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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Mein Kanpf

PRIMEIRA PARTE
CAPÍTULO I - NA CASA PATERNA

Considero hoje como uma feliz determinação da sorte que Braunau no Inn tenha sido destinada para lugar do meu nascimento. Essa cidadezinha está situada nos limites dos dois países alemães cuja volta à unidade antiga é vista, pelo menos por nós jovens, como uma questão de vida e de morte.
A Áustria alemã deve voltar a fazer parte da grande Pátria germânica, aliás sem se atender a motivos de ordem econômica. Mesmo que essa união fosse, sob o ponto de vista econômico, inócua ou até prejudicial, ela deveria realizar-se. Povos em cujas veias corre o mesmo sangue devem pertencer ao mesmo Estado. Ao povo alemão não assistem razões morais para uma política ativa de colonização, enquanto não conseguir reunir os seus próprios filhos em uma pátria única. Somente quando as fronteiras do Estado tiverem abarcado todos os alemães sem que se lhes possa oferecer a segurança da alimentação, só então surgirá, da necessidade do próprio povo, o direito, justificado pela moral, da conquista de terra estrangeira. O arado, nesse momento será a espada, e, regado com as lágrimas da guerra, o pão de cada dia será assegurado à posteridade.
Por isso, essa cidadezinha da fronteira aparece aos meus olhos como o símbolo de uma grande missão. Sob certo aspecto, ela se apresenta como uma exortação nos tempos que correm. Há mais de cem anos, esse modesto ninho, cenário de uma tragédia cuja significação todo o povo alemão compreende, conquistou, pelo menos, na história alemã, o direito à imortalidade. No tempo da maior humilhação infligida à nossa Pátria, tombou ali, por amor à sua idolatrada Alemanha, Johannes Palm, de Nuremberg, livreiro burguês, obstinado nacionalista e inimigo dos franceses. Tenazmente recusara-se, como Leo Schlagter, a denunciar os seus cúmplices, ou melhor os cabeças do movimento. Como este, ele foi denunciado à França, por um representante do governo. Um chefe de polícia de Ausburgo conquistou para si essa triste glória e serviu assim de modelo às autoridades alemãs no governo de Severing.
Nessa cidadezinha do Inn, imortalizada pelo martírio de grandes alemães, bávara pelo sangue, austríaca quanto ao governo, moravam meus pais no fim do ano 80 do século passado, meu pai como funcionário público, fiel cumpridor dos seus deveres, minha mãe toda absorvida nos afazeres domésticos e, sobretudo, sempre dedicada aos cuidados da família. Na minha memória, pouco ficou desse tempo, pois, dentro de alguns anos, meu pai teve que deixar a querida cidadezinha e ir ocupar novo lugar em Passau, na própria Alemanha.
A sorte de empregado aduaneiro austríaco se traduzia, naquele tempo, por uma constante peregrinação. Pouco tempo depois, meu pai foi para Linz, para onde finalmente se dirigiu também depois de aposentado. Essa aposentadoria não devia, porém, significar um verdadeiro descanso para o velho funcionário. Filho de um pobre lavrador, já noutros tempos ele não tolerava a vida inativa em casa. Ainda não contava treze anos e já o jovem de então fazia os seus preparativos e deixava a casa paterna no Waldviertel. Apesar dos conselhos em contrário dos "experientes" moradores da aldeia, o jovem dirigiu-se para Viena, como objetivo de aprender um ofício manual. Isso aconteceu entre 1850 e 1860. Arrojada resolução essa de afrontar o desconhecido com três florins para as despesas de viagem. Aos dezessete anos, tinha ele feito as provas de aprendiz. Não estava, porém, contente. Muito ao contrário. A longa duração das necessidades de outrora, a miséria e o sofrimento constantes fortaleceram a resolução de abandonar de novo o ofício, para vir a ser alguma coisa mais elevada. Naquele tempo, aos olhos do pobre jovem, a posição de pároco de aldeia parecia a mais elevada a que se podia aspirar; agora, porém, na esfera mais vasta da grande capital, a sua ambição maior era entrar para o funcionalismo. Com a tenacidade de quem, na meninice, já era um velho, por eleito da penúria e das aflições, o jovem de dezessete anos insistiu na sua resolução e tornou-se funcionário público. Depois dos Vinte e três anos, creio eu, estava atingido o seu objetivo. Parecia assim estar cumprida a promessa que o pobre rapaz havia feito, isto é, de não voltar para a aldeia paterna sem que tivesse melhorado a sua situação.
Agora estava atingido o seu ideal. Na aldeia, porém ninguém mais dele se lembrava e a ele mesmo a aldeia se tornara desconhecida.
Quando, aos cinqüenta e seis anos, ele se aposentou, não pôde suportar esse descanso na ociosidade. Comprou, então, uma propriedade na vila de Lambach, na alta Áustria, valorizou-a e voltou assim, depois de uma vida longa e trabalhosa, à mesma origem dos seus pais.
Nesse tempo, formavam-se no meu espírito os primeiros ideais. As correrias ao ar livre, a longa caminhada para a escola, as relações com rapazes extremamente robustos - o que muitas vezes causava a minha mãe os maiores cuidados - esses hábitos me poderiam preparar para tudo menos para uma vida sedentária. Embora, mal pensasse ainda seriamente sobre a minha futura vocação, de nenhum modo as minhas simpatias se dirigiam para a linha de vida seguida por meu pai. Eu creio que já nessa. época meu talento verbal se adestrava nas discussões com os camaradas.
Eu me tinha tornado um pequeno chefe de motins, que, na escola, aprendia com facilidade, mas era difícil de ser dirigido.
Quando, nas minhas horas livres, eu recebia lições de canto no coro paroquial de Lambach, tinha a melhor oportunidade de extasiar-me ante as pompas festivas das brilhantíssimas festas da igreja. Assim como meu pai via na posição de pároco de aldeia o ideal na vida, a mim também a situação de abade pareceu a aspiração mais elevada. Pelo menos temporariamente isso se deu.
Desde que meu pai, por motivos de fácil compreensão, não podia dar o devido apreço ao talento oratório do seu bulhento filho, para daí tirar conclusões favoráveis ao futuro do seu pimpolho, é óbvio que ele não concordasse com essas idéias de mocidade. Apreensivo, ele observava essa disparidade da natureza.
Na realidade a vocação temporária por essa profissão desapareceu muito cedo, para dar lugar a esperanças mais conformes com o meu temperamento.
Revolvendo a biblioteca paterna, deparei com diversos livros sobre assuntos militares, entre eles uma edição popular da guerra franco-alemã de 1870-1871. Eram dois volumes de uma revista ilustrada daquele tempo. Tornaram-se a minha leitura favorita. Não tardou muito para que a grande luta de heróis se transformasse para mim em um acontecimento da mais alta significação. Daí em diante, eu me entusiasmava cada vez mais por tudo que, de qualquer modo, se relacionasse com guerra ou com a vida militar. Sob outro aspecto, isso também deveria vir a ser de importância para mim. Pela primeira vez, embora ainda de maneira confusa, surgiu no meu espírito a pergunta sobre se havia alguma diferença entre estes alemães que lutavam e os outros e, em caso afirmativo, qual era essa diferença. Por que a Áustria não combateu com a Alemanha nesta guerra? Por que meu pai e todos os outros não se bateram também? Não somos iguais a todos os outros alemães? Não formamos todos um corpo único? Esse problema começou, pela primeira vez, a agitar o meu espírito infantil. Com uma inveja intima, deveria às minhas cautelosas perguntas aceitar a resposta de que nem todo alemão possuía a felicidade de pertencer ao império de Bismarck. Isso era inconcebível para mim.
Estava decidido que eu deveria estudar.
Considerando o meu caráter e, sobretudo o meu temperamento, pensou meu pai poder chegar à conclusão de que o curso de humanidades oferecia uma contradição com as minhas tendências intelectuais. Pareceu-lhe que uma escola profissional corresponderia melhor ao caso. Nessa opinião, ele se fortaleceu ainda mais ante minha manifesta aptidão para o desenho, matéria cujo estudo, no seu modo de ver, era muito negligenciado nos ginásios austríacos. Talvez estivesse também exercendo influência decisiva nisso a sua difícil luta pela vida, na qual, aos seus olhos, o estudo de humanidades de pouca utilidade seria. Por princípio, era de opinião que, como ele, seu filho naturalmente seria e deveria ser funcionário público. Sua amarga juventude fez com que o êxito na vida fosse por ele visto como tanto maior quanto considerava o mesmo como produto de uma férrea disposição e de sua própria capacidade de trabalho. Era o orgulho do homem que se fez por si que o induzia a querer elevar seu filho a uma posição igual ou, se possível, mais alta que a do seu pai, tanto mais quando por sua própria diligência, estava apto a facilitar de muito a evolução deste.
O pensamento de uma repulsa aquilo que, para ele, se tornou o objetivo de uma vida inteira, parecia-lhe inconcebível. A resolução de meu pai era, pois, simples, definida, clara e, a seus olhos, compreensível por si mesma. Finalmente para o seu temperamento tornado imperioso através de uma amarga luta pela existência, no decorrer da sua vida inteira, parecia coisa absolutamente intolerável, em tais assuntos, entregar a decisão final a um jovem que lhe parecia inexperiente e ainda sem responsabilidade.
Seria impossível que isso se coadunasse com a sua usual concepção do cumprimento do dever, pois representava uma diminuição reprovável de sua autoridade paterna. Além disso, a ele cabia a responsabilidade do futuro do seu filho.
E, não obstante, coisa diferente deveria acontecer. Pela primeira vez na vida fui, mal chegava aos onze anos, forçado a fazer oposição.
Por mais firmemente decidido que meu pai estivesse na execução dos planos e propósitos que se formara, não era menor a teimosia e a obstinação de seu filho em repelir um pensamento que pouco ou nada lhe agradava.
Eu não queria ser funcionário.
Nem conselhos nem "sérias" admoestações conseguiram demover-me dessa oposição.
Nunca, jamais, em tempo algum, eu seria funcionário público.
Todas as tentativas para despertar em mim o amor por essa profissão, inclusive a descrição da vida de meu pai, malogravam-se, produziam o efeito contrário.
Era para mim abominável o pensamento de, como um escravo, um dia sentar-me em um escritório, de não ser senhor do meu tempo mas, ao contrário, limitar-me a ter como finalidade na vida encher formulários! Que pensamento poderia isso despertar em um jovem que era tudo menos bom no sentido usual da palavra? O estudo extremamente fácil na escola proporcionava-me tanto tempo disponível que eu era mais visível ao ar livre do que em casa.
Quando hoje, meus adversários políticos examinam com carinhosa atenção a minha vida até aos tempos da minha juventude para, finalmente, poder apontar com satisfação os maus feitos que esse Hitler já na mocidade havia perpetrado, agradeço aos céus que agora alguma coisa me restitua à memória daqueles tempos felizes.
Campos e florestas eram outrora a sala de esgrima na qual as antíteses de sempre vinham à luz.
Mesmo a freqüência à escola profissional que se seguiu a isso em nada me serviu de estorvo.
Uma outra questão deveria, porém, ser decidida.
Enquanto a resolução de meu pai de fazer-me funcionário público encontrou em mim apenas uma oposição de princípios, o conflito foi facilmente suportável. Eu podia, então dissimular minhas idéias íntimas, não sendo preciso contraditar constantemente. Para minha tranqüilidade, bastava-me a firme decisão de não entrar de futuro para a burocracia. Essa resolução era, porém, inabalável. A situação agravou-se quando ao plano de meu pai eu opus o meu. Esse fato aconteceu já aos treze anos. Como isso se deu, não sei bem hoje, mas um dia pareceu-me claro que eu deveria ser artista, pintor.
Meu talento para o desenho, inquestionavelmente, continuava a afirmar-se, e foi até uma das razões por que meu pai me mandou à escola profissional sem contudo nunca lhe ter ocorrido dirigir a minha educação nesse sentido. Muito ao contrário. Quando eu, pela primeira vez, depois de renovada oposição ao pensamento favorito de meu pai, fui interrogado sobre que profissão desejava então escolher e quase de repente deixei escapar a firme resolução que havia adotado de ser pintor, ele quase perdeu a palavra.
"Pintor! Artista!" exclamou ele.
Julgou que eu tinha perdido o juízo ou talvez que eu não tivesse ouvido ou entendido bem a sua pergunta.
Quando compreendeu, porém, que não tinha havido mal-entendido, quando sentiu a seriedade da minha resolução, lançou-se com a mais inabalável decisão contra a minha idéia.
Sua resolução era demasiado firme. Inútil seria argumentar com as minhas aptidões para essa profissão.
"Pintor, não! Enquanto eu viver, nunca!" terminou meu pai.
O filho que, entre outras qualidades do pai, havia herdado a teimosia, retrucou com uma resposta semelhante mas no sentido contrário.
Cada um ficou irredutível no seu ponto de vista. Meu pai não abandonava o seu nunca e eu reforçava cada vez mais o meu não obstante.
As conseqüências disso não foram muito agradáveis. O velho tornou-se irritado e eu também, apesar de gostar muito dele. Afastou-se para mim qualquer esperança de vir a ser educado para a pintura. Fui mais adiante e declarei então absolutamente não mais estudar. Como eu, naturalmente, com essa declaração teria todas as desvantagens, pois o velho parecia disposto a fazer triunfar a sua autoridade sem considerações de qualquer natureza, resolvi calar daí por diante, convertendo, porém, as minhas ameaças em realidade.
Acreditava que quando meu pai observasse a minha falta de aproveitamento na escola profissional, por bem ou por mal consentiria na minha sonhada felicidade.
Não sei se meus cálculos dariam certo. A verdade é que meu insucesso na escola verificou-se. Só estudava o que me agradava, sobretudo aquilo de que eu poderia precisar mais tarde como pintor. O que me parecia sem significação para esse objetivo ou o que não me era agradável, eu punha de lado inteiramente.
Nesse tempo os meus certificados de estudos, apresentavam sempre notas extremas, de acordo com as matérias e o apreço em que eu as tinha. Digno de louvor e ótimo, de um lado; sofrível ou péssimo do outro.
Incomparavelmente melhores eram os meus trabalhos em geografia e, sobretudo, em história. Eram essas as duas matérias favoritas, nas quais eu fazia progressos na classe.
Quando, depois de muitos anos, examino o resultado daqueles tempos, vejo dois fatos de muita significação:
1.° Tornei-me nacionalista.
2.° Aprendi a entender a história pelo seu verdadeiro sentido.
A antiga Áustria era um "estado de muitas nacionalidades".
O cidadão do império alemão, pelo menos outrora, não podia, em última análise, compreender a significação desse fato na vida diária do indivíduo, em um Estado assim organizado como a Áustria.
Depois do maravilhoso cortejo triunfal dos heróis da guerra franco-prussiana, os alemães que viviam no estrangeiro eram vistos como cada vez mais estranhos à vida da nação, que, em parte, não se esforçavam por apreciar ou mesmo não o podiam.
Confundia-se, na Alemanha, sobretudo em relação aos austro-alemães, a desmoralizada dinastia austríaca com o povo que, na essência, se mantinha são.
Não se concebe como o alemão na Áustria - não fosse ele da melhor têmpera - pudesse possuir força para exercer a sua influência em um Estado de 52 milhões. Não se concebe também, sem essa hipótese, que, até na Alemanha, se tenha formado a opinião errada de que a Áustria era um Estado alemão, disparate de sérias conseqüências que constitui, porém, um brilhante atestado em favor dos dez milhões de alemães da fronteira oriental.
Só hoje, que essa triste fatalidade caiu sobre muitos milhões dos nossos próprios compatriotas, que, sob o domínio estrangeiro, acham-se afastados da Pátria e dela se lembram com angustiosa saudade e se esforçam por ter ao menos o direito à sagrada língua materna, compreende-se, em maiores proporções, o que significa ser obrigado a lutar pela sua nacionalidade.
Só então um ou outro poderá, talvez, avaliar a grandeza do sentimento alemão na velha fronteira oriental, sentimento que se manteve por si mesmo, e que, durar te séculos, protegera o Reich na fronteira oriental para finalmente se resumir a pequenas guerras destinadas apenas a conservar as fronteiras da língua. Isso se dava em um tempo em que o governo alemão se interessava por uma política colonial, enquanto se mantinha indiferente pela defesa da carne e do sangue de seu povo, diante de suas portas.
Como sempre acontece em todas as lutas, havia na campanha pela língua três classes distintas: os lutadores, os indiferentes e os traidores.
Já na escola se começava a notar essa separação, pois o mais digno de nota na luta pela língua é que é justamente na escola, como viveiro das gerações futuras, que as ondas do movimento se fazem sentir mais vibrantes.
Em torno da criança empenha-se a luta, e a ela é dirigido o primeiro apelo:
"Menino de sangue alemão, não te esqueças de que és um alemão; menina, pensa que um dia deverás ser mãe alemã".
Quem conhece a alma da juventude poderá compreender que são justamente os moços que com mais intensa alegria ouvem tal grito de guerra. De centenas de maneiras diferentes costumam eles dirigir essa luta em que empregam os seus próprios meios e armas. Eles evitam canções não alemães, entusiasmam-se pelos heróis alemães, tanto mais quanto maior é o esforço para deles afastá-los, sacrificam o estômago para economizarem dinheiro para a luta dos grandes Em relação ao estudante não-alemão, são incrivelmente curiosos e ao mesmo tempo intratáveis. Usam as insígnias proibidas da nação e sentem-se felizes em ser por isso castigados ou mesmo batidos. São, em pequenas proporções, um quadro fiel dos grandes, freqüentemente com melhores e mais sinceros sentimentos.
A mim também se ofereceu outrora a possibilidade de, ainda relativamente muito jovem, tomar parte na luta pela nacionalidade da antiga Áustria. Quando reunidos na associação escolar, expressávamos os nossos sentimentos usando lóios e as cores preta, vermelha e ouro, que, entusiasticamente, saudávamos com urras. Em vez da canção imperial, cantávamos "Deutschland über alles", apesar das admoestações e dos castigos. A juventude era assim politicamente ensinada em um tempo em que os membros de uma soi-disant nacionalidade, na maioria da sua nacionalidade conhecia pouco mais do que a linguagem. Que eu então não pertencia aos indiferentes, compreende-se por si mesmo. Dentro de pouco tempo, eu me tinha transformado em um fanático Nacional-Alemão, designação que, de nenhuma maneira, é idêntica à concepção do atual partido com esse nome.
Essa evolução fez em mim progressos muito rápidos, tanto que, aos quinze anos, já tinha chegado a compreender a diferença entre patriotismo dinástico e nacionalismo racista. O último conhecia eu, então, muito mais.
Para quem nunca se deu ao trabalho de estudar as condições internas da monarquia dos Habsburgos, um tal acontecimento poderá não parecer claro. Somente as lições na escola sobre a história universal deveriam, na Áustria, lançar o germe desse desenvolvimento, mas só em pequenas proporções existe uma história austríaca específica.
O destino desse Estado é tão intimamente ligado à vida e ao crescimento do povo alemão, que uma separação entre a história alemã e a austríaca parece impossível. Quando, por fim, a Alemanha começou a separar-se em dois Estados diferentes, até essa separação passou para a história alemã.
As insígnias do Imperador, sinais do esplendor antigo do Império, preservadas em Viena, parecem atuar mais como um poder de atração do que como penhor de uma eterna solidariedade.
O primeiro grito dos austro-alemães, nos dias do desmembramento do Estado dos Habsburgos, no sentido de uma união com a Alemanha, era apenas efeito de um sentimento adormecido mas de raízes profundas no coração dos dois povos o anelo pela volta à mãe-pátria nunca esquecida.
Nunca seria isso, porém, compreensível, se a aprendizagem histórica dos austro-alemães não fosse a causa de uma aspiração tão geral. Ai está a fonte que nunca se estanca, a qual, sobretudo nos momentos de esquecimento, pondo de parte as delícias do presente, exorta o povo, pela lembrança do passado, a pensar em um novo futuro.
O ensino da história universal nas chamadas escolas médias ainda hoje muito deixa a desejar. Poucos professores compreendem que a finalidade do ensino da história não deve consistir em aprender de cor datas e acontecimentos ou obrigar o aluno a saber quando esta ou aquela batalha se realizou, quando nasceu um general ou quando um monarca quase sempre sem significação, pôs sobre a cabeça a coroa dos seus avós. Não, graças a Deus não é disso que se deve tratar.
Aprender história quer dizer procurar e encontrar as forças que conduzem às causas das ações que vemos como acontecimentos históricos. A arte da leitura como da instrução consiste nisto: conservar o essencial, esquecer o dispensável.
Foi talvez decisivo para a minha vida posterior que me fosse dada a felicidade de ter como professor de história um dos poucos que a entendiam por esse ponto de vista e assim a ensinavam. O professor Leopold Pötsch, da escola profissional de Linz, realizara esse objetivo de maneira ideal. Era ele um homem idoso, bom mas enérgico e, sobretudo pela sua deslumbrante eloqüência, conseguia não só prender a nossa atenção mas empolgar-nos de verdade. Ainda hoje, lembro-me com doce emoção do velho professor que, no calor de sua exposição, fazia-nos esquecer o presente, encantava-nos com o passado e do nevoeiro dos séculos retirava os áridos acontecimentos históricos para transformá-los em viva realidade. Nós o ouvíamos muitas vezes dominados pelo mais intenso entusiasmo, outras vezes comovidos até às lágrimas. O nosso contentamento era tanto maior quanto este professor entendia que o presente devia ser esclarecido pelo passado e deste deviam ser tiradas as conseqüências para dai deduzir o presente. Assim fornecia ele, muito freqüentemente, explicações para o problema do dia, que outrora nos deixava em confusão. Nosso fanatismo nacional de jovens era um recurso educacional de que ele, freqüentemente apelando para o nosso sentimento patriótico, se servia para completar a nossa preparação mais depressa do que teria sido possível por quaisquer outros meios. Esse professor fez da história o meu estudo favorito. Assim, já naqueles tempos, tornei-me um jovem revolucionário, sem que fosse esse o seu objetivo.
Quem, com um tal professor, poderia aprender a história alemã, sem ficar inimigo do governo que, de maneira tão nefasta, exercia a sua influência sobre os destinos da nação?
Quem poderia, finalmente, ficar fiel ao imperador de uma dinastia que no passado e no presente sempre traiu os interesses do povo alemão, em beneficio de mesquinhos interesses pessoais?
Já não sabíamos, nós jovens, que esse Estado austríaco nenhum amor por nós possuía e sobretudo não podia possuir?
O conhecimento histórico da atuação dos Habsburgos foi reforçado pela experiência diária. No norte e no sul, o veneno estrangeiro devorava o nosso sentimento racial, e até Viena tornava-se, a olhos vistos e cada vez mais, estranha ao espírito alemão.
A Casa da Áustria tchequizava-se, por toda parte, e foi por efeito do punho da deusa do direito eterno e da inexorável lei de Talião que o inimigo mortal da Áustria alemã, arquiduque Franz Ferdinando, foi vítima de uma bala que ele próprio havia ajudado a fundir. Era ele o patrono da eslavização da Áustria, que se operava de cima para baixo, por todas as formas possíveis.
Enormes foram os ônus que se exigiam do povo alemão, inauditos os seus sacrifícios em impostos e em sangue, e, não obstante, quem quer que não fosse cego, deveria reconhecer que tudo isso seria inútil.
O que nos era mais doloroso era o fato de ser esse sistema moralmente protegido pela aliança com a Alemanha, e que a lenta extirpação do sentimento alemão na velha monarquia até certo ponto tinha a sanção da própria Alemanha.
A hipocrisia dos Habsburgos com a qual se pretendia dar no exterior a aparência de que a Áustria ainda era um Estado alemão, fazia crescer o ódio contra a Casa Austríaca, até atingir a indignação e, ao mesmo tempo, o desprezo.
Só no Reich os já então predestinados" nada viam de tudo isso.
Como atingidos pela cegueira, caminhavam eles ao lado de um cadáver e, nos sinais da decomposição, acreditavam descobrir indícios de nova vida.
Na fatal aliança do jovem império alemão com o arremedo de Estado austríaco estava o germe da Grande Guerra, mas também o do desmembramento.
No decurso deste livro terei que me ocupar mais demoradamente deste problema. Basta que aqui se constate que, já nos primeiros anos da juventude, eu havia chegado a uma opinião que nunca mais me abandonou, mas, pelo contrário, cada vez mais se fortificou. E essa era que a segurança do germanismo pressupunha a destruição da Áustria e que o sentimento nacional não era idêntico ao patriotismo dinástico e que, antes de tudo, a Casa dos Habsburgos estava destinada a fazer a infelicidade do povo alemão.
Dessa convicção eu já tinha outrora tirado as conseqüências: amor ao meu berço austro-alemão, profundo ódio contra o governo austríaco.
A arte de pensar pela história, que me tinha sido ensinada na escola, nunca mais me abandonou. A história universal tornou-se para mim, cada vez mais, uma fonte inesgotável de conhecimentos para agir no presente, isto é, para a política. Eu não quero aprender a história por si, mas, ao contrário, quero que ela me sirva de ensinamento para a vida.
Assim como logo cedo tornei-me revolucionário, também tornei-me artista.
A capital da alta Áustria possuía outrora um teatro que não era mau. Nêle se representava quase tudo. Aos doze anos, vi pela primeira vez "Guilherme Te!!" e, alguns meses depois, "Lohengrin", a primeira ópera que assisti na minha vida. Senti-me imediatamente cativado pela música. O entusiasmo juvenil pelo mestre de Bayreuth não conhecia limites.
Cada vez mais me sentia atraído pela sua obra, e considero hoje uma felicidade especial que a maneira modesta por que foram as peças representadas na capital da província me tivesse deixado a possibilidade de um aumento de entusiasmo em representações posteriores mais perfeitas.
Tudo isso fortificava minha profunda aversão pela profissão que meu pai me havia escolhido. Essa aversão cresceu depois de passados os dias da meninice, que para mim foram cheios de pesares. Cada vez mais eu me convencia que nunca seria feliz como empregado público. Depois que, na escola profissional, meus dotes de desenhista se tornaram conhecidos, a minha resolução ainda mais se afirmou.
Nem pedidos nem ameaças seriam capazes de modificar essa decisão.
Eu queria ser pintor e, de modo algum, funcionário público.
E, coisa singular, com o decorrer dos anos aumentava sempre o meu interesses pela arquitetura.
Eu considerava isso, outrora, como um natural complemento da minha inclinação para a pintura e regozijava-me intimamente com esse desenvolvimento da minha formação artística.
Que outra coisa, contrário a isso, viesse acontecer, não previa eu.
O problema da minha profissão devia, porém, ser decidido mais rapidamente do que eu supunha.
Aos treze anos perdi repentinamente meu pai. Ainda muito vigoroso, foi vítima de um ataque apoplético que, sem provocar-lhe nenhum sofrimento, encerrou a sua peregrinação na terra, mergulhando-nos na mais profunda dor.
O que mais almejava, isto é, facilitar a existência de seu filho, para poupar-lhe a vida de dificuldades que ele próprio experimentara, não havia sido alcançado, na sua opinião. Apenas sem o saber, ele lançou as bases de um futuro que não havíamos previsto, nem ele, nem eu.
Aparentemente, a situação não se modificou logo.
Minha mãe sentia-se no dever de, conforme aos desejos de meu pai, continuar minha educação, isto é, fazer-me estudar para a carreira de funcionário. Eu, porém, estava ainda mais decidido do que antes, a não ser burocrata, sob condição alguma. A proporção que a escola média, pelas matérias estudadas ou pela maneira de ensiná-las, afastava-se do meu ideal, eu me tornava indiferente ao estudo.
Inesperadamente, uma enfermidade veio em meu auxílio e, em poucas semanas, decidiu do meu futuro, pondo termo à constante controvérsia na casa paterna.
Uma grave afecção pulmonar fez com que o médico aconselhasse a minha mãe, com o maior empenho, a não permitir absolutamente. que, de futuro, eu me entregasse a trabalhos de escritório. A freqüência à escola profissional deveria também ser suspensa pelo menos por um ano.
Aquilo que eu, durante tanto tempo, almejava, e por que tanto me tinha batido, ia, por força desse fato, uma vez por todas, transformar-se em realidade.
Sob a impressão da minha moléstia, minha mãe consentiu finalmente em tirar-me, tempos depois, da escola profissional e em deixar-me freqüentar a Academia.
Foram os dias mais felizes da minha vida, que me pareciam quase que um sonho e na realidade de sonho não passaram.
Dois anos mais tarde, o falecimento de minha mãe dava a esses belos projetos um inesperado desenlace.
A sua morte se deu depois de uma longa e dolorosa enfermidade que, logo de começo, pouca esperança de cura oferecia. Não obstante isso, o golpe atingiu-me atrozmente. Eu respeitava meu pai, mas por minha mãe tinha verdadeiro amor.
A pobreza e a dura realidade da vida forçaram-me a tomar uma rápida resolução. Os pequenos recursos econômicos deixados por meu pai foram quase esgotados durante a grave enfermidade de minha mãe. A pensão que me coube como órfão, não era suficiente nem para as necessidades mais imperiosas. Estava escrito que eu, de uma maneira ou de outra, deveria ganhar o pão com o meu trabalho.
Tendo na mão unia pequena mala de roupa e, no coração, uma vontade imperturbável, viajei para Viena.

Mein Kanpf

Mein Kampf
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Mein Kampf

Primeira edição do "Mein Kampf" em alemão, julho de 1925. Exposição do Museu Histórico alemão em Berlim.
Autor Adolf Hitler
Título no Brasil Minha Luta
Idioma Alemão
País Alemanha
Gênero Autobiografia,
Teoria Política
Editora Eher Verlag
Lançamento 18 de Julho de 1925
Mein Kampf (em português Minha Luta) é o título do livro de dois volumes de autoria de Adolf Hitler, no qual ele expressou suas idéias anti-semítas, racialistas e nacionalistas, então adotadas pelo partido nazista. O primeiro volume foi escrito na prisão e editado em 1925, o segundo foi escrito por Hitler fora da prisão e editado em 1926. Mein Kampf tornou-se um guia ideológico e de ação para os nazistas, e ainda hoje influencia os neonazistas, sendo chamado por alguns de "Bíblia Nazista".

É importante ressaltar que as idéias propostas em Mein Kampf não surgiram com Hitler, mas são oriundas de teorias e argumentos então correntes na Europa. Na Alemanha nazista, era uma exigência não-oficial possuir o livro. Era comum presentear o livro a crianças recém-nascidas, ou como presente de casamento. Todos os estudantes o recebiam na sua formatura. [1]

Índice [esconder]
1 Título
2 História
3 Conteúdo
4 Popularidade
5 Direitos autorais
6 Índices
7 Referências
8 Ligações externas


[editar] Título
É importante notar a flexibilidade conotativa e contextual da lingua alemã da palavra "Kampf", que traz diversas possibilidades de traduções do título para o português. A palavra também pode ser traduzida como "luta", "combate", ou até mesmo como "guerra"' o que é evidenciado por vários exemplos como os nomes alemães de diversos tanques ("Panzerkampfwagen", "Veículo de guerra blindado") ou por números de bombardeiros ("Sturzkampfflugzeug", "Avião bombardeiro de guerra"). A grande maioria dos lingüístas, entretanto, ainda julgam "Minha Luta" a tradução correta.

[editar] História
Hitler começou a ditar o livro para Emil Maurice enquanto estava preso em Landsberg, e depois de Julho de 1924 passou a ditar para Rudolf Heß, que posteriormente, com a ajuda de especialistas, aos poucos editou o livro. Por sua peculiar natureza verbal, a obra original mostrou-se repetitiva e de difícil leitura, por isso precisou ser editada e re-editada antes de chegar à editora. Ele foi dedicado a Dietrich Eckart, membro da Sociedade Thule

O título original da obra era "Viereinhalb Jahre [des Kampfes] gegen Lüge, Dummheit und Feigheit" ("Quatro anos e meio de luta contra mentiras, estupidez e covardia"), porém Max Amann, o encarregado das publicações nazistas, decidiu que o título era muito complicado e achou melhor abreviá-lo para Mein Kampf - Minha Luta. Amann ficou desapontado com o conteúdo da obra, pois esperava uma história pessoal de Hitler detalhada e com ênfase no Putsch da Cervejaria, que acreditava se tornaria uma ótima leitura, Hitler porém não entrou em detalhes sobre sua vida pessoal e não escreveu pouco sobre o Putsch.[1]

O primeiro volume, intitulado Eine Abrechnung, é essencialmente autobiográfico e foi publicado em 18 de Julho de 1925; já o segundo volume, Die Nationalsozialistische Bewegung (O movimento nacional-socialista), é mais preocupado em expressar a doutrina nazista e foi publicado em 1926.

[editar] Conteúdo
As principais idéias do livro são aquelas que mais tarde foram aplicadas durante a Alemanha nazista e a Segunda Guerra Mundial. Hitler desejava transformar a Alemanha num novo tipo de Estado, que se alicerçasse com o conceito de raças humanas e incluísse todos os alemães que viviam fora da Alemanha, estabelecendo também o Führerprinzip - conceito do líder -, em que Hitler dita que ele deveria deter grandes poderes, estabelecendo uma ideologia universal (Weltanshauung).

O livro é dominado pelo anti-semitismo, Hitler diz, por exemplo, que a língua internacional Esperanto faz parte da conspiração dos judeus, e faz comentários a favor da antiga idéia nacionalista Alemã do "Drang nach Osten": a necessidade de ganhar o Lebensraum (espaço vital) para o leste, especialmente na Rússia.

Outro aspecto importante é o posicionamento político claramente anti-comunista, e uma preocupação evidente com a expansão da ideologia marxista, tida pelo autor como "uma idéia tão judaica quanto o próprio capitalismo". Hitler usou como tese principal o "Perigo Judeu", que fala sobre a conspiração dos Judeus para ganhar a liderança na Alemanha. No entanto, o livro também é autobiográfico: dá detalhes da infância de Hitler e o processo pelo qual ele se transformou em um nacionalista, depois num anti-semita, e finalmente num militarista, tendo sido marcado pela sua juventude em Viena, Áustria.

[editar] Popularidade
A apreensão dos extratos de conta dos direitos autorais da Eher Verlag - a editora nazista - feitas pelos Aliados em 1945, revelou que em 1925, ano de seu lançamento, Mein Kampf (custando 12 marcos cada volume) vendeu 9.473 exemplares, à partir de então as vendas caíram gradativamente para 6.913 em 1926, para 5.607 em 1927 e somente 3.015 em 1928. Com as vitórias nas eleições pelos nazistas, a partir de 1929 as vendas cresceram, alcançando 7.669 naquele ano, e saltando para 54.086 em 1930, ano em que surgiu uma edição popular de oito marcos. Em 1931, 50.808 exemplares foram vendidos, e 90.351 em 1932. Em 1933 quando Hitler se tornou chanceler, as vendas saltaram para um milhão de exemplares. Em 1940, seis milhões de exemplares do Mein Kampf foram vendidos.[2] O Partido nazista afirmou que o livro antes disso já era um grande vendedor. Hitler possuía rendimento de 10% dos direitos autorais sobre o livro (sua principal fonte de renda à partir de 1925), 15% à partir de 1933, quando o rendimento da venda do livro superou um milhão de marcos.[1]

[editar] Direitos autorais
Os direitos do livro, que pertenciam a Adolf Hitler, foram entregues ao Estado da Baviera, por ordem do mesmo. O Estado da Baviera recusa-se a republicar e permitir republicações do livro, por isso o mesmo não se encontra mais à venda, porém tais direitos cairão em domínio público no dia 31 de Dezembro de 2015, quando poderá ser editado e traduzido por outras editoras.

[editar] Índices
O arranjo dos capítulos é como segue:

Introdução
Volume I: Uma conta
Capítulo 1: Na casa paterna
Capítulo 2: Anos de aprendizado e de sofrimento em Viena
Capítulo 3: Reflexões gerais sobre a política da época de minha estadia em Viena
Capítulo 4: Munique
Capítulo 5: A Guerra Mundial
Capítulo 6: A propaganda da guerra
Capítulo 7: A revolução
Capítulo 8: O começo de minha atividade política
Capítulo 9: O Partido Trabalhista Alemão
Capítulo 10: Causas primárias do colapso
Capítulo 11: Povo e Raça
Capítulo 12: O primeiro período de desenvolvimento do Partido Nacional Socialista
Volume II: O movimento nacional-socialista
Capítulo 1: Doutrina e partido
Capítulo 2: O Estado
Capítulo 3: Cidadãos e súditos do Estado
Capítulo 4: Personalidade e concepção do Estado Nacional
Capítulo 5: Concepção do mundo e organização
Capítulo 6: A luta nos primeiros tempos - A importância da oratória
Capítulo 7: A luta com a frente vermelha
Capítulo 8: O forte é mais forte sozinho
Capítulo 9: Idéias fundamentais sobre o fim e a organização dos trabalhadores socialistas
Capítulo 10: A máscara do federalismo
Capítulo 11: Propaganda e organização
Capítulo 12: A questão sindical
Capítulo 13: Política de aliança da Alemanha após a Guerra
Capítulo 14: Orientação para leste ou política de leste
Capítulo 15: O direito de defesa
Conclusão
Índice
Referências
↑ 1,0 1,1 1,2 Ascensão e queda do Terceiro Reich Triunfo e Consolidação 1933-1939. Volume I. William L. Shirer. Tradução de Pedro Pomar. Agir Editora Ldta., 2008. Pág.:320-321. ISBN 978-85-220-0913-8
↑ Adolf Hitler: Tax-payer (Adolf Hitler: contribuinte) publicado no The Americal Historical Review, julho de 1955, Oron James Hale.
[editar] Ligações externas
Mein Kampf - Versão eletrônica em português (em português)
Mein Kampf - original em alemão (em alemão)
Deutsche Welle - Historiadores preparam edição crítica de "Minha Luta", de Hitler

pacal de Palenque e a tumba

A Descoberta da Tumba de Pacal Votan

Em novembro de 1952, uma notícia percorreu o mundo, surpreendendo a todos que se interessavam por questões históricas. Nas selvas do Estado de Chiapas, no México, havia sido descoberta uma cripta funerária, no interior de uma pirâmide, denominada "Templo das Inscrições", dentro da qual estavam os restos de um corpo, identificado como sendo o corpo do soberano de Palenque, Pacal Votan, o guerreiro sagrado. Tal fato rompia com a divisão existente até então para classificar as pirâmides, segundo a qual as pirâmides egípcias eram tumbas e as americanas eram templos. Foi assim que rapidamente se tornou famosa a "Tumba de Palenque" e jornalistas, historiadores, arqueólogos e simples curiosos vieram de todas as partes, pois entrar na pirâmide e conhecer a cripta mortuária escondida em seu interior, era e continua sendo uma experiência extraordinária.











Ela está localizada a 26 metros de profundidade em relação ao santuário superior, em um espaço subterrâneo de sete metros de altura por nove de comprimento e quatro de largura. O arqueólogo Alberto Ruz Lhuillier, responsável por tal descobrimento, encontrou uma sala que estava ocupada quase por completo por um enorme sarcófago, coberto por uma pedra esculpida de 3,8 por 2,2 metros e com 20 cms. de espessura, que pesava mais de 5,5 toneladas. O monolítico sarcófago pesa quase 15 toneladas e de nenhuma maneira poderia ter passado pelas estreitas escadas da cripta, o que indica que foi introduzido na pirâmide enquanto a mesma estava em obras. Em seu interior estavam não apenas os restos mortais de Pacal Votan, como também seus tesouros, seus amuletos, retratos dele esculpidos em relevo e também uma extraordinária máscara de jade cobrindo-lhe o rosto. A tampa do sarcófago é uma enorme pedra de 8 metros quadrados na qual pode ser vista uma ornamentação de caráter cosmológico, que comprova uma grande elevação espiritual. O baixo relevo apresenta em seu centro o soberano Pacal descansando sobre o monstro da Terra. Sua expressão facial em êxtase está voltada para o céu. Abaixo da figura de Pacal, uma enorme boca do mundo subterrâneo, representada pelas mandíbulas de um jaguar, se dispõem a engolir o defunto. Em cima do soberano, se eleva a árvore cósmica, em forma de cruz, cujos braços terminam com imagens do dragão, que simboliza o sangue. Em cima desta árvore está o pássaro celeste, uma espécie de Quetzal ou de Fênix. Suspensa nesta árvore da vida, como uma grinalda, aparece uma serpente bicéfala. Suas bocas estão abertas de par em par, e de seu interior emergem as cabeças de duas divindades. Nos muros, montavam guarda figuras estilizadas dos senhores da noite. Essa fantástica lápide esculpida, com abundância plena de simbolismos, constitui uma das melhores realizações artísticas de todos os tempos. Na verdade, todo o panteão maia, com seu sistema cosmológico, está resumido no magnífico baixo relevo que adorna o sarcófago destinado ao soberano de Palenque. Esta obra, executada com delicadeza e segurança extraordinárias, informa sobre a organização do universo; os dias e as noites, os astros como o Sol e a Lua, a Via Láctea, constituem o marco (em sentido estrito) desta imagem do Mundo que se desenvolve ao redor do rei. Pacal Votan, no centro, desempenha o papel do grande organizador do mundo dos vivos e dos mortos, atuando como o intermediário entre o abismo de Xibalba (inferno) e a claridade celeste. Ele está suspenso entre dois infinitos, como Senhor de um universo mítico e divino.




Por intermédio de tal obra, os maias lograram expressar boa parte de sua cosmovisão.




O descobrimento da câmara sepulcral foi o resultado de paciente trabalho de quatro anos, realizado nas mais adversas condições, por um grupo de arqueólogos que trabalharam sob a coordenação do arqueólogo Alberto Ruz Lhuillier, nascido na França e naturalizado mexicano, que foi quem descobriu, no alto da pirâmide, uma parede que dava passagem a uma escada que conduzia até a cripta. O ducto que ia da câmara mortuária ao exterior da pirâmide, na parte superior, no templo edificado acima, representava a técnica aperfeiçoada pelos antigos maias para manterem-se em contato direto com os seus mortos, especialmente aqueles seres que haviam alcançado em vida uma elevada espiritualidade, como foi o caso do personagem cujos restos jaziam no interior da pirâmide de Palenque, o grande sacerdote Pacal Votan, que além de governante daquele local, tinha sido um guerreiro sagrado. Através daquele ducto, ele havia continuado a proporcionar a seu povo orientação e ajuda.










A MÁSCARA FUNERÁRIA DE JADE QUE COBRIA O ROSTO DE PACAL VOTAN

Inteiramente feita em mosaico de jade, esta máscara funerária de 24 cms. de altura, que representa o soberano de Palenque, Pacal Votan, (em maia Palenque significa Nah Chan Can, ou Casa da Serpente), estava colocada sobre seu rosto. De intenso colorido, seus olhos são bolas de nácar e a íris é de obsidiana; eles contém cerca de 200 elementos, pacientemente reconstruídos pela equipe do Arqueólogo Alberto Ruz Lhuillier. As pupilas pintadas conferem à máscara uma expressão fascinante. Na boca, brilhava o amuleto da imortalidade, em forma de "T", feito de pirita. É um amuleto protetor, que, no calendário de 13 luas, representa o selo Vento. A letra "T" também quer dizer TAO = verdade ou caminho. Outro símbolo encontrado foi um palito vertical, representando o "yang", positivo, masculino, branco, e um palito horizontal, representando o "yin", negativo, feminino, preto, que representam o I Ching e, na Cabala, é a Árvore da Vida.



Também foram encontrados vários colares de contas de jade e de madrepérola e aneis da mesma pedra em seus dedos. Um jade grande estava colocado em cada uma de suas mãos e outro em sua boca, o que era uma prática própria dos chineses. As contas de jade dos colares eram de diferentes formas e tamanhos: semiesféricas, achatadas, cilíndricas, ou semelhantes a botões florais; flores abertas, cabaças, melões, etc, sendo que uma das contas, um pouco maior do que as outras, estava talhada em forma de animal.



A máscara de jade, os colares e demais adornos, sem dúvida são um quebra-cabeças no qual foram deixadas muitas mensagens para serem descobertas e para que nos descubramos a nós próprios.



Estas informações foram extraídas dos livros "Los Mayas", de Henri Stierlin, e "Dos Guerreros Olmecas", de Antonio Velasco Piña, e de escritos deixados pelo arqueólogo Alberto Ruz Lhuillier, sendo adaptadas para este texto.

Geometria de palenque

Palenque é situada no México e foi uma das metrópoles da civilização Maia. A cidade era formada por cerca de 700 edificações. Pacal Votan, durante seu reinado, iniciou um programa de construção em Palenque que originou uma das mais finas artes e arquiteturas da civilização Maia.

Os estudiosos das construções maias por um século buscaram uma unidade de medida maia, mas nunca encontraram, pois não há uma unidade de medida especifica para essas edificações. É surpreendente ver que a cidade foi construída sem uma medida padrão, como metros, pés, ou polegadas. Ao contrário disto, eles utilizavam termos de proporção.

Acredita-se que os engenheiros de Pacal utilizaram corda para fazerem quatro círculos engrenados, e estes formariam os cantos de um quadrado. As cordas também eram utilizadas para traçar uma diagonal, e também formar um arco. Repetindo esse processo, os engenheiros de Pacal puderam projetar as mais bonitas edificações do mundo maia.

Descobriram-se as verdadeiras razões que estão por trás desse método ímpar. Existe um determinado posicionamento de formas geométricas que é chamado de Geometria Sagrada, que é baseado nas formas da natureza, e os maias usaram esta técnica para criar o layout das suas edificações e cidades.

“A geometria sagrada obedece às leis cósmicas e expressa graficamente as relações e proporções entre os mais diversos polígonos regulares e especiais. Expressa a própria harmonia musical e, como a música, diz coisas que nosso intelecto sozinho, sem a colaboração do centro emocional, não pode compreender. Usamos a geometria sagrada e o eneagrama, com suas relações e analogias gráficas, para acessar os centros superiores, cuja linguagem é simbólica e direta, levando-nos a subconscientemente reconhecer a ordem em meio ao caos”.

Todo design maia, desde o quadrado básico, foi derivado do padrão das flores, e formas da natureza. Eles estavam emulando a natureza utilizando proporções com fundamentos na natureza. Foi assim que Pacal desenvolveu Palenque a uma metrópole. Desde a mais alta piramide, até a menor casa, foram engenhadas usando formas simples de quadrados e círculos.

A cidade seria, mais tarde, abandonada pelo povo, mas o rei Pacal assegurou-se que o segredo de Palenque e seu design ímpar fosse mantido a salvo. Quando seu longo reinado acabou, Pacal fez questão que os símbolos sagrados fossem enterrados com ele. Dentro de seu tumulo foi encontrado em uma mão uma esfera de jade, e na outra um cubo de jade, que são as formas geométricas chaves que inspirou e possibilitou a construção de toda esta cidade. A imagem abaixo é a lápide do túmulo de Pacal Votan. A mesma imagem ilustra a capa do livro ‘Eram os Deuses Astronautas’, de Erich von Daniken.



Fonte: Vídeo ‘Lost Worlds – Palenque’, transmitido pelo History Channel.

Definição de Geometria Sagrada:

http://www.4c.com.br/eneagrama_geometria_sagrada.htm

Imagens: Algumas são printscreen do vídeo, outras não.

Pacal de palenque 1

Palenque
Palenque is set against the backdrop of a lush jungle and is perhaps one of the most mystical of Maya archeological sites. Palenque é definido como pano de fundo uma floresta exuberante e é talvez uma das mais místicas de sítios arqueológicos maias.


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This page includes a slide show with images of many of Palenque's principal attractions. Esta página inclui uma apresentação de slides com imagens de muitas das principais atrações de Palenque. You will also find QuickTime movies of King Pacal's tomb, the Waterfalls at Palenque and the Agua Azul waterfalls . Palenque is located in the state of Chiapas, Mexico. Você também vai encontrar filmes QuickTime do túmulo do rei Pacal, as cachoeiras em Palenque e as cachoeiras Água Azul. Palenque está localizado no estado de Chiapas, México. As you can see from the images, Palenque is surrounded by much natural beauty, including almost magical waterfalls. Click on the waterfall image to the right to see a Quicktime movie of this beautiful waterfall. Como você pode ver a partir das imagens, Palenque é cercado por muitas belezas naturais, cachoeiras, incluindo quase mágico. Clique na imagem cachoeira à direita para ver um filme Quicktime desta linda cachoeira.

King Pacal: Palenque is probably most well known for the tomb of its famous King Pacal inside of the Temple of the Inscriptions which, like the tombs of Egypt's pharoahs, is buried deep within a specially built pyramid. Rei Pacal: Palenque é provavelmente mais conhecido para o túmulo de seu famoso rei Pacal dentro do Templo das Inscrições, que, como as tumbas dos faraós do Egito, é enterrado dentro de uma pirâmide construída especialmente. King Pacal was born in the year 603 AD and is said to have reigned for 67 years until his death at the age of 80. Rei Pacal nasceu no ano 603 dC e é dito que reinou por 67 anos até sua morte na idade de 80. Perhaps the lid of Pacal's tomb, referred to by some as The Lid Talvez a tampa da tumba de Pacal, referido por alguns como a tampa of Paleneque , is the most photographed, reproduced and written about stone work of its kind. de Paleneque, é a mais fotografada, reproduzida e escrito sobre a obra de pedra de seu tipo. Before I went to Palenque, I saw Eric Von Däniken in a TV documentary referring to the lid as protraying an Aztec Astronaut (due to the apparent flames underneath where Pacal sat and the appearance that he was steering a vessel). Antes de eu ir para Palenque, vi Eric Von Däniken, em um documentário de TV referindo-se a tampa como protraying an Astronaut asteca (devido às chamas que Pacal aparente embaixo e sentou a aparência de que ele era volante de um navio). Apparently, this theory is also part of his book, Chariots of the Gods . In reality, Pacal was neither Aztec nor an astronaut. Aparentemente, esta teoria é também parte de seu livro "Eram os Deuses Astronautas. Na realidade, Pacal asteca foi nem uma nem astronauta. Reputable archeologists have long ago concluded that the lid represents Pacal at the moment of his death descending into the underworld of Xibalba via the Tree Of Life . Click on the image of the Lid of Palenque to see a QuickTime movie. Respeitáveis arqueólogos há muito concluíram que a tampa representa Pacal no momento de sua morte, descendo ao submundo de Xibalba através da Árvore da Vida. Clique sobre a imagem da tampa de Palenque de ver um filme do QuickTime. Click here for Hi-bandwidth version (4.5MB/100 Kbps). Clique aqui para versão de alta largura de banda (4.5MB/100 Kbps).




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New Age Movement: The father of the new age movement, Jose Argüelles, has written many interesting books about the Maya, many of which are quite esoteric, mathematical, and frequently difficult to follow. Movimento Nova Era: O pai do movimento new age, José Argüelles, escreveu muitos livros interessantes sobre o Maya, muitos dos quais são bastante esotérico, matemática e, frequentemente, difícil de seguir. These include The Mayan Factor and Surfers of the Zuvuya . Estes incluem o fator maia e surfistas do Zuvuya. (I recommend these for your reading.) He has also developed his own version of the Maya calendar and claims to have received one or more important prophecies from King Pacal or, as he and some others call him, Pacal Votan . (Eu recomendo esses para a sua leitura.) Ele também desenvolveu sua própria versão do calendário maia e afirma ter recebido uma ou mais importantes profecias do rei Pacal ou, como ele e alguns outros chamá-lo, Pacal Votan. This prophecy is refered to as the Telektenon . Essa profecia é referido como o Telektenon. Many others have followed Jose and built a virtual practice and business teaching others about Maya cosmology and leading tours to Palenque, Chichen Itza and other famous Maya ceremonial centers. Muitos outros se seguiram José e construiu uma prática virtual e outros negócios ensino sobre cosmologia Maya e passeios conduzindo a Palenque, Chichen Itza e outros famosos centros cerimoniais maias.

I'm very curious why many North American leaders of various new age type religions or belief systems have gravitated towards the Maya and their ancient beliefs (I guess I shouldn't be too surprised, given my own interest). Estou muito curioso por isso que muitos líderes norte-americanos de várias religiões da nova era tipo ou sistemas de crença deslocaram-se para os maias e suas crenças antigas (acho que não devemos nos surpreender, dado o meu interesse próprio). I am also a bit concerned that perhaps some of them may be opportunists who see the adherents of the various new age spiritual movements as a cash cow and, in the process, may be misrepresenting and contaminating the underlying beliefs of the Maya who today continue to practice many of their ancient traditions. Também estou um pouco preocupado de que talvez alguns deles podem ser oportunistas, que vêem os adeptos dos vários movimentos da nova era espiritual, como uma vaca de dinheiro e, no processo, pode desvirtuar e contaminando as crenças subjacentes da Maya que hoje continuam prática muitas de suas antigas tradições. This is purely my opinion, of course. Esta é apenas a minha opinião, é claro.


The story of Pacal and Palenque is very rich and fascinating and is worth picking up a book or two if you have any interest in the subject. A história de Pacal e Palenque é muito rica e fascinante e vale a pena pegar um livro ou dois, se você tem qualquer interesse no assunto. An excellent treatment of King Pacal and Palenque can be found in A Forest of Kings by Linda Schele and David Freidel. Um excelente tratamento do Rei Pacal Palenque e pode ser encontrado em uma floresta de Kings por Linda Schele e Freidel David.

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Agua Azul: Travel to Palenque is easiest via Villahermosa in the state of Tobasco, Mexico. Agua Azul: Curso de Palenque é o mais fácil através de Villahermosa, no estado de Tabasco, no México. When I visited, the highways and Palenque itself were heavily patrolled by Mexican soldiers given their conflicts with the local Maya and Zapatistas of Chiapas. Quando eu visitei, as rodovias e Palenque se foram fortemente patrulhada por soldados mexicanos deram o seu conflito com a Maya local e zapatistas de Chiapas. Once in Palenque, a trip to Agua Azul is a must do. Uma vez em Palenque, uma viagem para Água Azul é um deve fazer. It takes about 2 hours by car to get there from Palenque. Click on the image of the waterfall to see a QuickTime movie. Demora cerca de 2 horas de carro para chegar lá de Palenque. Clique na imagem da cachoeira para ver um filme QuickTime.

Tumulo de Pacal de Palenque

A OMS está enterrado no túmulo PAKAL'S?

The discovery of the sarcophagus of a great Maya ruler deep within the Temple of Inscriptions at Palenque is one of the great stories of archaeology. A descoberta do sarcófago de um governante maia grande profundidade dentro do Templo das Inscrições em Palenque é uma das grandes histórias de arqueologia.


Alberto Ruz, director of research at Palenque for Mexico's Instituto Nacional de Antropología e Historia Alberto Ruz, diretor de pesquisa do Instituto de Palenque no México Nacional de Antropología e Historia , had long wrestled with an enigma involving the pyramid. , Havia muito tempo lutou com um enigma que envolve a pirâmide. No one had been able to explain why a flagstone in the center of the temple's floor had a number of holes drilled in it. Ninguém foi capaz de explicar por que uma laje no centro do chão do templo havia um número de furos na mesma. Finally Ruz noticed that the walls of the temple continued beneath the floor level, and he suddenly realized that the ancient Maya had sealed off a chamber below. Finalmente Ruz notou que as paredes do templo continuou abaixo do nível do chão, e ele de repente percebeu que os antigos maias isolaram uma câmara abaixo. Lowering the final slab into place with ropes through the drill holes, they had sealed the holes with stone plugs. A redução da laje final em local com cordas pelos furos, que tinham fechado os buracos com plugues pedra.
Ruz spent four seasons digging down beneath the floor of the Temple of the Incriptions. Ruz passou quatro temporadas escavando por debaixo do chão do Templo As inscrições. It was stultifyingly hot and dangerous work. Foi stultifyingly trabalho a quente e perigoso. At last, in the summer of 1952, Ruz shined his flashlight through a peephole that his workers had cut through the limestone. Finalmente, no verão de 1952, brilhou Ruz sua lanterna através de um orifício que os seus trabalhadores tinham atravessar o calcário. As he later described the sight: Como ele descreveu mais tarde a visão:


Out of the dim shadows emerged a vision from a fairy tale, a fantastic, ethereal sight from another world. Fora das sombras ofuscante surgiu uma visão de um conto de fadas, uma vista fantástica, etérea de outro mundo. It seemed a huge magic grotto carved out of ice, the walls sparkling and glistening like snow crystals. Parecia uma enorme gruta mágica esculpido em gelo, as paredes cintilantes e brilhantes como cristais de neve. Delicate festoons of stalactites hung like tassels of a curtain, and the stalagmites on the floor looked like drippings from a great candle. Festões delicados de estalactites penduradas como borlas de uma cortina, e as estalagmites no chão, parecia com pingos de uma vela grande. The impression, in fact, was that of an abandoned chapel. A impressão, na verdade, era a de uma capela abandonada. Across the walls marched stucco figures in low relief. Marcharam através das paredes de estuque figuras em baixo relevo. Then my eyes sought the floor. Então, meus olhos procuraram o chão. This was almost entirely filled with a great carved stone slab, in perfect condition. Isto foi quase totalmente preenchida com uma grande laje de pedra esculpida, em perfeito estado.


For the first time in more than a thousand years, human eyes beheld the glorious carved sarcophagus lid of a great ruler of Palenque. Pela primeira vez em mais de mil anos, os olhos humanos contemplaram a tampa esculpida glorioso sarcófago de um grande governante de Palenque. That the tomb belonged to an important ruler was beyond doubt, considering its magnificence. Que o túmulo pertencia a uma régua importante foi sem dúvida, considerando a sua magnificência. The entire pyramid of the Temple of Inscriptions had been built around it. A pirâmide de todo o Templo de inscrições havia sido construída em torno dele. But who that ruler might be was a lingering question. Mas quem poderia ser governante que era uma questão persistente.


Then David Kelley and Floyd Lounsbury analyzed inscriptions from the temple to determine that the occupant of the sarcophagus was named "Shield", or Pakal (originally spelled Pacal, then Hanab-Pakal and now K'inich Janahb' Pakal). Então David Kelley e Floyd Lounsbury analisados inscrições do templo para determinar que o ocupante do sarcófago foi batizada de "protetor", ou Pakal (originalmente escrito Pacal, então Hanab-Pakal e agora Pakal K'inich Janahb ').
Pakal the Great ruled Palenque for most of his 80 years, and it was reasonable to conclude that he had built the Temple of Inscriptions as his own burial monument. Pakal Palenque, o Grande, governou para a maioria dos seus 80 anos, e era razoável concluir que ele tinha construído o Templo das Inscrições como seu monumento próprio enterro. But Ruz was disturbed by the fact that the bones in the sarcophagus appeared to belong to a man some forty years younger than Pakal at the time of his death. Mas Ruz foi perturbada pelo fato de que os ossos do sarcófago parecia pertencer a um homem cerca de quarenta anos mais jovem do que Pakal no momento de sua morte. Preliminary analysis from the bones indicated a middle-aged male, but this analysis was never published for scientists to examine, confirm or reject. A análise preliminar dos ossos indicaram um de meia-idade masculina, mas essa análise nunca foi publicado por cientistas para analisar, confirmar ou rejeitar. A subsequent report in 1971 seemed to confirm the earlier finding based on limited wear on the skeleton's teeth. Um outro relatório, em 1971, parecia confirmar a anterior conclusão baseada nos limita o desgaste nos dentes do esqueleto.

Meanwhile, epigraphers--scholars who study and interpret inscriptions--had determined definitively the dates of Pakal's birth and his death at an advanced age. Enquanto isso, epigraphers - inscrições acadêmicos que estudam e interpretam - havia determinado definitivamente as datas de nascimento Pakal e sua morte em uma idade avançada. "Lord Shield Pacal was by all accounts a most remarkable man," wrote Peter Mathews and Linda Schele in a presentation to the First Palenque Round Table in 1974. "Senhor Escudo Pacal foi por todas as contas de um homem mais notável", escreveu Peter Mathews e Linda Schele em uma apresentação para a Primeira Palenque Round Table em 1974. "Apparently in power, at least in name, by the age of 12 1/2, he ruled for almost 70 years. His was a dominant influence at Palenque and he was surely the man responsible for its sudden blossoming c. 9.10.0.0.0 into a major Classic site." "Aparentemente, no poder, pelo menos no nome, a idade de 12 1 / 2, ele governou por quase 70 anos. Dele era uma influência dominante, em Palenque, e ele certamente foi o homem responsável pela sua súbita c. florescimento 9.10.0.0. 0 em um site grandes clássicos. " Mathews and Schele had no doubt that the body found deep beneath the Temple of the Incriptions was that of Pakal. Mathews e Schele não tinha dúvidas de que o corpo encontrado nas profundezas do Templo As inscrições foi o de Pakal.

Yet a controversy has raged over the epigraphical findings. No entanto, uma polêmica se desencadeou sobre as descobertas epigráficas. It has at times been viewed as a conflict between "scientific" and "non-scientific" research, that is, the methods of anthropologists and forensic scientists versus those of epigraphers. Ele às vezes tem sido visto como um conflito entre o "científico" e "investigação científica", isto é, os métodos de antropólogos e cientistas forenses contra aqueles de epigraphers.

Schele and Mathews respond as follows in The Code of Kings ( 1998 ): Schele e Mathews responder da seguinte maneira no Código dos Reis (1998):


For our part, we have always maintained that the arithmetic involved in analyzing the inscriptional dates of Hanab-Pakal is incontrovertible, whether or not our proposed interpretations of specific events are overturned. Pela nossa parte, temos sempre defendeu que a média envolvidos na análise das datas de inscrições Hanab-Pakal é incontroversa, ou não nossas interpretações propostas de eventos específicos são derrubados. To prevent ambiguity, Palenque's scribes tied Hanab-Pakal's birth, accession, and death to the Long Count and to named k'atun-endings that recur only once every 375,000 years. Para evitar ambigüidade, escribas Palenque amarrado Hanab-Pakal nascimento, a adesão, e da morte para a contagem longa e k'atun named-finais que retornam apenas uma vez a cada 375.000 anos. And...they also tied his birth and accession dates to the end of the first piktun, which will occur in AD 4772. ... E eles também vinculados à adesão do seu nascimento e datas para o fim do piktun primeira, que ocorrerá no ano de 4772. Thus, if his dates are to be changed, they must move at least 375,000 years into the future. Assim, se suas datas devem ser alteradas, devem movimentar pelo menos 375.000 anos no futuro.
Or as Schele put it in 1992 (in Ancient Mesoamerica 3 Ou como Schele colocá-lo em 1992 (na antiga Mesoamérica 3 ): ):

The last argument against the chronology is that in some way the epigraphers do not understand what the Maya intended to say--that, for example, two people are being named as one person, that the history is a fabrication, or that some special way of dealing with time was being used. O último argumento contra é que a cronologia de algum modo a epigraphers não entendem o que os maias destina-se a dizer - que, por exemplo, duas pessoas estão a ser nomeada como uma pessoa, que a história é uma invenção, ou que de alguma forma especial de lidar com o tempo estava sendo utilizado. Concerning these possibilities, I can only say that each of these propositions requires that all of the inscriptional data that use the same calendrics or historical glyphs must be thrown out with the Palenque data, including all knowledge about the Maya and the Mesoamerican calendar in precolumbian, colonial, and modern contexts. Relativamente a estas possibilidades, só posso dizer que cada uma dessas proposições requer que todos os dados de inscrições que usam o mesmo ou glifos calendários históricos devem ser jogados fora com os dados de Palenque, incluindo todos os conhecimentos sobre o Maya eo calendário na Mesoamérica pré-colombianas, colonial, e os contextos modernos. This includes the entirety of Tatiana Proskouriakoff's 'historical hypothesis' and all of the histories that have been published for all Maya sites. Isso inclui a totalidade da hipótese histórica Tatiana Proskouriakoff's 'e todas as histórias que foram publicadas para todos os sites Maya.
Schele and Mathews point to a 1996 personal communication from Allen Christenson , a dentist who has worked extensively with the Smithsonian in forensic analysis, that "wear is not a factor in elite dentition as they likely had a diet with more boiled atole which caused little wear." Schele e ponto Mathews para 1996 uma comunicação pessoal de Allen Christenson, um dentista que tem trabalhado extensivamente com o Smithsonian em análise forense, que "o desgaste não é um fator na dentição elite como eles provavelmente tinham uma dieta com mais fervida atole que causou pouco desgaste ".

And Norman Hammond and T. Molleson (1994, Mexicon 16 E Norman T. Hammond e Molleson (1994, Mexicon 16 ) are cited to the effect that "people who survive to advanced age in any population naturally have 'young bones' compared to their contemporaries. These survivors do not age as rapidly as other members of the same population , so they might look younger to physical anthropologists assessing their age from skeletal remains." ) São citados no sentido de que "as pessoas que sobrevivem até a idade avançada em qualquer população, naturalmente, ter" os ossos dos jovens em relação aos seus contemporâneos. Esses sobreviventes não era tão rápido quanto os outros membros da população mesmo, para que eles possam parecer mais jovem para a saúde física antropólogos avaliar a idade de restos de esqueletos ".



The inescapable conclusion is the fitting one: Pakal the Great is buried in Pakal's tomb. A conclusão inevitável é uma montagem: Pakal o Grande é enterrado no túmulo Pakal's.

livro dos códices 3

História do livro
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A história do livro é uma história de inovações técnicas que permitiram a melhora da conservação dos livros e do acesso à informação, da facilidade em manuseá-lo e produzi-lo. Esta história é intimamente ligada às contingências políticas e econômicas e à história de idéias e religiões.

rfaweraw2rwarwafwatrwatwatre4at3waztfew== Antiguidade ==


Papiro egípcioNa Antiguidade surge a escrita, posteriomente ao texto e ao livro. A escrita consiste de código capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos, em resumo: palavras. É importante destacar aqui que o meio condiciona o signo, ou seja, a escrita foi em certo sentido orientada por esse tipo de suporte; não se esculpe em papel ou se escreve no mármore.

Os primeiros suportes utilizados para a escrita foram tabuletas de argila ou de pedra. A seguir veio o khartés (volumen para os romanos, forma pela qual ficou mais conhecido), que consistia em um cilindro de papiro, facilmente transportado. O "volumen" era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um "volumen" era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros.


Pergaminho do Códice de LeningradoO papiro consiste em uma parte da planta, que era liberada, livrada (latim libere, livre) do restante da planta - daí surge a palavra liber libri, em latim, e posteriormente livro em português. Os fragmentos de papiros mais "recentes" são datados do século II a.C..

Aos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado. O "volumen" também foi substituído pelo códex, que era uma compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã. O uso do formato códex (ou códice) e do pergaminho era complementar, pois era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro.

Uma conseqüência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro.

A consolidação do códex acontece em Roma, como já citado. Em Roma a leitura se dava tanto em público (para a plebe), evento chamado recitatio, como em particular, para os ricos. Além disso, é muito provável que em Roma tenha surgido pela primeira vez a leitura por lazer (voluptas), desvinculada do senso prático que a caracterizara até então. Os livros eram adquiridos em livrarias. Assim aparece também a figura do editor, com Atticus, homem de grande senso mercantil. Algumas obras eram encomendadas pelos governantes, como a Eneida, encomendada a Virgílio por Augusto.

Acredita-se que o sucesso da religião cristã se deve em grande parte ao surgimento do códice, pois a partir de então tornou-se mais fácil distribuir informações em forma escrita.

Os Livros Apócrifos

A palavra Apócrifo vem do grego Apokryphos e significa oculto ou não autêntico. Mas este termo é usado, principalmente para designar os documentos do início da era Cristã, que abordam também a vida e os ensinamentos de Jesus, mas não foram inclusos na Bíblia Sagrada por serem considerados ilegítimos.

A origem dos Livros Apócrifos (também chamados de Livros Gnósticos; do grego Gnosis, que significa Conhecimento) nos remete ao ano 367 d.C. Por ordem do Bispo Atanásio de Alexandria, que seguia a resolução do Concílio de Nicéia ocorrido em 325 d.C, foram destruídos inúmeros manuscritos dos primórdios do Cristianismo. Esses documentos eram supostamente fantasiosos e deturpavam as bases da doutrina Católica que se estabelecia naquele momento. Porém, cientes da importância histórica destes papiros originais, os Monges estabelecidos à margem do rio Nilo, optaram por não destruí-los. Ao contrário, guardaram os códices de papiros dentro de urnas de argila e as enterraram na base de um penhasco chamado Djebel El-Tarif. Ali ficaram esquecidos e protegidos por mais de 1500 anos.

Em 1945, Mohammed Ali Es-Samman e seus irmãos, residentes na aldeia de El-Kasr, estavam brincando próximos ao penhasco, quando encontraram as urnas escondidas durante séculos. Pensando que se tratava de ouro, acabaram quebrando uma das urnas, mas só encontraram 13 códices com mais de 1000 páginas de papiro. Decepcionados, levaram para casa, e sua mãe chegou a usar alguns papiros para acender o fogo.

Em 1952, o museu Copta do Cairo recebeu os manuscritos para sua guarda. Faltavam algumas páginas e um códice fora vendido pela família de Mohammed para o Instituto Jung, de Zurique. Esses códices passaram a ser chamados Bíblia de Nag Hammadi, localidade onde fora encontrado os manuscritos. Antes desta descoberta, só se conheciam os textos Gnósticos pelas citações de outros autores. Dos 53 textos encontrados, 40 eram totalmente desconhecidos da comunidade científica. Estes Manuscritos foram redigidos em Copta, antiga língua egípcia, que utilizava caracteres gregos.

Em 1947, dois pastores descobriram em uma gruta próxima ao Mar Morto, fragmentos e rolos escritos em hebraico. Logo se percebeu a grandiosidade desta descoberta. Havia textos condizentes com a Bíblia e outros textos apócrifos. A partir de então, outras grutas foram sendo encontradas, contendo muito material em grande parte identificado como sendo do Antigo Testamento. Até este momento, todas as grutas encontradas continham material escrito em hebraico e aramaico. Porém, em 1955 foi descoberta uma gruta que continha papiros e jarros com escrita em grego. Comprovou-se que se tratavam dos mais antigos manuscritos já descobertos pelo homem, datados de tempos anteriores aos dias de Cristo.

Um dos rolos, o mais conservado, apresenta uma cópia do Livro de Isaías que, ao ser comparado com as cópias modernas, trouxe a certeza de que não houve nesses dois milênios, nenhuma alteração de sua mensagem profética. Encontra-se também O Manuscrito de Lameque, conhecido como O Apócrifo de Gênesis, que apresenta um relato ampliado do Gênesis. Há ainda A Regra da Guerra, que narra a grande batalha final entre os filhos da luz e os filhos das trevas; sendo os descendentes das tribos de Levi, Judá e Benjamim, retratados como os filhos da luz, e os Edomitas, Moabitas, Amonitas, Filisteus e Gregos, representados como os filhos das trevas.

Dois anos após a primeira descoberta, foram encontradas as ruínas do Mosteiro de Khirbet Qumran, uma propriedade dos Essênios. Onde provavelmente teriam sido confeccionadas as cópias das Sagradas Escrituras. Com certeza, pelo mesmo motivo que os monges de Nag Hammadi enterraram os códices dos Evangelhos Apócrifos, os essênios esconderam nas grutas de Qumran, no Mar Morto.

Como vimos, foi através dessas descobertas que atualmente temos acesso a esses livros Apócrifos que deveriam, de acordo com a Igreja Católica, ter sido destruídos há muitos séculos.

Não sabemos exatamente qual o critério usado pela Igreja para designar os livros que eram apócrifos ou canônicos (do grego Kanón - catálogo de Livros Sagrados admitidos pela Igreja Católica). Mas provavelmente, era apenas uma conveniência daquela época. O mais interessante, é que a própria Igreja Católica reconhece que muitos desses textos foram escritos por autores sagrados. E por que então não reconhecê-los como canônicos? E por que tais textos foram perseguidos e condenados durante séculos?

Atualmente, a Igreja Católica reconhece como parte da tradição os Evangelhos Apócrifos de Tiago, Matheus, O Livro sobre a Natividade de Maria, o Evangelho de Pedro e o Armênio e Árabe da Infância de Jesus. Mas a maioria dos livros não é reconhecida. Ao todo são 112 livros, 52 referentes ao Antigo Testamento e 60 em relação ao Novo Testamento. Dentre eles estão Evangelhos (como o de Maria Madalena, Tomé e Filipe), Atos (como o de Pedro e Pilatos), Epístolas (como a de Pedro à Filipe e a Terceira Epístola aos Coríntios) e Apocalipses (como de Tiago, João e Pedro) Testamentos (como de Abraão, Isaac e Jacó). Além de A Filha de Pedro, Descida de Cristo aos Infernos, etc.

Diante de tudo isso, é difícil compreender como é possível um livro considerado sagrado, ser além de escrito, formulado pelos homens conforme suas idéias retrógradas e conveniências políticas e sociais. É apenas mais um motivo para se contestar a Antiga Igreja Católica, já tão bem conhecida pela sua "Autoridade Divina".

livrodos codices 2

No final do Império Romano e durante toda a Idade Média, a transmissão do saber humano se fez por meio de códices, livros manuscritos, geralmente em pergaminho, que constituem autênticas obras de arte.
Os códices vieram substituir os rolos (papiros enrolados em um cilindro de madeira) comumente utilizados na antiguidade. Tábulas retangulares de madeira, revestidas de cera e unidas por cordões ou anéis, foram utilizadas pelos gregos e romanos para receberem registros contábeis ou textos didáticos; são os antepassados imediatos dos códices. A substituição do papiro pelo pergaminho, a partir do século IV, difundiu o códice como suporte para a escrita.

O codex ou liber quadratus apresentava diversas vantagens sobre o rolo. Este era muito incômodo, pois para encontrar uma determinada passagem no meio de uma obra, era preciso desenrolá-lo até achar o trecho e depois enrolá-lo de novo. Já o livro pode ser facilmente aberto em qualquer página e, como se escreve dos dois lados de cada folha, permite economizar material e incluir mais informação. Num rolo de tamanho normal pode haver espaço apenas para o evangelho de São Mateus, ao passo que a Bíblia inteira cabe num livro. Além disso, os códices mostravam-se mais fáceis de armazenar e proteger.

O códice surgiu no século I da era cristã, contendo textos escolares, relatos de viagens ou registros contábeis. Seu uso se multiplicou nos séculos II e III em conseqüência do incremento da demanda de livros e da adoção do pergaminho, que no século IV substituiu o papiro. Nessa época, o códice substituiu definitivamente o rolo e adquiriu a forma característica de livro. Formados por vários cadernos, ou quaderni, os códices constavam de uma quantidade variável de fólios (folhas escritas dos dois lados). A numeração das páginas se fazia por fólios; o anverso era denominado fólio reto; o reverso, fólio verso ou simplesmente reverso.

No Império Romano desenvolveu-se uma incipiente indústria livreira. Os editores repartiam o papiro entre os librarii e copistas, aos quais o texto era ditado. Depois de corrigidos por revisores, os textos eram encadernados. Tornou-se intenso o comércio de rolos e códices, nas chamadas tabernae librariae.

Cedo os primeiros mosteiros cristãos acolheram em sua estrutura frades encarregados de preparar as tintas e os pergaminhos, enquanto outros, chamados scriptores, copiavam os textos na sala conhecida com scriptorium.

Idade Média - A partir do século VII, passou-se a assinalar o fim do caderno por meio de sinais convencionais, inscritos na parte inferior da última página e repetidos na página seguinte. O termo codex aureus designa um volume com letras douradas gravadas em folhas pigmentadas com um corante púrpura, o murex. Os espécimes existentes datam dos séculos VIII e IX. No século XI, passou-se a marcar a continuidade dos cadernos escrevendo, no fim da última página, a primeira palavra do caderno seguinte. No século XIII, quase todos os códices eram assinalados dessa forma, e no século XVI a prática se generalizou.

A partir do século XII, quando surgiram as universidades e o pensamento ocidental experimentou uma completa renovação, a demanda de códices se multiplicou extraordinariamente e desenvolveu-se uma nova indústria, que pouco devia à da época romana. As cidades universitárias acolhiam todos os que participavam da fabricação dos livros, desde copistas e encadernadores até comerciantes. Embora as técnicas empregadas no século XII não diferissem das antigas, os novos artesãos do livro, agora reunidos em grêmios, rivalizavam entre si na excelência de seus trabalhos e formavam escolas ligadas a alguma universidade ou país. As universidades, por sua vez, não permitiam a circulação de cópias de má qualidade e, em seus esforços para proteger a pureza e a exatidão dos textos, obrigavam os stationarii, ou comerciantes de livros, a terem exemplaria ou cópias mestras autorizadas, das quais não podiam se desfazer.

Nessa época, e antes da invenção da imprensa, os leitores podiam prover-se de livros comprando-os diretamente nos stationarii ou encomendando-os a um scriptor ou copista. Estes costumavam alugar os cadernos aos livreiros, com preços determinados pela universidade. O sistema de cadernos permitia que vários copistas trabalhassem na mesma obra simultaneamente. As universidades também se reservavam o direito de inspecionar as exemplaria em poder dos livreiros.

Além desses livros de texto, que tinham certa difusão, no fim da Idade Média as igrejas e os grandes magnatas costumavam encomendar a confecção de luxuosos códices de grande valor artístico. Esses livros já não eram realizados por copistas, mas sim por calígrafos e ilustradores muito especializados.

Foi também freqüente a redação de códices sobre pergaminhos anteriormente escritos e depois raspados e apagados, os palimpsestos, que proliferaram sobretudo nos séculos VII e VIII, devido à falta de pergaminhos virgens. Entre os palimpsestos mais famosos destaca-se o da Biblioteca Vaticana que contém o De re publica, de Cícero.

A invenção da imprensa e o desenvolvimento do papel como suporte para a escrita multiplicaram as possibilidades da edição de livros e acarretaram a decadência dos códices. Durante o Renascimento, os estudiosos do classicismo puseram em moda os códices escritos com a chamada littera antiqua, muito apreciados pelos colecionadores.

O mais antigo códice grego existente, que se crê datar do século IV, é o Codex sinaiticus, um manuscrito bíblico escrito em grego. É também importante o Codex alexandrinus, texto grego da Bíblia, produzido provavelmente no século V e hoje preservado na Biblioteca Britânica. Existem códices espanhóis de estilo moçárabe, como os Beatos, do século X.

Códices pré-colombianos - Também se denominam códices os textos criados pelas civilizações pré-colombianas da área meso-americana. Esses textos constituem valiosa fonte para o estudo da história, da religião, do pensamento e do conhecimento científico de astecas e maias. Muitos foram destruídos pelos conquistadores espanhóis. Os códices astecas, produzidos depois do ano 1000 da era cristã, são pintados sobre pele de cervo ou papel de fibra de agave, com sinais pictográficos, ideográficos e fonéticos de difícil decifração. Anteriores à conquista espanhola são o Códice bourbônico, o Códice Borgia, o Códice Fejérváry-Mayer e o Códice cospiano. Da época da conquista são o Códice telleriano-remense, o Azcatitlán e o Códice Mendoza. Também se conservam códices escritos em caracteres latinos, em náuatle ou em espanhol, baseados em antigos manuscritos pictográficos, como o Códice Chimalpopoca ou Anais de Cuauhtitlán e o Códice Ramírez ou História dos mexicanos por suas pinturas.

Dos maias, conservam-se três códices escritos antes de 1100, em caracteres hieroglíficos: o Códice de Dresden, o Códice tro-cortesiano ou de Madri e o Códice de Paris. Os três textos reúnem os saberes astronômicos e divinatórios da cultura maia. Depois da conquista, índios instruídos transcreveram para caracteres latinos textos que não se conservaram na forma original, como o Chilam Balam e o Popol Vuh.

livro de codices

Códice
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Folio 292r do Book of Kells, que contém o texto que abre o Evangelho segundo João.Os códices (ou codex, da palavra em latim que significa "livro", "bloco de madeira") eram os manuscritos gravados em madeira, em geral do período da era antiga tardia até a Idade Média. Manuscritos do Novo Mundo foram escritos por volta do século XVI.

O códice é um avanço do rolo de pergaminho, e gradativamente substituiu este último como suporte da escrita. O códice, por sua vez, foi substituído pelo livro impresso.

[editar] Alguns Códices
Codex Alexandrinus
Codex Bezae
Burana Codex
Códice Calixtino
Códice Claromontano
Codex Gigas
Códice de Las Huelgas
Códice de Leningrado
Codex Regius
Codex Sinaiticus
Codex Vaticanus
Biblioteca de Nag Hammadi, uma coleção de textos gnósticos do cristianismo primitivo em forma de códice encontrados na cidade de Nag Hammadi.
Book of Kells, uma coleção de evangelhos cristãos dos séculos VIII ou IX.
Códices maias

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Livro dos códices

Livro
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Nota: Se procura por O Livro (no sentido de Paul Erdös), consulte O Livro.


Um livroLivro é um volume transportável, composto por páginas encadernadas, contendo texto manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma publicação unitária (ou foi concebido como tal) ou a parte principal de um trabalho literário, científico ou outro.

Em ciência da informação o livro é chamado monografia, para distingui-lo de outros tipos de publicação como revistas, periódicos, teses, tesauros, etc.

O livro é um produto intelectual e, como tal, encerra conhecimento e expressões individuais ou colectivas. Mas também é nos dias de hoje um produto de consumo, um bem e sendo assim a parte final de sua produção é realizada por meios industriais (impressão e distribuição). A tarefa de criar um conteúdo passível de ser transformado em livro é tarefa do autor. Já a produção dos livros, no que concerne a transformar os originais em um produto comercializável, é tarefa do editor, em geral contratado por uma editora. Outra função associada ao livro é a coleta e organização e indexação de coleções de livros, típica do bibliotecário. Finalmente, destaca-se também o livreiro cuja função principal é de disponibilizar os livros editados ao público em geral, vendendo-os nas livrarias generalistas ou de especialidade. Compete também ao livreiro todo o trabalho de pesquisa que vá de encontro à vontade dos leitores.

Índice [esconder]
1 História
1.1 Antiguidade
1.2 Idade Média
1.3 Idade Moderna
2 Portugal
2.1 Idade Contemporânea
3 Livro eletrônico
4 A produção do livro
5 Classificação dos livros
6 Obras de referência
7 Cânones da literatura ocidental
8 Curiosidades
9 Referências
10 Bibliografia
11 Ver também
12 Ligações externas

Estudos Medievais

Grupos de Pesquisas Medievais da Ufes (2000-2009)
Coord: Prof. Dr. Ricardo da Costa (Ufes)
Desde meu ingresso na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em janeiro de 2000, organizo e coordeno anualmente Grupos de Pesquisa para traduzir e analisar textos do filósofo catalão Ramon Llull (1232-1316), além de outros documentos (e temas) do período medieval, conforme o interesse dos graduandos.

Abaixo estão listados esses grupos - seus integrantes e os respectivos documentos que estão sendo (ou já foram) traduzidos e que serviram de base documental para a produção de seus respectivos trabalhos monográficos e subprojetos de pesquisa. Todos os projetos foram registrados no Cnpq, e seus participantes foram ou bolsistas (PIBIC) ou voluntários (PIVIC).

Grupo I

Ricardo da Costa e GPM I (2000)
1. Eliane Ventorim (ao centro)
2. Priscilla Lauret Coutinho
3. Bruno Costa Oliveira
Documento traduzido e analisado: Félix ou O Livro das Maravilhas (1288-1289), de Ramon Llull.
Publicado pela Editora Escala.



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Grupo II

GPM II (2001)
1. Ailton Marcos dos Reis
2. Ana Paula de Souza Libardi
3. Andréia Rezende Peres
4. Aparecida Alves de Barros
5. Izabel Costa Aleixo
6. Rodrigo Leite Caldeira
7. Rosana Pimenta Leonel
8. Simone Rezende da Penha
9. Sunamita Astir Daúde de Souza
Documento traduzido e analisado: O Livro dos Mil Provérbios (1302), de Ramon Llull
Projeto (interdisciplinar e interinstitucional) CNPq: A tradição sapiencial medieval: O Livro dos Mil Provérbios de Ramon Llull
Projeto registrado na UFRJ sob a direção do Prof. Dr. Álvaro Alfredo Bragança Júnior e com a participação do Prof. Jordi Pardo Pastor, do Archivivm Lvllianvm da Universitat Autònoma de Barcelona. Este trabalho foi publicado pela Editora Escala.



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Grupo III

Ricardo da Costa e GPM III (2002)
1. Angélica Almeida Virgílio de Souza
2. Cintia Morello
3. Elgiane Scheila Souza
4. Felipe Dias de Souza
5. Ivana Rita de Moraes Argolo
6. Jéssica Fortunata do Amaral
7. Leonardo Gonçalves Prates
8. Michele Cordeiro (Bolsista do CNPq)
9. Paulo César da Silva Passamai
10. Revson Ost
11. Tatyana Nunes Lemos
Documentos de Ramon Llull traduzidos e analisados:
1) O Livro da Intenção (c. 1283). Rev. final: Prof. Dr. Alexander Fidora (Goethe-Universität Frankfurt)
2) Doutrina para crianças (1274-1276). Trad.: Ricardo da Costa (Ufes) e parte do GPM III (Felipe Dias de Souza, Revson Ost e Tatyana Nunes Lemos). Revisão: Tatyana Nunes Lemos. Revisão final: Ricardo da Costa (Ufes)

Projeto interinstitucional (Ufes - Goethe-Universität Frankfurt) CNPq:
A Educação na Idade Média: a Doutrina para Crianças e o Livro da Intenção de Ramon Llull
Supervisão: Prof. Dr. Alexander Fidora (Goethe-Universität Frankfurt)




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Grupo IV

Ricardo da Costa e GPM IV (2003-2004)
1. Danielle Werneck Nunes (Bolsista do CNPq)
2. Kassandra Duarte Alvarenga
Documento traduzido: O Livro da Alma Racional (1296)
Tradução: Adriana Zierer e Ricardo da Costa (Ufes). Revisão final: Esteve Jaulent (IBFCRL)
Projeto CNPq: Entre Corpo e Alma. Definições medievais da pessoa humana: O Livro da Alma Racional (1296) de Ramon Llull (1232-1316)



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Grupo V

Ricardo da Costa e GPM V (2004-2005)
1. Luciano Vianna (Bolsista do CNPq)
2. Carolina Bianchi
Projeto CNPq:Para uma história do imaginário: a morte e as representações diabólicas e femininas no Ocidente Medieval – séculos X-XIII

Subprojetos:
1) As manifestações demoníacas femininas na Legenda Áurea (c. 1253-1270) de Jacobo de Varazze (Luciano Vianna)
2) O Diabo e a Pesagem das Almas: as representações diabólicas na arte do ocidente medieval nas obras Frontal dos Arcanjos e Taula de San Miguel (séc. XIII) (Carolina Bianchi).





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Grupo VI

Ricardo da Costa e GPM VI (2006-2007)
1. Luciano Vianna
2. Fabricia dos Santos Giuberti
3. Nayhara Sepulcri (Bolsista do CNPq)
4. Ludmila Portela (Bolsista do CNPq)
5. Vinicius Saebel Lemos (Bolsista da Petrobrás)
Projeto CNPq: Manifestações da cultura laica no mundo antigo e medieval

Subprojetos:
1. “Entre druidas e guerreiros: a cultura pagã expressa na obra De Bello Gallico (51 a. C.), de Júlio César” - Ludmila Portela
2. “Aspectos do paganismo presentes nos discursos evangelizadores dos missionários da Alta Idade Média: São Cesário de Arles (470-543) e São Martinho de Braga (520-580)” - Fabricia dos Santos Giuberti
3. “Entre Fins Amors e Ágape: o amor nas Correspondências de Abelardo e Heloísa (séc. XII)” - Nayhara Sepulcri
4. “A conquista de Maiorca (1229-1235) no Livro dos Feitos (1252-1270) de Jaime I” - Luciano Vianna
5. “A Batalha de Crécy: o triunfo inglês sobre a cavalaria francesa na Crônica de Jean Froissart (1346)” - Vinícius Saebel