes, o Sol (Kinich Ahau, Deus Solar) e a Lua (Ixchel, Deusa Lunar) detinham um lugar preponderante; todo o ciclo de lendas se relacionava com eles.



As artes da música, da cerâmica e da caça se colocavam sob a proteção do Sol, enquanto a gravidez, o parto, as colheitas e a tecelagem eram da alçada da Lua.

Kinich Ahaua, "Rosto do Sol", amante ou marido de Ixchel, se associava e às vezes até se confundia com Itzamna, o Céu propriamente dito, o que "fulgura", pois talvez não passasse da manifestação diurna de Itzamna, por oposição a sua imagem noturna; a julgar pela freqüência de suas representações, esse último foi uma divindade preeminente e benigna.

Itzamna aparece muitas vezes como monstro bicéfalo, espécie de estranho crocodilo ou lagarto, com uma testa em cada ponta, simbolizando a abóbada celeste.

Ele era também representado sob os traços de um velho de faces encovadas, barbudo, com uma espécie de dente de tubarão, único, apontando de seu maxilar superior. Às vezes, ainda, de sua cabeça singular brotava a goela de um dragão celeste.

Itzamna, como a maioria dos Deuses maias, se "desquadruplicava" em quatro personalidades, uma para cada pólo, com uma cor própria para cada atributo. Na iconografia maia, esses monstros voltam com regularidade constante. Podemos identificá-los com os Chacs, Deuses da Chuva e da vegetação, conhecidos pelo seu nariz em forma de tromba, o olho em tau e os dois caninos pontiagudos. A tromba talvez foi inspirada na do tapir ou do tamanduá, pois não existia elefantes na América daqueles tempos. Quem sabe se esses Chacs não seriam uma manifestação diferente dos Itzamnas, ou ainda uma manifestação regional, localizada no extremo norte do Yucatán, ou ainda uma expressão mais popular dos Itzamnas estimados pela classe culta. Nos códices, nós podemos reconhecê-los pelos traços nitidamente ofídicos, e é verdade que a serpente lhe sé muitas vezes associada, e os vemos fazer chover emborcando e entornando cabaças cheias de água sobre o solo.

Esses "aquários" brandem às vezes machados de pedra que simbolizam o raio e os relâmpagos. Os Chacs são, assim, os Deuses da Chuva, do vento, dos raios, do relâmpago e, por conseguinte, da vegetação, da fertilidade e da agricultura. Esses Chacs, igualmente, se apresentam como a quádrupla manifestação de um Deus, no início único.

Outros Deuses celestes são:

GUCOMATZ: Deus da tempestade que ensinou os homens a produzir o fogo. Era considerado também do Deus do Furacão. É bom lembrar que os maias viveram em um território de passagem de ciclones no período de março a setembro.

HURAKÁN: Outro Deus das Tempestades.

XIB CHAC: Deus da Chuva, um ser benévolo, representado com muitas cores. Os sacerdotes, em suas cerimônias religiosas, eram ajudados por quatro homens anciões, que eram chamados de Chacs, em honra ao nome do Deus.

YUM CHAC: Deus da Chuva.

XAMAN EK: Deus da Estrela Polar, tinha um rosto simiesco e achatado, mosqueado de negro. Ele era o padroeiro protetor dos mercadores que lhe faziam regularmente oferendas e fumigações do copal nos pequenos oratórios semeados em sua intenção à beira das estradas.



CARACTERÍSTICAS

Os maias atuais apesar da mestiçagens, nos permitem esboçar um retrato físico aproximado do Maia da época clássica: apresenta estatura baixa, crânio largo e curto, nunca usa barba ou bigode; as orelhas e o nariz, por vezes são furados para receber jóias; o corpo é moreno acobreado, ou totalmente tatuado; cabelos compridos lisos e negros, às vezes em trança.

Trajando seu "serape" (poncho) e uma tanga mais ou menos longa, sandálias de couro de cervo nos pés, seguras por cordões de fibra de agave, ei-lo diante de sua cabana, pacífico e reservado, generoso e hospitaleiro, sonhador e indolente.



Homem de profunda religiosidade, o Maia sempre foi muito social e prestativo, soube canalizar de forma mais natural seu tempo de folga, para participar da obra coletiva que era a edificação das pirâmides e dos templos. Foi deste modo, que seus instintos foram canalizados para uma energia mais produtiva,pois a luta cotidiana contra o sufocamento vegetal e as grandiosas realizações arquitetônicas ocupavam a totalidade do seu tempo e de suas forças.

No momento da conquista espanhola e no decurso das décadas seguintes, os Maias, como os outros índios do México, foram dizimados de maneira catastrófica por meio de massacres, epidemias e abusos inerentes aos trabalhos forçados. Também, como a maioria dos outros índios, a Civilização Maia atual encontra-se cristianizada, contudo, seu universo religioso conservou numerosas sobrevivências do antigo panteão e dos velhos ritos, pode-se falar mesmo de um verdadeiro sincretismo.

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