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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Arquivo Pessoal

Estamos formando a pesquisa e devido ao tempo colocamos no Blog. De maneira nenhuma pensamos sobre a Teoria do fim do Mundo ou a causa das formulações do ASA.

2012 – Dois Mil e DozeVerdade ou mentira?home Sobre Registrar Parcerias Termos Contato 27 Entrevista com Alberto Frederico Beuttenmüller – Parte 3escrito por The Earth 7lk
Continuando a entrevista com o professor Alberto Frederico Beuttenmüller, essa é a terceira e última parte. Conheça mais sobre os pensamentos desse grande mestre relacionados ao ano de 2012 e veja uma grande crítica a respeito do “Calendário da Paz”, criado por José Argüelles.

Não viu as partes anteriores?

Entrevista com Alberto Frederico Beuttenmüller – Parte 1
Entrevista com Alberto Frederico Beuttenmüller – Parte 2



17 – Como você define a evolução dos povos mesoamericanos em relação as suas conquistas durante o auge de suas histórias?

O que é importante saber (e que os europeus escondem) é que as raças da Mesoamérica eram mais civilizadas que os povos europeus da época (século XVI). Desde costumes: os astecas tomavam dois banhos por dia; os espanhóis, nenhum. Os astecas tomavam banho de sauna, tinham escolas específicas para as crianças, viviam em harmonia com a natureza, usavam um calendário melhor do que o europeu seja este Juliano ou gregoriano. Sabiam de astronomia muito mais do que a Europa da época. A matemática da Mesoamérica era bem mais fácil do que a romana ou qualquer outra, pois havia apenas três sinais: o ponto, o traço e o zero. Os números de 1 a 4 eram pontos, 1=um ponto, 2 dois pontos etc, o cinco era uma traço horizontal; o seis era um traço com um ponto em cima, assim por diante, até o dez que eram dois traços horizontais paralelos. O zero era a imagem de uma concha, tal e qual o nosso zero. Portanto, a invasão espanhola foi a desgraça da Mesoamérica, por amputou uma civilização muito mais adiantada, em nome de Deus (?).

18 – Para Alberto Frederico, o que mais chamou atenção dos europeus ao se depararem com as civilizações americanas? Podemos dizer que os americanos possuíam uma linhagem de evolução diferente da linhagem seguida pelos europeus?

O problema é de soberbia da Europa Os europeus se sentem até hoje superiores às raças que dominam pela força. Sylvanus G. Morley que foi o primeiro a estudar a civilização maia chamou-os de aborígines geniais (?). Chamar os maias de aborígines diz tudo sobre como pensavam os brancos europeus, em relação às demais culturas. Para Morley, os maias eram geniais, mas aborígines. Os espanhóis perceberam que os astecas eram uma grande civilização, mas vieram à América para levar ouro para o rei de Espanha, não vieram discutir quem era mais civilizado. Traziam a bênção da igreja católica, por isso achavam que podia tudo, uma vez que a igreja era o maior poder da época. Quando se estuda uma civilização, temos de pensar com os seus dados, jamais querer comparar a nossa civilização com a civilização estudada. São dois fatores diferentes, não podem ser comparados. A questão da descoberta do zero para mim é fundamental. O zero é uma abstração, mas sem o zero não se consegue fazer uma conta de somar, diminuir ou qualquer outra. O restante da Europa, à exceção da Espanha, só adotou o zero no século XV de nossa era.

19 – Qual poderia ter sido a razão para que os Maias deixassem as cidades de templos suntuosos para viverem em tribos e aldeias de menor expressão? A decadência Maia poderia estar relacionada com esse fato?

Há muitos motivos pelos quais uma civilização comete um êxodo. É algo muito complexo. Os maias clássicos abandonaram suas cidades a partir do século VIII, e os motivos podem ser vários, dependendo de cada cidade, As populações eram imensas para a época. Muitas cidades, como Tikal e Palenque tinham excesso de população. Cerca de 200 mil habitantes.
A nobreza não fazia nada, a não ser estudar os astros e erigir templos. As plantações eram feitas de modo primitivo pelos agricultores, por queimadas, o que arruinava o solo, e cada vez mais precisavam ir mais longe para semear e plantar, distanciando-se da cidade sede. Este motivo não anula os demais, pelo contrário soma-se às tempestades solares, à seca, etc.
Não creio que tenha havido apenas um motivo, mas a soma de todos esses, além de que os sacerdotes maias achavam que o ciclo de abundância estava no fim e que as tempestades solares estavam fazendo com que as crianças maias nascessem com deformações. Segundo alguns especialistas, só a elite maia deslocou-se para o Yucatan, unindo-se aos toltecas, para criar uma outra civilização já no século X, ou seja, as cidades maias não foram abandonadas ao mesmo tempo, mas aos poucos. Dessas teses todas, eu acredito que as tempestades solares e a mudança dos pólos sejam as mais prováveis, e que nós iremos passar por isso em breve.

20 – É inegável que os Maias nos deixaram um gigantesco legado. Como se poderia explicar a exatidão dos cálculos Maia com relação aos seus estudos astrológicos?

Os maias tinham o que hoje dissemos que não temos: tempo. Além disso, quem garante que eles não usaram lentes para ver o céu. Se foi achado um crânio de cristal numa cidade maia do Belize. Vou contar. O arqueólogo F.A. Mitchell-Hedges estava escavando a cidade de Lubaantun (A Cidade das Pedras Caídas), nas Honduras Britânicas, em 1929, hoje, Belize, quando teve de buscar dinheiro para continuar as escavações. Durante o período que esteve fora, deixou sua filha adotiva, Anna, apelidada Sammy, com os maias quichés, que o ajudavam. Eis que menina viu um objeto translúcido, em meio às pedras caídas de um templo, que sofrera um terremoto. Assim, descobriram o primeiro crânio de cristal. Outros foram descobertos ao longo do tempo. A pergunta é: se numa cidade maia foi descoberto um crânio de cristal de quartzo, será que os maias não usavam tais artefatos para ver o céu, espécie de telescópio primitivo? Os maias eram excelentes matemáticos e astrônomos, porque tinham duas obsessões: medir o tempo e estudar os astros. Isso, claro, que a elite maia. O povo alimentava a elite, enquanto esta estudava e anotava suas pesquisas. Para os maias não havia diferença entre astronomia e astrologia, ao mesmo tempo em que mediam, profetizavam o que fora medido. Além disso, os números não somente quantificavam, os números tinha qualidades. No horóscopo maia, obtido através do calendário sagrado Tzolkin, se a pessoa é 1 Chicchan (1 Serpente), como eu, pode ser um líder carismático que harmonize razão e coração, mas se ele for 13 Chicchan, será uma fanático religioso, como é o caso de Osama Bin Laden, que é 13 Serpente, como também o presidente Bush dos EUA.

21 – Como você avalia o misticismo gerado ao redor da “Profecia Maia?” No seu modo de ver, a partir de que momento nós deixamos de caminhar nos limites da razão, para nos perdermos no perigoso mundo da especulação e do sensacionalismo?

O problema todo foi a Conta Longa, um ciclo de 5.200 anos, deixado pelos maias, sem que houvesse uma indicação do que se tratava. Este ciclo é a Profecia Maia e vai de 3113 ªC. a 2012 d.C. Não creio que os maias tivessem deixado o ciclo sem um códice a respeito, mas provavelmente foi queimado no século XVI, pelos padres católicos. Uma profecia sem estar escrita, gera muita especulação. Os espertos dela se aproveitam, principalmente escrevem livros, criam comunidades e todo tipo de produto comercializável para ganhar dinheiro. É o que vem acontecendo com a Profecia Maia, desde os anos 1980 do século passado, quando vários autores, seguindo as pegadas do José Argüelles, começaram a especular.

22 – Como sabemos, José Argüelles propôs a substituição do calendário gregoriano (atual) pelo calendário da paz, afirmando ser essa a solução para o desvio comportamental da humanidade, o que Alberto Frederico pensa a este respeito? O que simboliza a figura de Argüelles em relação às novas tendências ideológicas atuais?

Creio que um calendário pode fazer com que uma pessoa pensar com mais tirocínio, mas o Argüelles propôs o Calendário da Paz como se fosse maia, foi aí que ele errou. Disse uma meia verdade, o Calendário das Treze Luas ou Calendário da Paz foi usado pelos maias em breves quatro anos. Era o Calendário Tun-Uc de 13 luas de 28 dias, como o Calendário do Argüelles. O Tun-Uc tem 364 dias (13×28), daí o esperto Argüelles criou o dia Fora do Tempo, que é sempre dia 25 de julho, para completar os 365 dias do ano. Os calendários maias autênticos são cíclicos, não têm fim, rodam sempre. Ao acoplar o Calendário da Paz ao Gregoriano, ele errou e fez o mundo crer que era um calendário maia, mas não é. Aliás, os maias tinham dois calendários –o solar, chamado de Haab, e o Tzolkin, o sagrado, e os dois calendários funcionavam acoplados, como duas rodas dentadas de um mecanismo de relógio. A cada 52 anos eles se encontram na origem, mas continuavam rodando, sem parar. Além de que não há anos bissextos nos calendários maias.

23 – Uma pergunta objetiva, mas talvez não tão simples. O que Alberto Frederico Beuttenmuller espera para o dia 21 de dezembro de 2012?

Não espero nada, porque em um ciclo profético as coisas acontecem no decorrer do ciclo e não apenas no fim. As mudanças estão acontecendo. É um erro esperar que tudo vá suceder no dia 21 de dezembro. Os fatos estão nas manchetes dos jornais, furacões, tsunamis, vulcões em erupção, mudança dos pólos, aquecimento global, degelo dos pólos, os mares subindo, tempestades solares. No dia 21 de dezembro pode ser apenas o fim da Conta Longa, mas as desgraças já podem ter ocorrido antes deste dia…



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