Audiência Pública evidencia problemas de projeto que reestrutura o quadro geral
Tratado pelo governo como criação de uma carreira para os servidores do quadro geral, o projeto apenas reestrutura o quadro. Mantém problemas como o desrespeito à paridade entre ativos e aposentados, institui uma parcela autônoma e não estimula nem mesmo a escolarização, pois cria dois níveis com diferença de apenas 5% entre eles.
Segundo Cláudio Augustin, presidente do Sindsepe-RS, o projeto cria dois graus adicionais, o E e o F, mas impede que servidores aposentados ou próximos de se aposentar alcancem esses níveis. Também acaba com a data das promoções, em julho e agosto. Para ele, a revogação desse dispositivo liquida com as promoções no quadro geral (clique aqui e veja documento elaborado pelo Sindsepe-RS).
Em 2012 o governo simplesmente ignorou as manifestações do CPERS/Sindicato e manteve um grupo de funcionários de escola fora do plano de carreira. Agora, esses servidores foram inseridos na reestruturação do quadro geral. Isso caracteriza um ataque ao plano de carreira dos funcionários de escola.
O Projeto de Lei tem tantos problemas que até mesmo os representantes do governo têm dificuldade em defendê-lo. Constrangido perante uma sala lotada de servidores, o deputado Raul Pont (PT) não conseguiu explicar o projeto. Situação ainda mais constrangedora foi experimentada pela representate da Procuradoria Geral Marília Bueno, que também não conseguiu defender a constitucionalidade do projeto.
O projeto deve entrar em votação na próxima terça-feira (16) e o CPERS/Sindicato já deliberou na reunião do seu Conselho Geral que irá acompanhar a votação.
João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
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