05/05/2013 - 09h07
Israel bombardeia instalação militar que abrigava mísseis do Irã na Síria
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Funcionários
dos Estados Unidos e de Israel confirmaram neste domingo que o Estado
judaico bombardeou o centro de pesquisa militar de Jamraya, na Síria. Na
noite de sábado (4), o regime sírio havia acusado o Estado judaico pelo
ataque.
Segundo
as autoridades americanas e israelenses, o alvo era um carregamento de
mísseis iranianos de longo alcance, os quais, dizem as fontes, seriam
enviados ao grupo radical libanês Hizbollah. Israel não comentou
oficialmente sobre a ação.
Dan Balilty - 21.ago.11/Associated Press | ||
Israel faz teste com sistema Iron Dome em agosto de 2011; bateria de mísseis será enviada à região de fronteira com a Síria |
Caso
confirmado, o bombardeio será a segunda ação de Israel na Síria em
menos de três dias, um sinal da entrada do Estado judaico nos confrontos
entre o regime de Bashar Assad e grupos rebeldes. Embora não veja
vantagem no conflito sírio, a ação militar pode minar o poder do
Hizbollah e de Teerã, aliados de Assad.
Funcionários
do governo israelense afirmam que o ataque em Jamraya foi para destruir
um carregamento de mísseis iranianos Fateh-110, que, em sua versão mais
avançada, têm alcance de 300 km. Eles suspeitam que o regime sírio
fosse entregar os mísseis ao Hizbollah.
Caso
o grupo radical libanês conseguisse a arma, eles seriam capazes de
atingir alvos em praticamente todo o território israelense, incluindo
Tel Aviv. O suposto ataque confirmaria a política do primeiro-ministro
de Israel, Binyamin Netanyahu, de impedir que armas cheguem às mãos de
grupos armados palestinos e libaneses.
Neste
domingo, Israel também informou que enviará o sistema Iron Dome, o mais
avançado em baterias de mísseis, para o norte do país, a fim de
reforçar a segurança na região das Colinas de Golã, que foi
intensificada nos últimos anos por causa do conflito na Síria.
GUERRA
Na
noite de sábado, a agência de notícias Sana informou que o regime sírio
encarou o bombardeio como uma declaração de guerra de Israel contra a
Síria, embora não tenha dado mais detalhes sobre ações futuras das
tropas de Assad. A agência informou que há mortos após o ataque, embora
não tenha dado números.
O
centro de pesquisa militar de Jamraya também foi apontado inicialmente
como alvo de outro bombardeio israelense à Síria, em janeiro. No
entanto, fontes militares disseram depois que um comboio de armamentos
em direção ao Líbano é o que havia sido atingido.
Moradores
da região do incidente e da capital Damasco, que fica a 60 km de
Jamraya, ouviram explosões na última noite. Segundo algumas testemunhas,
o impacto do ataque foi tão forte que fez com que tremesse a terra na
região e que os mísseis usados eram melhores que os Scud, os mais
potentes do regime sírio.
Durante
a madrugada, ativistas da oposição divulgaram vídeos que mostram
clarões durante à noite após um ataque aéreo. Os insurgentes afirmam que
as imagens são do ataque israelense a Jamraya. A autenticidade da
gravação não pode ser confirmada por grupos independentes devido às
restrições impostas pelo regime.
Neste
domingo, o porta-voz da Chancelaria do Irã, Ramin Mehmanparast,
condenou o bombardeio e disse que "é um esforço de Israel para criar
instabilidade e insegurança na região", mas não comentou sobre o dado a
respeito da origem dos mísseis. O Hizbollah também não fez comentários
sobre o bombardeio
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