Religião
.A Religião tem sido, ao longo da História, a mais mortífera
arma de destruição massiva. Tem sido a maior causa de morte e destruição.
Descartamos este facto, por ir contra tudo em que queremos acreditar. Afinal,
não é o objectivo da religião a paz na terra? Contra factos não há
argumentos,portanto relegamos estes factos para o nosso subconsciente,
suprimindo-os da nossa presença. Mais pessoas morreram às mãos da igreja do que
por qualquer outro motivo.- "Sim" - dizemos - "admito que a
Religião no passado esteve muito longe de ser perfeita, mas hoje as coisas são
diferentes".
Serão as coisas diferentes hoje?
Naturalmente, raciocinamos que a Religião é o veículo para
alcançarmos um maior desenvolvimento interior, uma maior compreensão dos
desígnios do nosso Criador, no sentido de nos transformarmos em pessoas
melhores.Será? Será uma sucessão de guerras, que conhecemos desde os tempos
mais remotos e se perpectuam até hoje, o objectivo de uma religião, qualquer que
ela seja?Quando hoje vemos árabes empenhados em matar judeus e vice-versa em
nome da religião, não estaremos apenas a testemunhar aquilo que foi sempre a
principal característica de uma religião,qualquer religião? E quanto a
católicos e protestantes na Irlanda? Ou Muçulmanos e Hindus na Índia?Sunitas e
Chiitas no médio oriente? Sempre, sempre, os homens matando-se uns aos outros
em nome da Religião.
A Arca de Noé
O primeiro livro, o Genesis, relata o período
desde a criação do mundo, a história dos Patriarcas, até ao advento de Moisés. O
episódio mais significativo deste livro é o de Noé, do dilúvio universal e
da primeira Aliança entre Deus e os homens. Trata-se, obviamente, de uma
tradição oral recolhida no livro muitos séculos depois.
No Egipto, de onde o povo judeu veio, por altura da
monção em África, o rio Nilo transborda, num acontecimento catastrófico,
tudo destruindo na sua esteira. Os egípcios chamavam-lhe as "águas do
Caos". Mas cedo perceberam que, na esteira desta destruição, vinha a
génese da vida. De facto, sem as inundações do Nilo, o Egipto seria um
deserto. Os egípcios cedo perceberam que a inundação era a fonte da
fertilidade da terra, a fonte da vida. Assim, depois de se acautelarem contra a
inundação, os egípcios passaram a celebrar as inundações anuais, fonte da vida.
Verificaram também que as inundações sempre vinham quando a Lua estava no quarto
crescente. Chamaram a essa celebração
Argha Noa
, que significa "Lua molhada".
Não
uma Arca, mas sim a Lua em quarto crescente. E a perpetuação do conceito da
destruição que traz a vida na história de Noé e da sua arca, bem como da
Aliança feita por Deus para com os homens. A terra imergida em água para
renascer. Conceito poderoso, perpectuado na cerimónia do Baptismo. No Baptismo,
morremos para a vida anterior, para emergir renascidos para uma nova vida, confirmando
a nossa aliança com Deus. Tal como a terra destruída pela inundação para
renascer. Argha Noa. O mesmo conceito, a perpectuação da compreensão da
destruição que traz a vida e da força benevolente de Deus. De facto, a água
sempre foi considerada como uma fonte de vida. Nascemos das águas do ventre materno.
Sem água, a vida não seria possível. Se analizarmos todos os conceitos,
cerimónias e ideias no Antigo Testamento, não encontramos um único que seja original. Mas
para isso temos de voltar mais atrás no tempo. Testamento, não encontramos
um único que seja original. Mas para isso temos de voltar mais atrás no tempo.
Moisés
Vejamos a tradição persa:O profeta e rei Nebo, com grandes
cabelos dourados, sobe o monte sagrado para receber de Deus as Tábuas da Lei. As
Tábuas da Lei são o conjunto de leis conhecidos como o Código de Hamurabi. E
quanto aos egípcios?O seu profeta chamava-se Missis, com grandes cabelos
dourados, que subiu a montanha sagrada para receber a Lei de Deus. Desceu a
montanha e trouxe a Lei de Deus, apenas para ver que os egípcios não a
respeitavam. Zangado, partiu as Tábuas da Lei.
E chegamos ao hebreus:Moisés, com grandes cabelos dourados,
subiu a montanha sagrada para receber a Lei de Deus.Desceu a montanha com as
Tábuas da Lei, apenas para constatar que o seu povo tinha caído na idolatria,
adorando um bezerro de ouro. Zangado, partiu as Tábuas da Lei. A MESMA História Anterior.
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