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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A Modernidade e O SUJEITO

A análise da modernidade possibilita uma compreensão mais clara da ideia de
sujeito. A partir da noção de universalidade, foi desenvolvida, na modernidade,
uma concepção do sujeito como aquele/a que detém direitos universais. O universalismo
está fundado em dois princípios básicos: a razão que conduz a racionalidade
científica e o reconhecimento dos direitos individuais. Além dos princípios
citados, na modernidade observa-se a separação entre a subjetividade e
o mundo objetivo. O conceito de modernidade remete a Baudelaire e à noção
de que o universal estaria presente no instante. Com o Iluminismo, a modernidade
passou a ser concebida a partir do universalismo da razão. A partir daí,
atribuiu-se um novo significado ao conceito de cidadania. Para Touraine (2009,
p. 74), “o universalismo da cidadania deve sempre ser situado acima de todas
as pertenças comunitárias”. Todavia, a modernidade não se apresenta de forma
homogênea no mundo, havendo uma pluralidade de modelos de modernização.
O processo de globalização e o aperfeiçoamento das tecnologias de comunicação
não representam o fim da modernidade, mas a inauguração da nova modernidade.
Para Touraine, não vivemos o fim da modernidade, mas uma nova fase
da modernidade, marcada pela presença, cada vez mais acentuada, do sujeito.
A afirmação da liberdade de escolha é essencial na nova modernidade. Escolher
a religião, ou ter o direito de se converter a outra seita religiosa, é um princípio
básico da liberdade individual. Assim, a modernidade não existe sem o sujeito
e o indivíduo não existe sem a referência à modernidade. Portanto, a modernidade
não representa a suplantação da religião, já que, nas sociedades contemporâneas,
observa-se o retorno da espiritualidade, o aparecimento de diversas
comunidades religiosas e a retomada da questão referente ao sentido da vida.



http://www.scielo.br/pdf/se/v26n3/16.pdf

Revista de Sociologia e Política

On-line version ISSN 1678-9873

Abstract

GADEA, Carlos A.  and  SCHERER-WARREN, Ilse. A contribuição de Alain Touraine para o debate sobre sujeito e democracia latino-americanos. Rev. Sociol. Polit. [online]. 2005, n.25, pp.39-45. ISSN 1678-9873.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-44782005000200005.


O presente trabalho analisa diversas contribuições teóricas e analíticas do sociólogo francês Alain Touraine em relação às realidades políticas, sociais e culturais da América Latina. Partindo da idéia de que as principais preocupações desse autor fazem referência à dinâmica da modernidade latino-americana, procura-se compreender como esse tópico complementa-se com observações sobre a democracia e o sujeito social. O que interessa destacar é como, para Touraine, a modernidade latino-americana caracteriza-se a partir de uma inevitável tensão: a que se estabelece entre "universo instrumental" e "universo simbólico", correlato de uma imagem dual que continuamente se faz presente, a racionalização e a subjetivação. 
A partir disso, Touraine dedica-se a analisar a potencialidade política e social subjacente às idéias de "sujeito" e "ator social". Por fim, interessa aqui destacar as contribuições que se pode perceber nas concretas análises de movimentos sociais que hoje participam da heterogênea cena latino-americana, a saber, o movimento neozapatista de Chiapas, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra e, em um sentido mais genérico, os movimentos urbanos, ecológicos, negros, jovens, de mulheres e de educação intercultural.
Keywords : Alain Touraine; modernidade latino-americana; sujeito social; movimentos sociais; democracia.

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