Nessa alegoria, nota–se que o amor serve de catalisador entre "seres separados". Desde o momento da divisão do andrógino, todos os seres humanos carregavam a sensação de solidão e incompletude. Por essa razão, pode–se entender como uma das metas da vida é a união com o outro na tentativa de encontrar o sentido de plenitude e unidade.
Para Aristófanes, os humanos apenas se sentirão completos quando encontrarem sua outra metade perdida e tal união só pode ocorrer por intermédio da força do amor. Esse mito pode explicar a origem, em muitas pessoas, da procura insaciável por uma companhia que lhe recomponha a unidade, que lhes ajude a enfrentar os desafios da vida, dando origem ao sentimento de amor que as pessoas têm umas pelas outras. Nesses termos, o amor possibilita o encontro do ser humano com sua natureza e unidade original, levando–o à felicidade, à paz e à alegria interior.
Ao longo dos séculos, acreditou–se que o amor, através da fusão de duas almas e dois corpos, tornaria o homem pleno. Essa maneira de compreender a origem da espécie humana vem exercendo grande influência no pensamento ocidental no que diz respeito à escolha amorosa, considerada por muitos o ato mais importante da vida.
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