Avon vai fechar as portas na França
O GLOBO, COM AGÊNCIAS
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PARIS - A operação francesa da gigante americana será fechada até o fim deste mês, informou a BBC. A empresa está na França há quase 50 anos e emprega 120 em Paris.
Os representantes, que somam 11 mil, se dizem abandonados pela empresa. Eles acusam a empresa de mantê-los sem notícias por meses e de não agir de acordo com os valores de responsabilidade social — como confiança, respeito, integridade e cultura de comunicação aberta e clara — que propaga.
— Ficamos sabendo que eles têm um administrador desde maio, mas não foi feito nenhum esquema para dar apoio às pessoas — diz Estelle Croissant, funcionária responsável pelos representantes de vendas diretas. — Sabíamos que o negócio não ia bem, mas todos estávemos comprometidos e trabalhamos sem parar por muitos meses para ajudar a empresa a se tornar lucrativa.
O escritório em Paris informou que os pedidos já feitos serão garantidos e que as representantes autônomas terão fornecimento até o fim deste mês. A Avon, que está passando por uma reorganização na sede, nos EUA, não quis comentar.
A Avon é a maior companhia de produtos de beleza do mundo e vende a maior parte de seus produtos por meio de representantes autônomos. Dois anos atrás, a empresa rejeitou uma tentativa de compra feita pela rival francesa Coty, por US$ 10 bilhões.
O anúncio é um revés para Sheri McCoy, que assumiu a direção executiva da companhia em abril do ano passado, substituindo Andrea Jung, com a missão de solucionar uma série de problemas: lucro cada vez menor, investigações sobre suborno, assédio dos concorrentes e perda de mercado nos Estados Unidos, seu principal mercado. McCoy trabalhou durante 30 anos para a Johnson & Johnson, onde era vice-presidente da área de consumo.
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