Doação Ao BLOG

https://www.paypal.com/cgi-bin/webscr" method="post" target="_top">pl.pires@bol.com.br">https://www.paypalobjects.com/pt_BR/BR/i/btn/btn_donateCC_LG.gif" border="0" name="submit" alt="PayPal - A maneira fácil e segura de enviar pagamentos online!">

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Astronomia na Antiguidade.

A ASTRONOMIA NA ANTIGUIDADE
A ASTRONOMIA NO MÉDIO ORIENTE
Desde a Antiguidade até ao século XVII, a Astronomia teve dois objectivos relacionados um com o outro.
 Por um lado, mostrar que os movimentos dos planetas não eram aleatórios mas sim regulares e previsíveis e, 
por outro, ser capaz de prever esses mesmos movimentos com grande acuidade.
O primeiro dos dois objectivos foi definido pelos Gregos, tendo o esforço quanto ao rigor das primeiras
 medições sido primeiramente desenvolvido pela distinta civilização da Babilónia.
Quando Alexandre, o Grande, invadiu a Pérsia no século IV A.C., as duas formas de estudar o céu fundiram-se.
A cidade da Babilónia, situada na margem esquerda do rio Eufrates, 70 km a Sul da moderna cidade de Bagdad,
 foi, durante um período chamado Babilónia Antiga(provavelmente 1830-1531 A.C.), reinado pela dinastia Hamumurabi. 
A Babilónia foi então tomada pelos Hititas mas rapidamente caíu nas mãos dos Cassitas,
 após o que se seguiu um longo período de dominação Assíria. Este período terminou com a destruição de Niniveh
 e a destruição da Grande Biblioteca em 612 A.C.. Após um período de independência, Babilónia caíu nas mãos 
dos Persas, até que em 331 A.C. foi tomada por Alexandre, o Grande, pelo que a partir desse momento as
 duas culturas ficaram directamente em contacto.
As tabelas em pedra que chegaram até nós desde esta época são mais importantes para a história da Matemática
 que para a história da Astronomia. No entanto, apresentam uma técnica fundamental para o desenvolvimento
 posterior da Astronomia: o emprego de uma notação numérica eficiente.
Para escrever o número 1, o escriba babilónico pressionava o escopro verticalmente sobre a pedra ( ); 
para marcar o 10 pressionava inclinado (). Combinações destas duas marcas eram usadas até 59. No entanto,
 para 60 era de novo usado o símbolo 1. Embora só tardiamente tivesse aparecido um símbolo para o zero, 
a notação babilónica permitia fazer calculos sérios e elaborados com alguma facilidade.
A nossa divisão da hora em 60 minutos compostos por 60 segundos, e a divisão similar dos ângulos, reflecte esta
 notação babilónica.
Os primeiros observadores celestes da Babilónia são muitas vezes encarados como astrólogos no sentido grego
 do termo, isto é, como estudiosos das consequências directas e inevitáveis para os indivíduos, como consequência 
da configuração dos corpos celestes. No entanto, esta visão não está correcta. Os babilónicos estavam 
extremamente alertas relativamente a quaisquer fenómenos ou ocorrências da Natureza em
 qualquer área do saber, tentando prevê-las de forma a evitar eventuais desastres provocados pelas mesmas.
7000 interpretações de fenómenos estranhos (omens) foram acumuladas ao longo dos anos em 70 lâminas
de pedra, conhecidas pelas suas palavras de abertura como Enuma Anu Enlil, tendo a sua versão final sido
 terminada cerca de 900 A.C..
O corpo celeste mais vezes citado no Enuma é a Lua; o calendário babilónico era lunar, pelo que o ciclo da Lua
 era de extrema importância.
Tendo os meses lunares cerca de 28 dias, o calendário das culturas, determinado pelo ano solar, tinha entre
doze e treze meses. Durante muito tempo os babilónicos tiveram que fazer ajustes,
 mas por volta do século V A.C. descobriram que 235 meses lunares eram exactamente 19 anos solares.
 Assim, passaram a intercalar 7 meses em cada 19 anos de forma regular.
O calendário lunar da Babilónia foi o primeiro a ser dividido em quatro períodos correspondentes
 às quatro fases da Lua. Esta divisão em períodos de sete dias deu origem às semanas tal como 
as conhecemos hoje. De facto, como se pode ver da Tabela 1, o nome dos dias da semana advém do
 nome do objecto celeste adorado em cada dia na Babilónia.

Astronomia na Antiguidade.

A ASTRONOMIA NA ANTIGUIDADE
A ASTRONOMIA NO MÉDIO ORIENTE
Desde a Antiguidade até ao século XVII, a Astronomia teve dois objectivos relacionados um com o outro.
 Por um lado, mostrar que os movimentos dos planetas não eram aleatórios mas sim regulares e previsíveis e, 
por outro, ser capaz de prever esses mesmos movimentos com grande acuidade.
O primeiro dos dois objectivos foi definido pelos Gregos, tendo o esforço quanto ao rigor das primeiras
 medições sido primeiramente desenvolvido pela distinta civilização da Babilónia.
Quando Alexandre, o Grande, invadiu a Pérsia no século IV A.C., as duas formas de estudar o céu fundiram-se.
A cidade da Babilónia, situada na margem esquerda do rio Eufrates, 70 km a Sul da moderna cidade de Bagdad,
 foi, durante um período chamado Babilónia Antiga(provavelmente 1830-1531 A.C.), reinado pela dinastia Hamumurabi. 
A Babilónia foi então tomada pelos Hititas mas rapidamente caíu nas mãos dos Cassitas,
 após o que se seguiu um longo período de dominação Assíria. Este período terminou com a destruição de Niniveh
 e a destruição da Grande Biblioteca em 612 A.C.. Após um período de independência, Babilónia caíu nas mãos 
dos Persas, até que em 331 A.C. foi tomada por Alexandre, o Grande, pelo que a partir desse momento as
 duas culturas ficaram directamente em contacto.
As tabelas em pedra que chegaram até nós desde esta época são mais importantes para a história da Matemática
 que para a história da Astronomia. No entanto, apresentam uma técnica fundamental para o desenvolvimento
 posterior da Astronomia: o emprego de uma notação numérica eficiente.
Para escrever o número 1, o escriba babilónico pressionava o escopro verticalmente sobre a pedra ( ); 
para marcar o 10 pressionava inclinado (). Combinações destas duas marcas eram usadas até 59. No entanto,
 para 60 era de novo usado o símbolo 1. Embora só tardiamente tivesse aparecido um símbolo para o zero, 
a notação babilónica permitia fazer calculos sérios e elaborados com alguma facilidade.
A nossa divisão da hora em 60 minutos compostos por 60 segundos, e a divisão similar dos ângulos, reflecte esta
 notação babilónica.
Os primeiros observadores celestes da Babilónia são muitas vezes encarados como astrólogos no sentido grego
 do termo, isto é, como estudiosos das consequências directas e inevitáveis para os indivíduos, como consequência 
da configuração dos corpos celestes. No entanto, esta visão não está correcta. Os babilónicos estavam 
extremamente alertas relativamente a quaisquer fenómenos ou ocorrências da Natureza em
 qualquer área do saber, tentando prevê-las de forma a evitar eventuais desastres provocados pelas mesmas.
7000 interpretações de fenómenos estranhos (omens) foram acumuladas ao longo dos anos em 70 lâminas
de pedra, conhecidas pelas suas palavras de abertura como Enuma Anu Enlil, tendo a sua versão final sido
 terminada cerca de 900 A.C..
O corpo celeste mais vezes citado no Enuma é a Lua; o calendário babilónico era lunar, pelo que o ciclo da Lua
 era de extrema importância.
Tendo os meses lunares cerca de 28 dias, o calendário das culturas, determinado pelo ano solar, tinha entre
doze e treze meses. Durante muito tempo os babilónicos tiveram que fazer ajustes,
 mas por volta do século V A.C. descobriram que 235 meses lunares eram exactamente 19 anos solares.
 Assim, passaram a intercalar 7 meses em cada 19 anos de forma regular.
O calendário lunar da Babilónia foi o primeiro a ser dividido em quatro períodos correspondentes
 às quatro fases da Lua. Esta divisão em períodos de sete dias deu origem às semanas tal como 
as conhecemos hoje. De facto, como se pode ver da Tabela 1, o nome dos dias da semana advém do
 nome do objecto celeste adorado em cada dia na Babilónia.

Astronomia na Antiguidade.

A ASTRONOMIA NA ANTIGUIDADE
A ASTRONOMIA NO MÉDIO ORIENTE
Desde a Antiguidade até ao século XVII, a Astronomia teve dois objectivos relacionados um com o outro.
 Por um lado, mostrar que os movimentos dos planetas não eram aleatórios mas sim regulares e previsíveis e, 
por outro, ser capaz de prever esses mesmos movimentos com grande acuidade.
O primeiro dos dois objectivos foi definido pelos Gregos, tendo o esforço quanto ao rigor das primeiras
 medições sido primeiramente desenvolvido pela distinta civilização da Babilónia.
Quando Alexandre, o Grande, invadiu a Pérsia no século IV A.C., as duas formas de estudar o céu fundiram-se.
A cidade da Babilónia, situada na margem esquerda do rio Eufrates, 70 km a Sul da moderna cidade de Bagdad,
 foi, durante um período chamado Babilónia Antiga(provavelmente 1830-1531 A.C.), reinado pela dinastia Hamumurabi. 
A Babilónia foi então tomada pelos Hititas mas rapidamente caíu nas mãos dos Cassitas,
 após o que se seguiu um longo período de dominação Assíria. Este período terminou com a destruição de Niniveh
 e a destruição da Grande Biblioteca em 612 A.C.. Após um período de independência, Babilónia caíu nas mãos 
dos Persas, até que em 331 A.C. foi tomada por Alexandre, o Grande, pelo que a partir desse momento as
 duas culturas ficaram directamente em contacto.
As tabelas em pedra que chegaram até nós desde esta época são mais importantes para a história da Matemática
 que para a história da Astronomia. No entanto, apresentam uma técnica fundamental para o desenvolvimento
 posterior da Astronomia: o emprego de uma notação numérica eficiente.
Para escrever o número 1, o escriba babilónico pressionava o escopro verticalmente sobre a pedra ( ); 
para marcar o 10 pressionava inclinado (). Combinações destas duas marcas eram usadas até 59. No entanto,
 para 60 era de novo usado o símbolo 1. Embora só tardiamente tivesse aparecido um símbolo para o zero, 
a notação babilónica permitia fazer calculos sérios e elaborados com alguma facilidade.
A nossa divisão da hora em 60 minutos compostos por 60 segundos, e a divisão similar dos ângulos, reflecte esta
 notação babilónica.
Os primeiros observadores celestes da Babilónia são muitas vezes encarados como astrólogos no sentido grego
 do termo, isto é, como estudiosos das consequências directas e inevitáveis para os indivíduos, como consequência 
da configuração dos corpos celestes. No entanto, esta visão não está correcta. Os babilónicos estavam 
extremamente alertas relativamente a quaisquer fenómenos ou ocorrências da Natureza em
 qualquer área do saber, tentando prevê-las de forma a evitar eventuais desastres provocados pelas mesmas.
7000 interpretações de fenómenos estranhos (omens) foram acumuladas ao longo dos anos em 70 lâminas
de pedra, conhecidas pelas suas palavras de abertura como Enuma Anu Enlil, tendo a sua versão final sido
 terminada cerca de 900 A.C..
O corpo celeste mais vezes citado no Enuma é a Lua; o calendário babilónico era lunar, pelo que o ciclo da Lua
 era de extrema importância.
Tendo os meses lunares cerca de 28 dias, o calendário das culturas, determinado pelo ano solar, tinha entre
doze e treze meses. Durante muito tempo os babilónicos tiveram que fazer ajustes,
 mas por volta do século V A.C. descobriram que 235 meses lunares eram exactamente 19 anos solares.
 Assim, passaram a intercalar 7 meses em cada 19 anos de forma regular.
O calendário lunar da Babilónia foi o primeiro a ser dividido em quatro períodos correspondentes
 às quatro fases da Lua. Esta divisão em períodos de sete dias deu origem às semanas tal como 
as conhecemos hoje. De facto, como se pode ver da Tabela 1, o nome dos dias da semana advém do
 nome do objecto celeste adorado em cada dia na Babilónia.

Astronomia na Antiguidade.

A ASTRONOMIA NA ANTIGUIDADE
A ASTRONOMIA NO MÉDIO ORIENTE
Desde a Antiguidade até ao século XVII, a Astronomia teve dois objectivos relacionados um com o outro.
 Por um lado, mostrar que os movimentos dos planetas não eram aleatórios mas sim regulares e previsíveis e, 
por outro, ser capaz de prever esses mesmos movimentos com grande acuidade.
O primeiro dos dois objectivos foi definido pelos Gregos, tendo o esforço quanto ao rigor das primeiras
 medições sido primeiramente desenvolvido pela distinta civilização da Babilónia.
Quando Alexandre, o Grande, invadiu a Pérsia no século IV A.C., as duas formas de estudar o céu fundiram-se.
A cidade da Babilónia, situada na margem esquerda do rio Eufrates, 70 km a Sul da moderna cidade de Bagdad,
 foi, durante um período chamado Babilónia Antiga(provavelmente 1830-1531 A.C.), reinado pela dinastia Hamumurabi. 
A Babilónia foi então tomada pelos Hititas mas rapidamente caíu nas mãos dos Cassitas,
 após o que se seguiu um longo período de dominação Assíria. Este período terminou com a destruição de Niniveh
 e a destruição da Grande Biblioteca em 612 A.C.. Após um período de independência, Babilónia caíu nas mãos 
dos Persas, até que em 331 A.C. foi tomada por Alexandre, o Grande, pelo que a partir desse momento as
 duas culturas ficaram directamente em contacto.
As tabelas em pedra que chegaram até nós desde esta época são mais importantes para a história da Matemática
 que para a história da Astronomia. No entanto, apresentam uma técnica fundamental para o desenvolvimento
 posterior da Astronomia: o emprego de uma notação numérica eficiente.
Para escrever o número 1, o escriba babilónico pressionava o escopro verticalmente sobre a pedra ( ); 
para marcar o 10 pressionava inclinado (). Combinações destas duas marcas eram usadas até 59. No entanto,
 para 60 era de novo usado o símbolo 1. Embora só tardiamente tivesse aparecido um símbolo para o zero, 
a notação babilónica permitia fazer calculos sérios e elaborados com alguma facilidade.
A nossa divisão da hora em 60 minutos compostos por 60 segundos, e a divisão similar dos ângulos, reflecte esta
 notação babilónica.
Os primeiros observadores celestes da Babilónia são muitas vezes encarados como astrólogos no sentido grego
 do termo, isto é, como estudiosos das consequências directas e inevitáveis para os indivíduos, como consequência 
da configuração dos corpos celestes. No entanto, esta visão não está correcta. Os babilónicos estavam 
extremamente alertas relativamente a quaisquer fenómenos ou ocorrências da Natureza em
 qualquer área do saber, tentando prevê-las de forma a evitar eventuais desastres provocados pelas mesmas.
7000 interpretações de fenómenos estranhos (omens) foram acumuladas ao longo dos anos em 70 lâminas
de pedra, conhecidas pelas suas palavras de abertura como Enuma Anu Enlil, tendo a sua versão final sido
 terminada cerca de 900 A.C..
O corpo celeste mais vezes citado no Enuma é a Lua; o calendário babilónico era lunar, pelo que o ciclo da Lua
 era de extrema importância.
Tendo os meses lunares cerca de 28 dias, o calendário das culturas, determinado pelo ano solar, tinha entre
doze e treze meses. Durante muito tempo os babilónicos tiveram que fazer ajustes,
 mas por volta do século V A.C. descobriram que 235 meses lunares eram exactamente 19 anos solares.
 Assim, passaram a intercalar 7 meses em cada 19 anos de forma regular.
O calendário lunar da Babilónia foi o primeiro a ser dividido em quatro períodos correspondentes
 às quatro fases da Lua. Esta divisão em períodos de sete dias deu origem às semanas tal como 
as conhecemos hoje. De facto, como se pode ver da Tabela 1, o nome dos dias da semana advém do
 nome do objecto celeste adorado em cada dia na Babilónia.

Astronomia na Antiguidade.

A ASTRONOMIA NA ANTIGUIDADE
A ASTRONOMIA NO MÉDIO ORIENTE
Desde a Antiguidade até ao século XVII, a Astronomia teve dois objectivos relacionados um com o outro.
 Por um lado, mostrar que os movimentos dos planetas não eram aleatórios mas sim regulares e previsíveis e, 
por outro, ser capaz de prever esses mesmos movimentos com grande acuidade.
O primeiro dos dois objectivos foi definido pelos Gregos, tendo o esforço quanto ao rigor das primeiras
 medições sido primeiramente desenvolvido pela distinta civilização da Babilónia.
Quando Alexandre, o Grande, invadiu a Pérsia no século IV A.C., as duas formas de estudar o céu fundiram-se.
A cidade da Babilónia, situada na margem esquerda do rio Eufrates, 70 km a Sul da moderna cidade de Bagdad,
 foi, durante um período chamado Babilónia Antiga(provavelmente 1830-1531 A.C.), reinado pela dinastia Hamumurabi. 
A Babilónia foi então tomada pelos Hititas mas rapidamente caíu nas mãos dos Cassitas,
 após o que se seguiu um longo período de dominação Assíria. Este período terminou com a destruição de Niniveh
 e a destruição da Grande Biblioteca em 612 A.C.. Após um período de independência, Babilónia caíu nas mãos 
dos Persas, até que em 331 A.C. foi tomada por Alexandre, o Grande, pelo que a partir desse momento as
 duas culturas ficaram directamente em contacto.
As tabelas em pedra que chegaram até nós desde esta época são mais importantes para a história da Matemática
 que para a história da Astronomia. No entanto, apresentam uma técnica fundamental para o desenvolvimento
 posterior da Astronomia: o emprego de uma notação numérica eficiente.
Para escrever o número 1, o escriba babilónico pressionava o escopro verticalmente sobre a pedra ( ); 
para marcar o 10 pressionava inclinado (). Combinações destas duas marcas eram usadas até 59. No entanto,
 para 60 era de novo usado o símbolo 1. Embora só tardiamente tivesse aparecido um símbolo para o zero, 
a notação babilónica permitia fazer calculos sérios e elaborados com alguma facilidade.
A nossa divisão da hora em 60 minutos compostos por 60 segundos, e a divisão similar dos ângulos, reflecte esta
 notação babilónica.
Os primeiros observadores celestes da Babilónia são muitas vezes encarados como astrólogos no sentido grego
 do termo, isto é, como estudiosos das consequências directas e inevitáveis para os indivíduos, como consequência 
da configuração dos corpos celestes. No entanto, esta visão não está correcta. Os babilónicos estavam 
extremamente alertas relativamente a quaisquer fenómenos ou ocorrências da Natureza em
 qualquer área do saber, tentando prevê-las de forma a evitar eventuais desastres provocados pelas mesmas.
7000 interpretações de fenómenos estranhos (omens) foram acumuladas ao longo dos anos em 70 lâminas
de pedra, conhecidas pelas suas palavras de abertura como Enuma Anu Enlil, tendo a sua versão final sido
 terminada cerca de 900 A.C..
O corpo celeste mais vezes citado no Enuma é a Lua; o calendário babilónico era lunar, pelo que o ciclo da Lua
 era de extrema importância.
Tendo os meses lunares cerca de 28 dias, o calendário das culturas, determinado pelo ano solar, tinha entre
doze e treze meses. Durante muito tempo os babilónicos tiveram que fazer ajustes,
 mas por volta do século V A.C. descobriram que 235 meses lunares eram exactamente 19 anos solares.
 Assim, passaram a intercalar 7 meses em cada 19 anos de forma regular.
O calendário lunar da Babilónia foi o primeiro a ser dividido em quatro períodos correspondentes
 às quatro fases da Lua. Esta divisão em períodos de sete dias deu origem às semanas tal como 
as conhecemos hoje. De facto, como se pode ver da Tabela 1, o nome dos dias da semana advém do
 nome do objecto celeste adorado em cada dia na Babilónia.

Diferença entre a Física Moderna e a Aristotélica....

I.2.

Diferença entre a Física Moderna e a Física de Aristóteles.

A palavra física deriva do grego `phísis', que significa natureza. Foram os filósofos gregos os primeiros que se utilizaram deste termo para designar a ciência da natureza. Iniciando-se com Tales de Mileto, a observação da natureza, cultivada como método de elevação da inteligência por estes homens que buscavam a sabedoria, acabou produzindo a cosmologia grega, cujo ápice encontra-se nas obras de Aristóteles. Para este homens o conhecimento físico não era um meio para dominar a natureza, nem apenas uma disciplina autônoma destinada a produzir um corpo de conhecimentos sobre o cosmos, mas um meio de educação da inteligência que, em conjunto com outros elementos, deveria conduzir o homem na busca pela sabedoria. É neste sentido que lemos nas obras de Platão, de quem Aristóteles foi aluno, que
"O motivo pelo qual Deus
concedeu a visão aos homens
foi o seu pre conhecimento de que,
vendo no céu os movimentos periódicos
da inteligência divina,
pudéssemos fazer uso deste conhecimento
para ordenar os pensamentos que há em nós.
Desta maneira poderíamos participar
da retidão dos pensamentos
que se encontram na natureza
e ordenar, por meio deles,
os nossos próprios.
Foi por este meio
que teve início a Filosofia,
da qual pode-se dizer
que nenhum bem maior foi
nem será concedido
ao gênero humano".
A noção, que está na origem da Física Grega, de que a observação da natureza é um dos elementos de uma educação mais elevada a qual surge quando o trabalho da inteligência consegue acoplar-se à ordem da natureza é um dado desconhecido pela civilização moderna. Só muito fragmentariamente nos homens pós medievais podem ser encontradas algumas observações esparsas que poderiam sugerir-lhes esta possibilidade, se neles estivessem presentes os elementos necessários para poder apreciar o real alcance destes poucos testemunhos.

Encontra-se um exemplo desta afirmação na autobiografia de Charles Darwin. O famoso autor da `Origem das Espécies', após ter cursado parte de um curso de medicina em Edimburgo, parte de um curso de teologia em Cambridge e freqüentado as aulas de alguns dos mais renomados geólogos e botânicos de seu tempo, foi convidado para participar na qualidade de naturalista em uma viagem marítima de cinco anos ao redor do mundo a bordo do navio Beagle. Desta viagem, inteiramente dedicada à observação da natureza, Darwin nos deixou um impressionante testemunho sobre o impacto que este hábito teria produzido na formação de sua mente:

"Todos os meus estudos
foram de nenhuma importância
comparados com o hábito
da enérgica aplicação
e concentrada atenção
para tudo aquilo em que eu estava envolvido
que adquiri nesta viagem.
Tudo sobre o que eu pensei ou li
tinha que relacioná-lo diretamente
com o que eu havia visto
ou o que provavelmente iria ver,
e este hábito mental foi um contínuo
durante os cinco anos daquela viagem.
Tenho certeza que foi este treino
que me possibilitou fazer depois
tudo o que eu fiz em ciência.
Eu descobri,
embora inconsciente e insensivelmente,
o prazer de observar e raciocinar,
e os primitivos instintos
de um homem bárbaro
gradativamente me conduziram a adquirir
os hábitos de um homem civilizado".
Outro personagem moderno que nos oferece um testemunho semelhante é Friedrich Froebel, um alemão quase contemporâneo de Darwin, pouco conhecido fora dos estudiosos da História da Educação, embora para estes não haja dúvida de que seja um dos principais marcos teóricos da pedagogia no mundo moderno. Nas palavras de G. d'Arcais,

"Aos quinze anos Froebel foi enviado
como aprendiz florestal
junto aos guardas de Hirshberg.
Este fato teve, sem dúvida,
uma grande importância
na formação espiritual do jovem,
porque ele foi conduzido a interessar-se
ainda mais vivamente pela natureza,
a qual já havia começado a amar
entre os bosques da Turíngia.
Froebel começou a colecionar
plantas e insetos,
a ler com avidez obras de ciência natural,
a refletir sobre os mistérios da natureza,
e a perguntar
o que seria este mundo que nos circunda,
dotado de tanta ordem e beleza,
e caracterizado por uma maravilhosa
regularidade de desenvolvimento.
Mais tarde ingressou na
Universidade de Jena,
onde o jovem dedicou-se apaixonadamente
aos estudos científicos,
particularmente ao estudo da mineralogia".
Anos depois, Froebel passou a interessar-se pela verdadeira missão de sua vida, que foi a Educação, e morou durante algum tempo com Pestalozzi, do qual veio a separar-se devido a divergências sobre o modo de conduzir a educação na primeira infância. Aos quarenta e seis anos publicou a sua obra prima, a "Educação do Homem", que se inicia com um capítulo de conceitos fundamentais cujo primeiro, que lembra impressionantemente as palavras de Platão, é o seguinte:

"Em todas as coisas
vemos dominar e agir
uma lei eterna.
Ela se revelou e se revela,
sempre igualmente clara e determinada,
no mundo exterior da natureza
e naquele interior do espírito,
e na vida que reúne estes dois mundos".
Bastante diversa é a origem da Física Moderna. Surgiu esta ciência no final do Renascimento, com o aparecimento da Mecânica Newtoniana. A partir daí ela pode ser claramente dividida em dois períodos. Desde Newton até o início do século XX os que à mesma se dedicaram elaboraram um corpo de conhecimentos que hoje é conhecido como Física Clássica. Ela se fundamenta, em última análise, nas três leis do movimento enunciadas por Newton, na Lei da Gravitação Universal e nas quatro leis do Eletromagnetismo de Maxwell. Até o final do século dezenove acreditava-se que estas oito leis descreviam completamente o comportamento da natureza. Entretanto, um número crescente de evidências, descobertas a partir do início do século XX, mostrou que estas oito leis eram insuficientes para descrever os fenômenos físicos de dimensões muito pequenas, como os que se dão a nível atômico e sub atômico, e os que ocorriam a altíssimas velocidades, próximas à da luz. Surgiram então dois novos ramos da Física, conhecidos como Mecânica Quântica, que trata dos fenômenos que ocorrem a nível atômico e sub atômico, e a Teoria da Relatividade, que trata dos fenômenos que se desenrolam às velocidades próximas à da luz.

Consideradas em suas origens, as leis da Mecânica Newtoniana, do Eletromagnetismo, da Mecânica Quântica e da Relatividade, que constituem em sua essência a Física Moderna, não surgiram para explicar a natureza como um todo, mas apenas certas classes de fenômenos físicos em particular. O homem moderno, porém, costuma extrapolar o valor original restrito destas leis e tende a considerar o seu conjunto como um todo completo e absoluto, no sentido de que substancialmente toda a natureza pode ser reduzida a estas leis ou a futuras variantes das mesmas, e que o seu conteúdo essencial não depende do contexto cultural em que elas foram desenvolvidas. Neste sentido poderia-se dizer que a natureza seriam as leis de Newton, a lei da Gravitação Universal, as leis de Maxwell, as extensões destas mesmas leis tais como dadas pela da Mecânica Quântica e Relativística e nada mais, e poderia-se dizer também que esta afirmação teria um valor absoluto que não depende do modo como seus autores conduziram o trabalho que os levou às suas descobertas.

Pode-se admitir, até um certo ponto, que o conteúdo essencial das leis da Física possa não depender do contexto cultural em que foram produzidas, mas não se pode dizer o mesmo da visão da natureza como um todo que surge a partir destas pressuposições.

Em sua origem a Física Moderna teve como objetivo tornar possível a previsão, por meio de cálculos, de certas alterações dos entes naturais observáveis pelos sentidos ou através de instrumentos de laboratório. A Mecânica Newtoniana surgiu para que com ela pudessem ser previstas as órbitas e os movimentos dos corpos celestes; o eletromagnetismo, para que com ele pudessem ser calculados os efeitos da eletricidade nos corpos. Para que surgissem estes ramos da Física foi primeiro necessária uma grande quantidade de trabalho experimental que descrevesse estes movimentos naturais com exatidão; em seguida, sobre esta grande quantidade de dados experimentais, deduziram-se as leis que poderiam prever o comportamento da matéria quando submetida às mesmas ou a semelhantes condições.

A Cosmologia Grega, apesar de ser produto de um trabalho secular de observação na natureza por parte dos filósofos, alcançou na época de Aristóteles um grau de abstração suficientemente grande para, paradoxalmente, torná-la menos dependente da própria materialidade deste trabalho de observação; ela se propõe como objetivo, por isso mesmo, metas bem diversas das da Física Moderna. A Física de Aristóteles reconhece a existência do movimento no mundo que nos cerca; em vez de pretender, porém, prever ou descrever cada tipo de movimento em especial, quer especular sobre as condições necessárias para que seja possível haver movimento no Cosmos, independentemente de qual seja este movimento. Isto é, a Física Grega, que em Aristóteles tem um de seus representantes mais acabados, deseja saber quais são os requisitos necessários para que o movimento seja absolutamente possível, neste ou em qualquer outro tipo de cosmos, inclusive se ele não seguisse as leis da Gravitação e do Eletromagnetismo. Fosse qual fosse o cosmos que existisse, a Física Grega quer saber quais deveriam seriam os requisitos para que nele o movimento viesse a ser possível. Ao contrário do que ocorre com a Física Moderna, uma investigação deste gênero não depende da materialidade de uma grande quantidade de dados experimentais acumulados; para uma investigação como esta os dados experimentais poderiam ter sido coletados de um modo mais primitivo do ponto de vista tecnológico, sem que este fato produzisse uma grande diferença no resultado final, pois parte-se da hipótese de que a natureza poderia inclusive comportar-se segundo leis diversas das que são efetivamente observadas. No entender de Aristóteles, tal como expresso no Segundo Livro da Física, as coisas são ditas pertencer à natureza ou à Física na medida em que

"parecem possuir um princípio
intrínseco de movimento",
e o que se deseja saber é qual seria a estrutura essencial que a realidade deveria possuir para que isto seja possível, independentemente de qual seja efetivamente o movimento observado. A evidência experimental necessária para este tipo de Física é apenas a suficiente para que se possa deduzir com certeza a existência do movimento, e os resultados que daí podem ser obtidos seriam, por princípio, válidos para qualquer cosmos possível de existência. Se, no decurso da investigação de uma filosofia da natureza como esta, fossem feitas novas descobertas pelas quais se entendesse que as observações experimentais disponíveis até então seriam primitivas em relação às novas observações possíveis com modernos instrumentos de laboratório, isto por si só não poderia desmerecer a essência da Filosofia da Natureza que havia sido obtida, nem obrigaria necessariamente, apenas por isto, a uma revisão dos princípios por ela alcançados.

http://cristianismo.org.br/almf1-2.htm

Sus Domésticus...

Sus domesticus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Porco doméstico)

Como ler uma caixa taxonómicaPorco
Sow with piglet.jpg
Estado de conservação
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Ordem:Artiodactyla
Família:Suidae
Género:Sus
Espécie:S. domesticus
Nome binomial
Sus domesticus
Erxleben, 1777
Porco doméstico (Sus domesticus ou Sus scrofa domesticus) é um mamífero bunodonte não-ruminante
da família dos suidae. A denominação para as fêmeas é porca, para os porcos machos não castrados
 varrão ou varrasco e para os filhotes a denominação é leitão. A espécie evoluiu a partir do javali selvagem, 
embora haja controvérsia quanto à subespécie exata: há quem acredite[quem?]
 que descendem do Sus scrofa scrofa, que habita grandes regiões da Eurásia
e também quem acredite que sua origem é o Sus scrofa vitatus, que vive na Ásia e na bacia do Mar Mediterrâneo.
É um animal maciço, de patas curtas terminadas por quatro dedos completos munidos de cascos. 
Sua cabeça tem perfil triangular e tem um focinho cartilaginoso. A dentadura, de tipo primitivo
 (44 dentes molares) apresenta caninos fossadores revirados e incisivos inferiores alongados (em forma de pá).
 Sua pele, de pelagem espaçada (e cor geralmente rosada) recobre uma espessa camada de toucinho.
Os porcos são animais omnívoros. Digerem bem todos os alimentos, exceto os celulósicos.
 Embora o consumo de sua carne seja proibido por algumas das principais religiões
 (como oIslamismo e o Judaísmo), a carne suína é a mais consumida no mundo
 (responde por 44% do mercado de carnes), sendo considerada saborosa por gastrônomos.

Javali

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma caixa taxonómicaJavali
Sangliers.jpg
Estado de conservação
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Ordem:Artiodactyla
Família:Suidae
Género:Sus
Espécie:S. scrofa
Nome binomial
Sus scrofa
Linnaeus, 1758
Sus scrofa, conhecido popularmente como javali (do árabe djabali, significando porco montanhês), javardo
porco-bravo e porco-montês (as fêmeas são conhecidas como javalina egironda)2 , é um mamífero artiodáctilo, da 
família Suidae, de médio porte e corpo robusto. É a mais conhecida e a principal das espécies de porcos selvagens.
Tem ampla distribuição geográfica, sendo nativo da EuropaÁsia e Norte da África. Em tempos recentes, foi introduzido nas
 Américas e na Oceania.
É o antepassado a partir do qual evoluiu o actual porco doméstico (Sus domesticus ou Sus scrofa domesticus).

Características físicas[editar]

Os javalis são animais de grandes dimensões, podendo os machos pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg. 
Medem entre 125 e 180 cm de comprimento e podem alcançar uma altura no garrote de 100 cm. Os machos são consideravelmente 
maiores que as fêmeas, além de terem dentes caninos maiores. Na Europa, os animais do norte tendem a ser mais pesados que os do sul.
Esqueleto de javali.
O corpo do javali é robusto e estreito, com patas relativamente curtas. 
Tem uma cabeça grande, triangular, com olhos pequenos, mas quando
 é criado junto aos porcos domésticos, para criar o híbrido javaporco
o crânio começa a mudar ficando mais assemelhado ao do porco doméstico.
Os quartos dianteiros do javali são mais robustos que os traseiros, enquanto 
que no porco doméstico ocorre o contrário; a diferença se deve à intensa 
seleção por variedades de porcos domésticos com mais carne levada a cabo 
pelos criadores.
A boca é provida de enormes caninos que se projetam para fora e 
crescem continuamente. Os caninos superiores são curvados para cima, enquanto os inferiores, maiores ainda, chegam a ter 
20 cm de comprimento. Os caninos são usados como armas em lutas entre machos e contra inimigos.
Ao contrário de certas raças de porcos domésticos, os javalis são cobertos de pelagem. Os pelos são rijos e nos adultos variam de cor 
entre o cinza-escuro e o acastanhado. Os filhotes apresentam cor de terra clara com listras negras, o que lhes dá uma camuflagem
 muito eficiente. A pelagem dos filhotes escurece com a idade.

Habitat[editar]

Os javalis preferem bosques com bastante vegetação onde possam esconder-se, mas também frequentam à noite áreas abertas, 
assim como áreas cultivadas. Em sua ampla área de distribuição, ocupam bosques temperados até florestas tropicais. Não ocorrem em 
desertos nem em alta montanha.
Distribuição geográfica do javali há alguns séculos (verde) e áreas em que a espécie foi introduzida como espécie exótica (azul).

Distribuição geográfica e subespécies[editar]

O javali tem ampla distribuição geográfica. Ocorrem na maior parte da Europa e no Norte da África, junto ao Mar Mediterrâneo.
 Na Ásia, se distribuem pela SibériaÁsia MenorOriente MédioÁsia CentralÍndiaChinaJapão e Sudeste Asiático até a Indonésia.
 Na Ásia, estão excluídos das regiões desérticas e altas cadeias de montanhas.
Antes, ocorriam ao longo do vale do Nilo até o Sudão, mas foram extintos nessa região há alguns séculos.
Na Europa, os javalis foram muito caçados e levados à beira da extinção em várias regiões, mas, nas últimas décadas, os animais têm 
aumentado em número e até recolonizado áreas de onde haviam desaparecido. As razões da recuperação na Europa incluem êxodo
 das populações humanas para os centros urbanos, com consequente diminuição de área cultivada, a reflorestação e a eliminação dos 
predadores naturais do javali, como o lobo e o lince.
Na Grã Bretanha, os javalis foram exterminados ainda em finais do século XIII, mas, na década de 1990, se restabeleceram pequenos 
grupos selvagens na Inglaterra derivados de animais que escaparam de fazendas de javalis. Na Dinamarca e na Suécia, os javalis foram
 extintos no século XIX, mas voltaram a partir dos anos 1970.
Na região italiana da Toscana, onde o javali foi extinto devido à agricultura intensiva, foram detectados animais nos anos 1990.
Como em toda a Europa, em Portugal a população de javalis foi muito reduzida pela caça e destruição dos seus habitats, 
mas desde os anos 1970 tem havido um grande aumento em número. Ocorrem em grande parte do território continental português.
Javali indiano (Sus scrofa cristatus) no Parque Nacional Ranthambore.

Subespécies[editar]

O número de subespécies de Sus scrofa é um assunto controverso,
mas pode-se considerar que existam pelo menos quatro subespécies selvagens:
porco doméstico é derivado do javali selvagem e é considerado por alguns autores como uma outra subespécie - Sus scrofa domestica.

Hábitos alimentares[editar]

O javali passa grande parte do dia fuçando a terra em busca de comida. É um animal omnívoro,
 com preferência por matéria vegetal como raízes, frutos, bolotas, castanhas e sementes. 
Também invadem terras cultivadas, especialmente campos de batata e milho.
Os javalis também incluem animais em sua dieta, como caracóis, minhocas, insetos, ovos de aves e até pequenos mamíferos.
 Também consomem animais mortos.

Comportamento[editar]

O javali é de comportamento sociável, mas não é territorialista, ou seja, não marca territórios. Reúne-se em grupos matriarcais,
 normalmente com três a cinco animais, formados pelas fêmeas e suas crias, embora possam ser encontrados grupos superiores a
 vinte indivíduos. A javalina (ou gironda - a fêmea do javali, quando já madura) 
dominante é a de maior idade e tamanho e sempre fica um pouco mais afastada do grupo como uma Guarda,
 que normalmente dá sua vida para que o restante fuja. Os jovens machos de um ano, chamados "barrascos", vivem na periferia do grupo.
Banho de lama.
Exceptuando-se o período de cio, os machos em idade reprodutora
 (barrões, varrões) são bem mais solitários,
 mas podem ser vistos acompanhados por um ou mais machos jovens,
 conhecidos por "escudeiros".
O grunhido do javali chama-se "arruar".

cotidiano[editar]

O javali, durante o dia, é normalmente sedentário e descansa em "manchas"
 (zonas de mato mais ou menos denso), onde faz seu "encame"
 (a "cama" do javali é constituída por pequenas depressões no terreno,
 feitas por eles próprios, sendo as destinadas a maternidade
 autenticos ninhos de vegetação construídos pelas marrãs - fêmeas parideiras). 
Durante as noites, é bastante ativo, 
chegando a percorrer distâncias consideráveis, que podem variar de 2 a 14 (?)km por noite,
 normalmente ao passo cruzado ou ao trote ligeiro (J. Reichholf, 1995), enquanto nas corridas pode praticar um rápido galope, que,
 no entanto, pode manter por curto período apenas.
Nos bosques, utiliza quase sempre os mesmos caminhos para suas andanças, variando com as estações e disponibilidade alimentar
ou de refúgio, mas as fêmeas prenhes ou com crias tornam-se mais sedentárias.

Banho de lama[editar]

Os banhos na lama têm várias funções para os javalis. Uma função é regular a temperatura corporal,
 uma vez que os javalis não suam por terem glândulas sudoríparas atrofiadas.
 De igual modo se considera que os banhos de lama tem importante papel nas relações sociais da espécie, inclusive na seleção sexual.
 Enquanto no verão usam do banho na lama todos os javalis, sem distinção de sexo ou idade,
 durante a época do cio parecem reservados quase que exclusivamente aos machos adultos.
 Tem-se considerado 3 que estes banhos podem ajudar a manter os odores corporais sob um substrato estável
 como aquele proporcionado por uma camada de barro aderida ao pêlo.
Fêmea com crias.

Reprodução[editar]

Na Europa, o tempo de reprodução vai de Novembro a Janeiro, quando os machos adultos solitários buscam fêmeas receptivas. 
Ao encontrar uma "vara" (grupo de animais de mesma ninhada), o macho começa por expulsar os jovens do ano anterior. 
Se necessário, luta contra seus rivais para conquistar as fêmeas, em geral duas ou três, podendo alcançar até mesmo oito. 
As lutas pelas fêmeas podem ser ferozes: muitas vezes, os machos terminam feridos pelos caninos dos rivais.
A gestação dura cerca de 110 dias, com os nascimentos ocorrendo entre Fevereiro e Abril. As ninhadas tem entre 2 a 10 leitões, 
que após uma semana já podem acompanhar a mãe em suas andanças. O desmame acontece aos 3-4 meses de idade.
As crias com menos de 6 meses são amarelas, raiadas de castanho escuro e designam-se por listados. A partir dos 6 meses, 
a pelagem torna-se avermelhada e as crias tomam o nome de farropos. Progressivamente, a pelagem vai escurecendo
 até tomar uma tonalidade cinzenta escura, momento em que a cria passa a ser considerada um javali de vara.
A maturidade sexual é alcançada aos 8-10 meses, ainda que os machos jovens são impedidos de acasalar-se pelos machos mais velhos.
 O tempo de vida médio é de cerca de 20 anos em cativeiro.
O javali é o unico animal mamífero que, devidamente estimulado, ejacula depois de morto,
 sendo esta uma prática comum nas caçadas de besta.

Os javalis na cultura e mitologia[editar]

Túmulo gótico (século XIV) de Pedro Afonso, conde de Barcelos, com cenas de caça ao javali na lateral. Os caçadores usam lanças e cornetas, além de cães (Mosteiro de São João de Tarouca, Portugal).
Desde a Antiguidade Clássica à Idade Média, o javali foi sempre considerado como espécie cinegética de prestígio, 
especialmente os machos adultos, que eram vistos como o paradigma da coragem e bravura.
 Antes do advento das armas de fogo, o javali era caçado usualmente com um tipo de lança específico para o objectivo.
 A caça ao javali é ainda hoje em dia muito popular.
As referências culturais ao javali são abundantes desde pelo menos a Grécia Antiga. Um dos doze trabalhos de Hércules foi caçar
 o javali de Erimanto. O javali foi também símbolo delegiões romanas como XX Valeria VictrixI Italica e X Fretensis.
Foi também um animal comum na heráldica medieval europeia; por exemplo como símbolo pessoal do rei Ricardo III de Inglaterra
 e nos brasões de várias cidades.
Na cultura popular actual, é o prato preferido na irredutível aldeia gaulesa das historietas de Asterix e Obelix.

Introdução e descontrole no Brasil[editar]

O javali foi introduzido em criações na Argentina e Uruguai,4 de onde ingressou no Rio Grande do Sul e progressivamente avança.
 A espécie não encontra predadores naturais, uma vez que é exótica, além de procriar com o porco doméstico,
 engendrando o chamado javaporco - neologismo criado para definir este cruzamento, que aumenta o efeito negativo da praga. 
Sua caça e abate são permitidos e até incentivados por órgãos de controle ambiental, como oInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e
 dos Recursos Naturais Renováveis, que, em contrapartida, procuram incentivar a criação da espécie nativa, chamada de queixada.
 A criação controlada da espécie e de seus derivados, entretanto, ocorre em diversas fazendas, sobretudo destinada à exportação da carne,
 que possui alta cotação mercadológica.

Referências

  1.  BirdLife InternationalSus scrofa. 2012. Página visitada em 24 de setembro de 2012.
  2.  FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro:
  3.  Nova Fronteira, 1986. p.985
  4.  Fernández-Llario, P. (1996). Ecología del jabalíes en Doñana: parámetros reproductivos e impacto ambiental.
  5.  Tesis Doctoral, Universidade da Estremadura, Cáceres.
    • Fernández-Llario, P. (2005a). The sexual function of wallowing in male wild boar (Sus scrofa). J Ethol., 23: 9-14.
    • Fernández-Llario, P. (2005b). Environmental correlates of nest site selection by wild boar Sus scrofa. 
    • Acta Theriol., 49: 383-392.
  6.  http://animalivre.uol.com.br/home/?tipo=noticia&id=1791 pesquisado em 18 de abril de 2007, às 14:30
Fonseca, C., Correia, F. (2008). O Javali. Colecção Património Natural Transmontano. João Azevedo Editor (1.ª Edição).
 Mirandela, 168 pp. [ISBN 978-972-9001-99-4]
Fonseca, C., J. Herrero, A. Luís & A. M. V. M. Soares (Eds.) (2004). Wild Boar Research 2002.
 A selection and edited papers from the 4th International Wild Boar Symposium. Galemys, 16 Special Issue. 272 pp.