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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

E o Barco Anda ou nao Anda???

As lições que o Rio Grande do Sul não aprendeu

CELITA IGNÊS CASAGRANDE

A sociedade gaucha tomou conhecimento através da imprensa a lamentável reprovação do Ensino Médio no Rio Grande do Sul, um índice de 20,7% em 2011. Elevado e preocupante! Não menos preocupante é a evasão escolar com índice de 7,4%. Em Erechim, respira-se com índices menos elevados (12,3%). Fica aqui uma pergunta: Porque esses índices estão tão baixos nas escolas publicas? O que esta acontecendo? A atual conjuntura responde em parte aos muitos questionamentos sobre as causas e consequências do alto índice de reprovação no Rio Grande do Sul. O resultado sinaliza um conjunto de fatores:

1. O
 mais agravante é o descaso dos gestores da educação (governo), com relação aos investimentos necessários aplicáveis de acordo com a constituição estadual 35% do orçamento para a educação. O Rio Grande do Sul não cumpre esse percentual (aplica somente 17%).
2. Infraestrutura inadequada nas escolas com bibliotecas obsoletas, onde falta inclusive material didático.
3. Número excessivo de alunos em salas de aulas com adolescentes hiperativo e irrequietos portando celulares, num conjunto apreciável que desqualifica a aprendizagem. O professor tem que fazer verdadeiros malabarismos para conquistar esses jovens sobre a necessidade da aprendizagem qualificada.
4. A violência (bullying) anda solta nas escolas, provindo de alguns alunos pertencentes de famílias desestruturadas.
5. Falta de professores nas mais diversas disciplinas durante o ano letivo. A reposição é lenta desses profissionais pela Secretaria da Educação (SEC) e coordenadorias.

6. 
Professores doentes e estressados (doença física e mental), repassando conteúdos programáticos em salas de aula superlotadas.
7. Não foram efetivadas as comissões de segurança nas escolas (esta só no papel), o resultado esta à agressão aos professores que tem sido uma constante.
A cada governo que se reveza no Piratini, surgem propostas mirabolantes para a educação, sem a participação dos envolvidos no ensino aprendizagem. Como foi no governo Collares com o calendário rotativo e no governo Yeda com as lições para o Rio Grande e outras mais, as propostas já nascem fadadas ao fracasso.
Professores desmotivados, porque foram iludidos com promessas de campanha eleitoral na aplicação da lei do piso salarial, que lhes daria dignidade profissional. Intransigência do governo Tarso Genro em atender as justas reivindicações do CPERS/Sindicato, obrigando os educadores a mobilizar-se e á denunciar a continuidade da orfandade e o descaso dos governantes com a educação e ensino de qualidade.
A reforma do Ensino Médio imposta de cima para baixo, organizada sem a participação propositiva dos educadores. Com certeza, na próxima pesquisa do instituto nacional de estudos e pesquisas educacionais (INEP) se repetirá esses índices, ou serão até mais baixos se o gestor da educação (governo Tarso) não mudar a política educacional imposta e equivocada de seu governo.

Onde está o investimento na qualificação e ampliação dos espaços físicos das escolas? A maioria das escolas esta sendo mantida pelos círculos de pais e mestres (CPMs), através de recursos advindos de rifas e festinhas.

Onde esta a propagandeada (na mídia) formação e valorização dos professores? 
Para o governo rebaixamento salarial via (acordo completivo temporário) no lugar do cumprimento da lei 11.738 – lei do piso salarial é entendida como valorização dos professores. Descumprir a lei agora virou sinônimo de valorização profissional!
Essas lições os governantes do Rio Grande do Sul ainda não aprenderam. Os índices de reprovação na curva dos gráficos poderá ter continuidade se os gestores da educação do Estado não repassarem um outro olhar que não seja esse olhar estrábico, valorizando-a não só nos discursos, mas na prática, fazendo melhor as lições que há décadas o Estado ainda não aprendeu.
CELITA IGNÊS CASAGRANDE é professora e diretora geral 15º Núcleo CPERS/Sindicato (Erechim)

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