No ambiente encontram-se, dispostos ao chão, dois objetos ordinários; um ralo típico feito de lata e uma gamela de madeira. Ambos são utensílios comuns da vida rural e interiorana brasileira que certamente todos conhecem, ao menos de vista. Após algum tempo o artista adentra a cena; ele está nu e segurando a imagem de nossa senhora aparecida, bem na frente da genitália, como sendo o próprio artista uma espécie de andor. Dirige-se compassadamente até o lugar onde estão o ralo e a gamela; ajoelha-se, se organiza com os três objetos e põe-se ao ritual inusitado de ralar a santa-de-gesso.

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