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segunda-feira, 16 de abril de 2012

A fusao de vários deuses pagãos na bíblia...

Aldo Leal 01:28 - Amigos

Deus bíblico pode ser fusão de vários deuses pagãos, dizem especialistas

Personalidade e atributos de Javé são compartilhados com outras divindades do Oriente.
Pai celestial El, jovem guerreiro Baal e até 'senhora' Asherah teriam sido influências.
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo
A afirmação pode soar desrespeitosa para judeus ou cristãos, mas
não está muito longe da verdade: Javé, o Deus do Antigo
Testamento, parece ter múltiplas personalidades. Para ser mais
exato, especialistas que estudam os textos bíblicos, lêem
antigas inscrições encontradas nos arredores de Israel ou
escavam sítios arqueólogicos estão reconhecendo a influência
conjunta de diversos deuses pagãos antigos no retrato de Javé
traçado pela Bíblia. 

A idéia não é demonstrar que o Deus bíblico não
passa de mais um personagem da mitologia. Os pesquisadores
querem apenas entender como elementos comuns à cultura do antigo
Oriente Próximo, e principalmente da região onde hoje ficam o
estado de Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria,
contribuíram para as idéias que os antigos israelitas tinham
sobre os seres divinos. As conclusões ainda são preliminares,
mas há bons indícios de que Javé é uma fusão entre um deus idoso
e paternal e um jovem deus guerreiro, com pitadas de outras
divindades – uma delas do sexo feminino.

Foto: Reprodução
O deus cananeu El, retratado como um pai
sábio e idoso, foi muito importante nos primórdios da
religião israelita (Foto: Reprodução)

O ponto de partida dessas análises é o fundo
cultural comum entre o antigo povo de Israel e seus vizinhos e
adversários, os cananeus (moradores da terra de Canaã, como era
chamada a região entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo em
tempos antigos). A Bíblia retrata os israelitas como um povo
quase totalmente distinto dos cananeus, mas os dados
arqueólogicos revelam profundas semelhanças de língua, costumes
e cultura material – a língua de Canaã, por exemplo, era só um
dialeto um pouco diferente do hebraico bíblico.
  Memórias de Ugarit
Os cananeus não deixaram para trás uma herança literária tão rica
quanto a Bíblia. No entanto, poucos quilômetros ao norte de
Canaã, na atual Síria, ficava a cidade-Estado de Ugarit, cuja
língua e cultura eram praticamente idênticas às de seus primos
do sul. Ugarit foi destruída por invasores bárbaros em 1200
a.C., mas os arqueólogos recuperaram numerosas inscrições da
cidade, nas quais dá para entrever uma mitologia que apresenta
semelhanças (e diferenças) impressionantes com as narrativas da
Bíblia. “Por isso, Ugarit é uma parte importante do fundo
cultural que, mais tarde, daria origem às tribos de Israel”,
resume Christine Hayes, professora de estudos clássicos judaicos
da Universidade Yale (EUA).

Uma das figuras mais proeminentes nesses textos é
El – nome que quer dizer simplesmente “deus” nas antigas línguas
da região, mas que também se refere a uma divindade específica,
o patriarca, ou chefe de família, dos deuses. “Patriarca” é a
palavra-chave: o El de Ugarit tem paralelos muito específicos
com a figura de Deus durante o período patriarcal, retratado no
livro do Gênesis e personificado pelos ancestrais dos
israelitas: Abraão, Isaac e Jacó.

Nesses textos da Bíblia há, por exemplo,
referências a El Shadday (literalmente “El da Montanha”, embora
a expressão normalmente seja traduzida como “Deus
Todo-Poderoso”), El Elyon (“Deus Altíssimo”) e El Olam (“Deus
Eterno”). O curioso é que, na mitologia ugarítica, El também é
imaginado vivendo no alto de uma montanha e visto como um ancião
sábio, de vida eterna.

Tal como os patriarcas bíblicos, El é uma espécie
de nômade, vivendo numa versão divina da tenda dos beduínos; e,
mais importante ainda, El tem uma relação especial com os chefes

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