Ensinar o conformismo através do espiritismo fez o mundo
melhor?
? perguntou 2 anos atrás
Qual o interesse em um doutrinamento que prega que sua
casta, ou forma de vida, ser determinada quando renasce, segundo seu carma
anterior? Será que não privou muitos homens de lutar por uma condição digna,
obrigando-os a tomar empregos serviçais em péssimas condições de trabalho, com
pouca possibilidade de melhorar a sua sorte na vida por meio da educação?
Certa mulher budista disse: “Eu achava que não tinha sentido
ter de sofrer por causa de algo com que nasci, mas de que eu nada sabia. Eu
tinha de aceitá-lo como meu destino.”
Allan Kardec encarava essas coisas como punições. Escreveu:
“Se somos punidos, é que fizemos o mal. E se não fizemos o mal nesta vida . . .
o fizemos em outra.” Os espíritas são ensinados a orar: “Senhor, vós sois todo
justiça, e se me enviastes a doença é porque a mereci . . . Aceito-a como uma
expiação do passado e como uma prova para a minha fé e a minha submissão à vossa
santa vontade.” — O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Muitos nigerianos, por exemplo, crêem que doenças e mortes
são causadas quer por deuses (ou espíritos de ancestrais) ofendidos, quer por
inimigos que empregam feitiçaria.
Conforme doutrina, os negros, pessoas aleijadas e os pobres,
por ex. são ‘animais possuídos’ e não homens, que pagam pelo erro de outros.
Por isso, enquanto teorias de certa maldição cármica, de evoluções
“espirituais” incompletas ou separadas, enquanto se crê em tais determinismos —
e a maioria das pessoas crêem nele — não haverá incoerência alguma em se
conformar ou praticar injustiças sociais, ao passo que “ O Grande Espírito”
pratica a discriminação.
O espiritismo não precisa da Bíblia para ser o que realmente
é. Assim, em vez da reencarnação, Jesus ensinou outra coisa: a ressurreição?
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