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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Subconsciente é o que foi reprimido pela CONSCIÊNCIA

O ser humano possui uma incontrolável dinâmica que sempre o estimula a
compreender o mundo em que vive. Em culturas mais antigas, como dos povos africanos e indígenas, nota-se uma visão de mundo na qual a realidade objetiva, consolidada pelas reações conscientes, está integrada a um aspecto subjacente, não
percebido. Esse misterioso lado da realidade é freqüentemente valorizado nos mitos e histórias, bem como nas representações e imagens oníricas que surgem na consciência humana. Para esses povos, uma mesma imagem pode significar uma unificação desses aspectos, sem, contudo, constituir-se em um paradoxo perturbador. Por isso, acreditam na existência de uma conexão sutil entre o que entendemos como mundo exterior e o mundo inconsciente, que parece ser a origem de tudo o que é transmitido como
sabedoria para o ser humano. Essa visão conjugada de mundo também é revelada nos estudos sobre o
trabalho dos alquimistas (Jung 1991), com a idéia de que plantaram uma semente para então assimilar os frutos de suas experiências. Durante a realização dos processos de
transformação da prima materia, os alquimistas, invocavam a ajuda espiritual e, como
que orientados por um guia interior, puderam ampliar seus conhecimentos sobre os
fenômenos da Natureza, essenciais na formulação da Ciência Moderna. Deve ser
ressaltado que, embora a atual concepção científica não incorpore o aspecto anímico considerado pela Alquimia, ele está presente na mente do observador quando interpreta os resultados. Historicamente, Gustav Theodore Fechner, em 1860, e Wilhem W. Wundt, em 1902 e 1903, foram os primeiros a sugerir uma relação entre o conteúdo psiquicamente homogêneo e uma equivalente multiplicidade física, ao propor uma
análise experimental enaltecendo os fenômenos psíquicos, em vez de tratá-los apenas
sob o ângulo filosófico. Entretanto, foi William James que, em 1902, fez uma
associação mais próxima entre um aspecto (camada) da psique, não diretamente perceptível e situada à margem da consciência, e a noção de campo físico, revelando assim a indeterminação do conteúdo psíquico que fica no inconsciente. Gerald Holton, em seu livro Thematic origins of scientific thought, (Harvard University, 1988), mostra
como as idéias de James influenciaram Niels Bohr. Esse aspecto subliminar da psique humana foi investigado por Freud
(1976), denominando de subconsciente tudo aquilo que foi reprimido e/ou considerado
inaceitável pela consciência. Em seu modelo, o subconsciente tem o papel de mediador, atuando como uma conexão entre o mundo externo e a consciência, tal que um impulso
externo determina um processo inconsciente e este é expresso na forma de conteúdos conscientes. Para Jung (2000), esse aspecto da psique possui uma estrutura mais complexa contendo, ainda, elementos coletivos arcaicos que nunca foram conscientes. Em sua abordagem, a consciência e o inconsciente formam uma única entidade psíquica. De qualquer forma, podemos dizer que na psicologia moderna, a compreensão da realidade tem origem em um processo que se inicia no inconsciente, antes que os conteúdos da consciência possam ser racionalmente formulados. Logo, a realização
consciente de uma informação nova (ou seja, o material psíquico tornado consciente), pode ser interpretada, admitindo-se que existe uma correspondência de imagens
internas pré-estabelecidas na psique humana com objetos externos e seus comportamentos. Por muito tempo, a interpretação dos fenômenos naturais foi realizada sob a ótica do conhecimento auferido da realidade que se apresenta no mundo externo, macroscópico. O advento da Física Quântica veio resgatar a concepção da realidade
como uma entidade de natureza complexa, indicando a necessidade de uma nova
linguagem matemática para descrevê-la. Já no inicio do seu desenvolvimento, quando
se procurava consolidar uma interpretação para os fenômenos do mundo atômico, deparou-se com a questão fundamental, ou seja, explicar exatamente o que essa teoria poderia revelar sobre a derradeira realidade , a realidade plena. Sabemos que uma
teoria ganha sustentabilidade a partir dos conceitos elaborados baseados em equações matemáticas e regras associadas aos dados experimentais. Dessa forma, a teoria quântica baseia-se em resultados obtidos, pressupondo-se que existe, além do sistema observado (objeto), o sistema observador (sujeito). Primordialmente, apesar das
indicações sobre a existência de um aspecto sutil da realidade percebido na distinção
entre o objeto e o sujeito, a visão científica baseia-se na concepção filosófica do
positivismo/cientismo e na convicção de que apenas os fatos têm valores, com a sua
capacidade de previsão e de compreensão dos fenômenos naturais.


Fonte: http://www.fsc.ufsc.br/cbef/port/19-2/artpdf/a3.pdf

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