Manifestação da antropóloga Alba Zaluar ao artigo "As revoltas de junho no Brasil e o anarquismo":
// By Alba Zaluar
Baseados nas ideias sobre o poder e a dominação do estado moderno do jovem Foucault, que mudou seu discurso posteriormente, espalhou-se na universidade pública brasileira uma vulgarização neo-anarquista que pode acabar com o pouco que temos de democracia. Vejam isso que li em um blog de professor universitário:
"Nas revoltas de junho o alvo foram as instituições. As instituições são responsáveis por conectar os indivíduos à lógica do poder: tomado no interior de uma instituição o indivíduo deve se dobrar as regras da sua organização e é dominado por suas finalidades em nome das quais decisões são tomadas em conformidade com a ordem do Estado. As instituições, portanto, articulam a existência do indivíduo com a ordem do poder. Atacar as instituições é colocar em questão o próprio regime de legalidades... E é a suspensão da legalidade que, a meu ver, constitui o elemento original e decisivamente anarquista deste acontecimento....
é preciso rejeitar o moralismo liberal e admitir que não apenas a democracia como também a própria letra da lei não passam de formas objetivadas da dominação política, e que a única violência que o assim chamado Estado de direito não suporta é a que funda um sentido oposto à sua dominação. Violento é sempre o Estado: aumentar a tarifa é violência, do mesmo modo como são violências a “cura gay” e o estatuto do nascituro. Manifestar-se contra eles é autodefesa."
E agora, OAB? Como ficamos com essa ideologia que arrasta os jovens a cometer a destruição de próprios públicos e privados, querendo acabar com a lei e as instituições? //
// By Alba Zaluar
Baseados nas ideias sobre o poder e a dominação do estado moderno do jovem Foucault, que mudou seu discurso posteriormente, espalhou-se na universidade pública brasileira uma vulgarização neo-anarquista que pode acabar com o pouco que temos de democracia. Vejam isso que li em um blog de professor universitário:
"Nas revoltas de junho o alvo foram as instituições. As instituições são responsáveis por conectar os indivíduos à lógica do poder: tomado no interior de uma instituição o indivíduo deve se dobrar as regras da sua organização e é dominado por suas finalidades em nome das quais decisões são tomadas em conformidade com a ordem do Estado. As instituições, portanto, articulam a existência do indivíduo com a ordem do poder. Atacar as instituições é colocar em questão o próprio regime de legalidades... E é a suspensão da legalidade que, a meu ver, constitui o elemento original e decisivamente anarquista deste acontecimento....
é preciso rejeitar o moralismo liberal e admitir que não apenas a democracia como também a própria letra da lei não passam de formas objetivadas da dominação política, e que a única violência que o assim chamado Estado de direito não suporta é a que funda um sentido oposto à sua dominação. Violento é sempre o Estado: aumentar a tarifa é violência, do mesmo modo como são violências a “cura gay” e o estatuto do nascituro. Manifestar-se contra eles é autodefesa."
E agora, OAB? Como ficamos com essa ideologia que arrasta os jovens a cometer a destruição de próprios públicos e privados, querendo acabar com a lei e as instituições? //
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