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sexta-feira, 28 de março de 2014

Profeta O Salomão.....



Dicionáro Místico - Abençoado sejais vós, Ó Senhor, nosso Deus, Rei do Universo

Os Hebreus primitivos partiram do ponto onde os Egípcios estavam, formalizando e aperfeiçoando a prática da magia dos anjos, e misturando os elementos da Cabala e do misticismo judaico. A maioria das lendas hebraicas sobre este assunto está vinculada a várias histórias sobre o Rei Salomão, que supostamente ordenou os anjos a fazerem a sua vontade. No livro «The Book of Wisdom »(«Livro da Sabedoria»), um texto gnóstico atribuído a Salomão, descobrimos a seguinte descrição da sua magia dos anjos:

"Servindo-se das armas do seu ministério, a oração e o sacrifício expiatório do incenso (...) não pela força do corpo, nem pela força das armas; mas pela sua palavra deteve o Exterminador [anjo vingador], recordando as armas dos seu ministério, a oração e o sacrifício expiatório do incenso (...) não pela força do corpo, nem pela força das armas; mas pela sua palavra deteve o Exterminador [anjo vingador], recordando os juramentos e alianças dos antepassados. (...) Na sua longa vestidura estava representado o universo inteiro, sobre as quatro fileiras de pedra estavam gravados os nomes gloriosos dos patriarcas, e a Vossa glória (YHVH) sobre o diadema da sua cabeça."


Esta passagem indica a existência de um sistema ritual de magia dos anjos bem-definido, que incluía armas sagradas, orações, juramentos e encantamentos, um manto bordado com os símbolos dos arcanos para representar o universo e uma coroa com a palavra YHVH nela gravada. Todos estes elementos estão presentes nos textos herméticos medievais.

Aquele que é conhecido por «Key of Solomon» (A Chave de Salomão), por exemplo, apresenta armamento mágico, e os seus encantamentos e invocações mágicas falam de juramentos feitos pelos patriarcas hebraicos. As vestimentas consistem num manto com os símbolos dos arcanos bordados e numa coroa de papel com a palavra YHVH escrita na parte frontal.

Os talismãs da magia dos anjos hebraica eram confeccionados com metal e frequentemente combinados com ervas ou folhas. Nesta passagem de Josephus, um historiador judeu do séc. I d.C., encontramos um curiosa associação de herbologia popular e magia dos anjos: "Ele pôs no nariz do possuído um anel, ao qual estava anexada uma espécie de raiz, cuja virtude Salomão declarou, e o sabor daquilo fez o diabo retirar-se do seu nariz; assim, enquanto o homem caía (...) Eleazar (o mago) fez menção a Salomão, recitando as conjurações da autoria deste último."

Salomão não foi o único sábio hebreu a ter praticado a magia dos anjos. Um manuscrito do séc. IV d.C., conhecido por «Sword of Moses» (A Espada de Moisés), contém uma breve descrição de um ritual atribuído a Moisés: "Para invocar um espírito, escreva numa folha de louro ‘Eu invoco o príncipe, cujo nome é Abraksas, em nome de, para que vós venhais até mim e reveleis tudo o que eu indagar de vós e não demoreis."


Os Hebreus primitivos defendiam que um homem conhecedor do segredo do nome de YHVH seria capaz de operar milagres de outra forma reservados a Próprio YHVH. Um capítulo das invocações do livro «Sword of Moses» ilustra a similaridade entre a magia hebraica e os encantamentos caldaicos: "O meu desejo seja satisfeito, a minha palavra seja ouvida, e a minha oração seja recebida através da invocação do Inefável nome de Deus, que é glorificado no mundo, por intermédio do qual toda a multidão celeste está unida e ao qual está confinada. Eu invoco-te para que não me recuses ou firas, nem amedrontes ou alarmes, pelo tremendo nome de teu Rei, o terror do qual repousa sobre ti."

Provavelmente os Hebreus herdaram a crença na magia dos anjos dos seus chefes supremos egípcios. Os poderes mágicos conferidos na Bíblia a Moisés e a Aarão dão a entender que, possivelmente, o interesse dos judeus pela magia principiou durante o período de escravidão. A necromancia da feiticeira de En-Dor demonstra também uma crença no poder das pessoas para invocar os seres sobrenaturais.

O desenvolvimento da magia dos anjos hebraica está ligada ao desenvolvimento da Cabala. Os Hebreus transformaram os encantamentos mágicos dos rituais egípcios numa complexa numerologia e numa convicção de que Deus manifestava-se numa palavra. Conhecendo os nomes secretos de Deus, um mago podia controlar os espíritos e os anjos que O serviam.

Templo de Salomão

Provavelmente os Hebreus herdaram a crença na magia dos anjos dos seus chefes supremos egípcios. Os poderes mágicos conferidos na Bíblia a Moisés e a Aarão dão a entender que, possivelmente, o interesse dos judeus pela magia principiou durante o período de escravidão. A necromancia da feiticeira de En-Dor demonstra também uma crença no poder das pessoas para invocar os seres sobrenaturais.

O desenvolvimento da magia dos anjos hebraica está ligada ao desenvolvimento da Cabala. Os Hebreus transformaram os encantamentos mágicos dos rituais egípcios numa complexa numerologia e numa convicção de que Deus manifestava-se numa palavra. Conhecendo os nomes secretos de Deus, um mago podia controlar os espíritos e os anjos que O serviam.

In Key of Solomon:

"Durante os últimos três dias antes do início desta acção irás contentar-te apenas com uma dieta de jejum, e somente uma vez por dia; seria melhor ainda se tomasses apenas pão e água. Abster-te-ás de todas as coisas impuras, recitando a oração acima escrita."

A oração em questão, parecida com a do Sword of Moses, começa com "Ó Senhor Deus, Pai Eterno (...)."

O Sword of Moses menciona um selo escrito numa folha de louro que é utilizado para invocar um espírito, um elemento similar aos selos do Key of Solomon. Ambos os livros fazem referência a ervas e amuletos para obter efeitos mágicos. Ambos lidam com a invocação de anjos e diabos, o que é lógico porque, segundo a mitologia hebraica, tanto uns quanto os outros são subservientes a Deus. Através do poder dos encantamentos, que contêm os nomes sagrados de Deus, o mago pode controlar uns e outros ou executar acções benignas ou malignas.

Outros textos herméticos, tais como o Sepher Raziel e Lemegeton, também contêm elementos de grande antiguidade; os seus textos, porém, têm sido confundidos com adições posteriores. Partes do Sepher Raziel podem ser tão antigas quanto o Key of Solomon. O Lemegeton, contudo, foi submetido a uma vasta cristianização. Não obstante isto, determinados selos do Goetia, o seu primeiro capítulo, assemelham-se às inscrições dos monumentos primitivos, indicando que a antiguidade deste livro é muito maior do que a geralmente admitida.

Outro item antigo da magia dos anjos é o quadrado mágico Sator-Rotas. O primeiro exemplo deste acróstico pode ser encontrado numa parede em Herculano, uma das cidades destruídas pelo Vesúvio em 79 d.C.. Por debaixo dele estava uma inscrição dedicada ao deus Saturno. O Key of Solomon contém um talismã dedicado ao planeta Saturno, que é construído em redor do quadrado Sator-Rotas.

O quadrado mágico pode ter sido originalmente hebraico. Um dos grimoires mais recentes, The Sacred Magic of Abramelin the Mage (A Sagrada Magia de Abramelin, O Mago), oferece uma variação deste, baseada em palavras hebraicas.
As semelhanças sugerem que os grimoires medievais partilham as suas origens com as dos textos como o Sword of Moses. Apesar dos erros dos tradutores e copistas e das adições editoriais em datas posteriores, estamos perante um caso onde os elementos essenciais de algumas das mais antigas cerimónias mágicas subsistiram em tempos relativamente modernos.

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