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domingo, 22 de junho de 2014

A ciência Islâmica

http://www.on.br/ead_2013/site/conteudo/cap7-historia/astronomia-islamica/islamico.html

A ciência Islâmica
No século 7 os árabes sairam de seus desertos e deram início à formação do grande Império Islâmico. Suas conquistas se estenderam do oceano Atlântico até a Índia. Com o domínio dos árabes, o artesanato, as artes e as ciências mais uma vez floresceram em todas as regiões conquistadas por eles.

Foram fundadas bibliotecas de manuscritos antigos e muitos sábios emigraram para Damasco, Bagdá, Córdoba e outros grandes centros da nova civilização islâmica. A literatura grega, egípcia, persa, chinesa e indiana foi cuidadosamente reunida por eles, traduzida, primeiro em siríaco e mais tarde em árabe, e então combinada por sábios que trabalhavam intensamente.

Enquanto isto, na Europa, a Terra voltava a ser considerada redonda e o universo era mais uma vez geocêntrico. Pela preservação e transmissão do conhecimento antigo, que no fim das contas despertou de novo a Europa, o mundo moderno possui uma grande dívida com o Império Islâmico.

 
A ciência dos árabes

No ano 773, Al-Mansur, o segundo califa de Abbasid (de 754 a 775), recebeu um hindu erudito, um astrônomo chamado Mankha, que era capaz de falar sobre os céus como se fosse a reminiscência de uma viagem pessoal. Impressionado com os conhecimentos demonstrados por este astrônomo indiano, Al-Mansur notou que o mundo islâmico poderia estar se prejudicando muito ao desprezar o conhecimento acumulado pelas outras civiizações.

Quando o astrônomo indiano Mankah presenteou Al-Mansur com uma cópia do Siddhanta, revelando ao califa a fonte de seu grande conhecimento, Al-Mansur ordenou que os astônomos persas começassem imediatamente a traduzir este texto científico. Logo os árabes passaram a ter muito interesse pelo conhecimento recém apresentado dos céus. Isto os estimulou a traduzir os textos gregos ao saberem que estes eram a origem de grande parte do conhecimento incorporado ao Siddhanta.

Entre os textos adquiridos no início do século 9 pelos árabes estava o "Mathematike syntaxeos biblia ιγ" de Ptolomeu, o maior texto astronômico até então escrito. Os árabes mais tarde deram-lhe um novo nome, Almagest. A data da sua primeira trandução para o árabe foi, provavelmente, o ano 827. De posse do Almagest, agora traduzido para a sua lingua, os árabes tinham os fundamentos básicos a partir do quais eles poderiam iniciar a sua própria investigação na ciência astronômica.

Logo os filósofos árabes mostraram seu espírito crítico perante a ciência grega. Para eles Ptolomeu não devia ser aceito cegamente. O grande matemático e astrônomo Al-Kwarizmi (780-850) recebeu o encargo de verificar e, possivelmente, atualizar o trabalho escrito por Ptolomeu. Al-Kwarizmi também redigiu as primeiras tabelas estelares em árabe. Curiosamente, ele o fez usando o sistema indiano de contagem, um sistema muito superior àquele que os árabes usavam. A matemática árabe, que passou a incorporar este novo sistema numérico, se tornou tão bem sucedida que o sistema numérico indiano, desde aquela época, passou a ser conhecido como sistema numérico arábico.

Mais tarde, o astrônomo Al-Battani (850-929), também conhecido como Abattegnius, modificou alguns cálculos de Ptolomeu como, por exemplo, a verdadeira extensão do ano e a constante de precessão. Seu trabalho foi traduzido em várias linguas européias e se tornou muito popular entre academicos e cientistas. Al-Battani acreditava que a astronomia só perdia em importância para a religião.

Ulugh Begh, neto do chefe tártaro Tamerlane, compilou um catálogo de estrelas no início do século 15. Seu catálogo tinha a precisão de 1/10 do diâmetro da Lua, mostrando a alta qualidade de seus instrumentos, anteriores ao telescópio. O seu observatório ainda está de pé em Samarkand.


O astrolábio

O astrolábio foi inventado, provavelmente, pelos gregos antigos na época de Hiparcos ou Apolonio de Perga. Em sua versão mais simples, o astrolábio era um prato de metal ou madeira com uma circunferência marcada para indicar graus. O prato era usualmente pendurado por um anel. No seu centro estava um apontador ajustável chamado alidale. Usando o alidale para apontamento e o prato marcado para leituras de posição, as distâncias angulares podiam ser determinadas.

Os astrônomos islâmicos usaram muito o astrolábio. A imagem ao lado mostra o mais antigo astrolábio conhecido. Ele foi construído por um muçulmano chamado Nastulus no ano 927-928 e agora faz parte do acervo do Museu Nacional do Kuwait. No início do século 11, uma nova versão deste antigo aparelho de medir altitude foi introduzido.

O astrolábio foi um precursor do sextante, inventado no século 18.
















Um resumo da astronomia árabe

Mankah               século 8              
foi o professor hindu de Al-Mansur, o segundo califa de Abbasid
apresentou o Siddhanta ao califa
estimulou o apetite árabe pela ciência e a astronomia de outras culturas
Al-Kwarizmi       780-850               
verificou e atualizou o Almagest de Ptolomeu
redigiu as primeiras tabelas estelares em árabe usando o sistema indiano de contagem
Al-Battani           850-929               
modificou alguns cálculos de Ptolomeu, incluindo a duração verdadeira do ano e a constante de precessão
Al-Tusi  1201-1279          
desafiou a cosmologia de Ptolomeu mas não pode apresentar uma alternativa satisfatória




Esta gravura mostra astrônomos no Observatório de Istanbul. Note os instrumentos que estão sendo utilizados, incluindo um astrolábio e um quadrante, e o globo esférico da Terra.


 

Uma "esfera" armilária construída para observações práticas por astrônomos árabes.
 


















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