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domingo, 9 de setembro de 2018

Virou Linguiça - Mano Lima & João Luiz Corrêa (Letra da Música)

Virou Linguiça - Mano Lima & João Luiz Corrêa Resultado de imagem para linguiça de maracaju "-Ronca, gaitinha botoneira, e vamos cantar junto', Mano Lima. -Vamo' lá, meu irmão de fé e de pampa." Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça Levou-se à breca a vergonha e se acadelou a justiça Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça O velho fio de bigode, hoje, é uma barba postiça Na minha terra, malandragem, golpe baixo O famoso cambalacho, há quem chame de linguiça O sal esconde alguma coisa no tempero Mas eu sinto aquele cheiro inconfundível de carniça Um sete um, o caixa dois, a safadeza Lembra o nervo e a impureza que vão dentro da linguiça Um sete um, o caixa dois, a safadeza Lembra o nervo e a impureza que vão dentro da linguiça Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça Levou-se à breca a vergonha e se acadelou a justiça Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça O velho fio de bigode, hoje, é uma barba postiça "-Um prazer te receber para cantar junto comigo, Mano Lima. -Prazer é todo meu, meu irmão, pode ter certeza disso." Quem cobra a doma e entrega um flete aporreado Faz igual ao deputado que não vota por preguiça Quem vende um laço ramalhado e com defeito Não é melhor que o prefeito que desvia e desperdiça Quem fura a fila não é nada diferente Do político influente que ata a ponta da linguiça Quem fura a fila não é nada diferente Do político influente que ata a ponta da linguiça Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça Levou-se a breca à vergonha e se acadelou a justiça Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça O velho fio de bigode, hoje, é uma barba postiça "-Esse tema é um pedido do Giovani Grizotti, o Repórter Farroupilha, Mano Lima. -Com letra do grande poeta Rodrigo Bauer." E o bolicheiro que se escora na balança Fala em ética, esperanças em princípios e premissas Faz propaganda do que vende olhando teso Mas, c'o dedo, rouba o peso no granel e na hortaliça Esse país que é tão gigante, meu parceiro Hoje em dia, cabe inteiro numa volta de linguiça Esse país que é tão gigante, meu parceiro Hoje em dia, cabe inteiro numa volta de linguiça Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça Levou-se a breca à vergonha e se acadelou a justiça Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça O velho fio de bigode, hoje, é uma barba postiça Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça Levou-se a breca à vergonha e se acadelou a justiça, chê Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça O velho fio de bigode, hoje, é uma barba postiça "-Esse é um ditado da moda véia', Mano Lima. -Ditado do tempo das carreirada' do mu Bororé. Quando, às vez', o jóquei me dizia. Tu sabe, João Luiz Corrêa, que uma vez me meti numa carreirada? -Não pode. -É, mas meu cavalo era tão bom que pechou e ganhou a carreira igual. Aí, quando cheguei lá no final da cancha, queriam me atar no pau, né. Tomara que o povo seja igual meu cavalo, que encaixe e bata no lado certo, não se dixe levar por esse exemplo que nos dão por aqueles que dirigem nossa nação, mas que procurem usar o caminho certo, porque não se faz linguiça de nervo e nem de carne podre, meu galo. O homem é que nem o fervido, quando estraga o tutano, tem que botar fora porque vira pó. -É uma verdade, chê. -É uma verdade. -E o jóquei, naquela época, quem era? -Barroso Melo, meu grande amigo. -Corria carreira na Fronteira. -Na Serra e nas Missões. -No Alto Uruguai. -No Planalto e no Rio Grande inteiro. -E tinha uma gaitinha tocando né, tchê. -No véio' Dó Maior." Letra: Rodrigo Bauer Música: João Luiz Corrêa Interpretação: Mano Lima / João Luiz Corrêa


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