http:// ajaspacoti.blogspot.com.br/ 2008/01/o-bomio.html
O BOÊMIO
Quando eu era menino
Só amava a vida
E esta me sósia
Hoje sofro no esquecer duma guria
Quiz esquecê-la
Mas meu coração, maldito
Fez um trato com o Satã
Atirou-me num conflito
Não morri nem sei por quê
Contudo, inda tenho a fantasia
Pois não tê-la é um tormento
Moro nesta primazia
Caí na rasteira do descontentamento
Meu âmago atingira a mim mesmo
Quando detectou tão perfeita obra
O que sobra é a dobra de um sonho a esmo
Minha musa inspiradora
Bela enfermeira Isadora
Anjo lindo, me despreza
Sou eu quem mais a adora
Isadora lê o escrito por sobre o ombro de Amadeu que, ao vê-la, estremeceu.
_Não o desprezo, boêmio, todavia, sou casada. Minha casa está adornada para o aconchego de meu bem, você sabe tão bem que não quero vê-lo falecer. Ponha-se em seu lugar de homem casado. Sou amiga de Clarice, não desejo vê-la de coração arrasado.
_Realmente, eu sou um louco por estimar o impossível, nem a cachaça me consola, nem o violão mais me implora notas de composição. Só a poesia me compreende, vou mudar de profissão. Sou um poeta bêbado sobre a emoção,embriagado de um bem querer. Se você não me quiser outra meu coração não terá, pois em nada mais sinto prazer.
_Se você me cortejar outra vez sequer levará uma surra. Luto capoeira melhor que você. Apanhar de uma mulher ninguém quer.
_Mesmo da amada. Não sou irredutível, por isso vou me retirar, mas queria antes um beijo para consolar minh'alma, único, e deixo de lhe importunar.
_Moço, eu avisei._Isadora quebra a mesa do bar com um chute.
_Nunca vi mulher calcâneo de tamanha densidade. Esse golpe não me ensinaram._Também luto outras artes...
_Olha, moça, aquele não é Heitor sendo arrastado pela força policial?A mulher olha, mas era mentira, quando vira o rosto de volta o boêmio sumira.
_Maldito!
_Jogar melhor que eu não lhe tira a beleza, do contrário, dá-lhe maior vigor de ternura e fortaleza. Adoro-a cada vez mais, esta é minha natureza, amar quem não me quer; viver é uma dureza.
Ela se vira de costas recebendo um beijo de supetão de Amadeu que é seguro por Heitor que surge o levantando pela gola da camisa e o arremessando contra as mesas do bar.
_Mesmo depois daquela briga inútil que nos pôs em coma você perturba minha mulher? Tão valente é o senhor violeiro que ninguém domou, se lhe falta amor à vida morrer é o castigo que lhe dou. Ficou acanhado? Venha cá, prove que sua capoeira é boa.
_Boa é sua mulher, e a arte não nos pertence. Minha capoeira tem o valor de quem te vence._O violeiro desferiu uma bênção e uma tesoura mal sucedidas sendo imobilizado judoca mas consegue se livrar e arremessá-lo.
Depois de levantar no suicídio o derruba com uma banda.Isadora, irada, acerta uma chapa nos peitos do poeta que cai atordoado.
_Esteja preso.
_Mas, policial...
_Sem desculpas, Amadeu, ao menor gesto seu descarrego essa metralha._Isadora e Heitor não se encontravam mais no local.
_Policiais... Sempre armados de cajados e outras tralhas.
_Cale-se!_Diz o delegado Aureliano que mantém as algemas nos pulsos prisioneiro já encarcerado.
Amadeu tira uma caixa de fósforos esquisita do bolso e se liberta. Os seus colegas planejavam um assalto a banco e lhe mostravam uma planta do local a ser roubado.
_Realizaremos isso com o arsenal dos tiras._Diz Müller, conhecido como Caipora, um sujeito alto, magro e de cabelos caídos na face.
Duas horas mais tarde, Pedro, conhecido como Flash, um ladrão muito veloz que se permitira prender para executar o plano de fuga de seu amigo Caipora, era levado coincidentemente para o local almejado.
Nessa hora, Amadeu já destrancara as grades. Caipora agarra a dupla condutora de Flash, este roubara as armas bem antes. Os policiais pensam em reagir mas era tarde.
_Caipora, libere todos os prisioneiros vamos fazer uma rebelião._Ordena o boêmio que despe um policial trocando de roupas com ele e sugerindo a Flash que fizesse o mesmo. Mais tarde, a delegacia é tomada e os soldados algemados nus numa extensa corrente humana.
O boêmio nomeou a si mesmo, Flash e Caipora como o triunvirato do crime, todos os prisioneiros fariam parte do grupo mafioso CBF, o Comando da Branca Filiação. Suas fardas seriam ternos brancos, lembrando os antigos boêmios, guando não a de polícia para distrair à lei na tomada de delegacias em rebeliões infindas pelo mundo.
O CBF cavava túneis para que os assaltos fossem detectados tardiamente. O grupo mandava o dinheiro adquirido para contas na Suíça, nas Ilhas Caimã , em Las Vegas e Paris.
Deputados boêmios foram eleitos, o Papa deposto e em seu lugar, Pedro era coroado como a nova santidade.
Heitor fora sequestrado juntamente com sua mulher. Ela fora levada a um navio do CBF e ele algemado nu a uma corrente homana de soldados.Isadora encontrava-se num iate com aulas de nado, capoeira, ginástica, montaria, esgrima, culinária, dança, literatura, artesanato,corte e costura, alquimia, moda, futsal, tênis, basquete, vôlei, patinação em gelo, golfe, tiro, defesa pessoal, etc.
Ela tinha uma espécie de liberdade supervisionada, pois os seguranças eram incontáveis e unipresentes.
Batem à porta da suíte da moça.
_Pode entrar._Fala a bela de cima da cama, que de tão grande parecia uma quadra de futsal.
_Olá, minha linda, como está?
_Amadeu, você foi longe demais dessa vez.
_É, e como recompensa pela minha persistência, dominarei o mundo com você a meu lado.Alguns segundos depois, um tiroteio tem início.
_Chefe, Os Justiceiros chegaram, devemos fugir.Justiceiros era o grupo da lei chefiado pelo judoca, vestia smoking e usava luvas, chapéus e sapatos pretos para se opor ao inimigo, CBF, que usa tudo igual de cor branca branca.
A primeira coligação traz à tiracolo uma bengala-espada verde e a segunda uma dourada.O iate dos Justiceiros dispara mísseis incontinentemente e ataca pelo ar com guerreiros vestidos de negro que voam com combustível de foguete. Em contra partida o adversário se fecha numa blindagem especial e contra-ataca com exércitos voadores brancos que voam com gás Hélio.
O poeta aciona um mecanismo na enorme cama que a transforma em submarino, parte nele para a Antártida, onde havia uma mansão inda maior que o iate.
Lá chegando, aperta um botão de auto-destruição de seu iate.Caipora afunda os navios inimigos com explosivos. Flash, o Papa, cria uma mega tsunami que abocanha Ásia, Europa e Oceania.
Na Antártida, houve uma tempestade que ,juntamente com explosivos deixados lá pelas tropas de Aureliano, causou o desmoronamento do castelo.
O boêmio fora congelado.Cem anos se passam, as calotas polares derretem, um corpo boia sendo socorrido por belas mulheres num navio de cruzeiro feminino. As lindas fazem-lhe respiração de salvamento.
_Isadora, você me salvou de um afogamento, meu amor?_ O boêmio, confuso, beijou a garota como se fosse morrer naquele instante.
A morena tinha os mesmos traços faciais da avó e também se chamava Isadora, uma guria de treze anos. Amadeu, de corpo e mente tinha dezoito, na realidade era cento e dezoito, mas isso não importava; e eles tinham consciência desse fato.A menina pensou em interrogar o sujeito, todavia não o fez por gostar do beijo inacabável. Era o seu primeiro beijo.
Ateu Poeta
Pacoti-CE, 19/01/2007
O BOÊMIO
Quando eu era menino
Só amava a vida
E esta me sósia
Hoje sofro no esquecer duma guria
Quiz esquecê-la
Mas meu coração, maldito
Fez um trato com o Satã
Atirou-me num conflito
Não morri nem sei por quê
Contudo, inda tenho a fantasia
Pois não tê-la é um tormento
Moro nesta primazia
Caí na rasteira do descontentamento
Meu âmago atingira a mim mesmo
Quando detectou tão perfeita obra
O que sobra é a dobra de um sonho a esmo
Minha musa inspiradora
Bela enfermeira Isadora
Anjo lindo, me despreza
Sou eu quem mais a adora
Isadora lê o escrito por sobre o ombro de Amadeu que, ao vê-la, estremeceu.
_Não o desprezo, boêmio, todavia, sou casada. Minha casa está adornada para o aconchego de meu bem, você sabe tão bem que não quero vê-lo falecer. Ponha-se em seu lugar de homem casado. Sou amiga de Clarice, não desejo vê-la de coração arrasado.
_Realmente, eu sou um louco por estimar o impossível, nem a cachaça me consola, nem o violão mais me implora notas de composição. Só a poesia me compreende, vou mudar de profissão. Sou um poeta bêbado sobre a emoção,embriagado de um bem querer. Se você não me quiser outra meu coração não terá, pois em nada mais sinto prazer.
_Se você me cortejar outra vez sequer levará uma surra. Luto capoeira melhor que você. Apanhar de uma mulher ninguém quer.
_Mesmo da amada. Não sou irredutível, por isso vou me retirar, mas queria antes um beijo para consolar minh'alma, único, e deixo de lhe importunar.
_Moço, eu avisei._Isadora quebra a mesa do bar com um chute.
_Nunca vi mulher calcâneo de tamanha densidade. Esse golpe não me ensinaram._Também luto outras artes...
_Olha, moça, aquele não é Heitor sendo arrastado pela força policial?A mulher olha, mas era mentira, quando vira o rosto de volta o boêmio sumira.
_Maldito!
_Jogar melhor que eu não lhe tira a beleza, do contrário, dá-lhe maior vigor de ternura e fortaleza. Adoro-a cada vez mais, esta é minha natureza, amar quem não me quer; viver é uma dureza.
Ela se vira de costas recebendo um beijo de supetão de Amadeu que é seguro por Heitor que surge o levantando pela gola da camisa e o arremessando contra as mesas do bar.
_Mesmo depois daquela briga inútil que nos pôs em coma você perturba minha mulher? Tão valente é o senhor violeiro que ninguém domou, se lhe falta amor à vida morrer é o castigo que lhe dou. Ficou acanhado? Venha cá, prove que sua capoeira é boa.
_Boa é sua mulher, e a arte não nos pertence. Minha capoeira tem o valor de quem te vence._O violeiro desferiu uma bênção e uma tesoura mal sucedidas sendo imobilizado judoca mas consegue se livrar e arremessá-lo.
Depois de levantar no suicídio o derruba com uma banda.Isadora, irada, acerta uma chapa nos peitos do poeta que cai atordoado.
_Esteja preso.
_Mas, policial...
_Sem desculpas, Amadeu, ao menor gesto seu descarrego essa metralha._Isadora e Heitor não se encontravam mais no local.
_Policiais... Sempre armados de cajados e outras tralhas.
_Cale-se!_Diz o delegado Aureliano que mantém as algemas nos pulsos prisioneiro já encarcerado.
Amadeu tira uma caixa de fósforos esquisita do bolso e se liberta. Os seus colegas planejavam um assalto a banco e lhe mostravam uma planta do local a ser roubado.
_Realizaremos isso com o arsenal dos tiras._Diz Müller, conhecido como Caipora, um sujeito alto, magro e de cabelos caídos na face.
Duas horas mais tarde, Pedro, conhecido como Flash, um ladrão muito veloz que se permitira prender para executar o plano de fuga de seu amigo Caipora, era levado coincidentemente para o local almejado.
Nessa hora, Amadeu já destrancara as grades. Caipora agarra a dupla condutora de Flash, este roubara as armas bem antes. Os policiais pensam em reagir mas era tarde.
_Caipora, libere todos os prisioneiros vamos fazer uma rebelião._Ordena o boêmio que despe um policial trocando de roupas com ele e sugerindo a Flash que fizesse o mesmo. Mais tarde, a delegacia é tomada e os soldados algemados nus numa extensa corrente humana.
O boêmio nomeou a si mesmo, Flash e Caipora como o triunvirato do crime, todos os prisioneiros fariam parte do grupo mafioso CBF, o Comando da Branca Filiação. Suas fardas seriam ternos brancos, lembrando os antigos boêmios, guando não a de polícia para distrair à lei na tomada de delegacias em rebeliões infindas pelo mundo.
O CBF cavava túneis para que os assaltos fossem detectados tardiamente. O grupo mandava o dinheiro adquirido para contas na Suíça, nas Ilhas Caimã , em Las Vegas e Paris.
Deputados boêmios foram eleitos, o Papa deposto e em seu lugar, Pedro era coroado como a nova santidade.
Heitor fora sequestrado juntamente com sua mulher. Ela fora levada a um navio do CBF e ele algemado nu a uma corrente homana de soldados.Isadora encontrava-se num iate com aulas de nado, capoeira, ginástica, montaria, esgrima, culinária, dança, literatura, artesanato,corte e costura, alquimia, moda, futsal, tênis, basquete, vôlei, patinação em gelo, golfe, tiro, defesa pessoal, etc.
Ela tinha uma espécie de liberdade supervisionada, pois os seguranças eram incontáveis e unipresentes.
Batem à porta da suíte da moça.
_Pode entrar._Fala a bela de cima da cama, que de tão grande parecia uma quadra de futsal.
_Olá, minha linda, como está?
_Amadeu, você foi longe demais dessa vez.
_É, e como recompensa pela minha persistência, dominarei o mundo com você a meu lado.Alguns segundos depois, um tiroteio tem início.
_Chefe, Os Justiceiros chegaram, devemos fugir.Justiceiros era o grupo da lei chefiado pelo judoca, vestia smoking e usava luvas, chapéus e sapatos pretos para se opor ao inimigo, CBF, que usa tudo igual de cor branca branca.
A primeira coligação traz à tiracolo uma bengala-espada verde e a segunda uma dourada.O iate dos Justiceiros dispara mísseis incontinentemente e ataca pelo ar com guerreiros vestidos de negro que voam com combustível de foguete. Em contra partida o adversário se fecha numa blindagem especial e contra-ataca com exércitos voadores brancos que voam com gás Hélio.
O poeta aciona um mecanismo na enorme cama que a transforma em submarino, parte nele para a Antártida, onde havia uma mansão inda maior que o iate.
Lá chegando, aperta um botão de auto-destruição de seu iate.Caipora afunda os navios inimigos com explosivos. Flash, o Papa, cria uma mega tsunami que abocanha Ásia, Europa e Oceania.
Na Antártida, houve uma tempestade que ,juntamente com explosivos deixados lá pelas tropas de Aureliano, causou o desmoronamento do castelo.
O boêmio fora congelado.Cem anos se passam, as calotas polares derretem, um corpo boia sendo socorrido por belas mulheres num navio de cruzeiro feminino. As lindas fazem-lhe respiração de salvamento.
_Isadora, você me salvou de um afogamento, meu amor?_ O boêmio, confuso, beijou a garota como se fosse morrer naquele instante.
A morena tinha os mesmos traços faciais da avó e também se chamava Isadora, uma guria de treze anos. Amadeu, de corpo e mente tinha dezoito, na realidade era cento e dezoito, mas isso não importava; e eles tinham consciência desse fato.A menina pensou em interrogar o sujeito, todavia não o fez por gostar do beijo inacabável. Era o seu primeiro beijo.
Ateu Poeta
Pacoti-CE, 19/01/2007
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